Uma equipe de pesquisadores conseguiu, com análises de DNA, comprovar que imagens de cavalos encontradas em cavernas pré-históricas representavam espécies existentes na época.
O time, que inclui pesquisadores da Universidade de York, descobriu que todas as variações de cor vistas nas pinturas paleolíticas - incluindo cavalos malhados - existiram em populações de cavalos selvagens, somando evidências ao argumento de que os artistas estavam refletindo o ambiente natural.
Isso é particularmente verdade nas pinturas encontradas na caverna de Pech-Merle, na França, que datam de mais de 25 mil anos atrás e mostram cavalos brancos com manchas escuras.
A pelagem manchada tem forte semelhança com um padrão conhecido como "leopardo" em cavalos modernos. No entanto, como muitos pesquisadores acreditavam ser improvável encontrar esse padrão antigamente, historiadores acreditavam que o padrão teria simbólico ou abstrato.
O estudo, publicado no Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), é também o primeiro a produzir evidências de existência desse fenótipo em cavalos selvagens.
Para chegar ao resultado, pesquisadores de vários países, como Reino Unido, Alemanha, Estados Unidos, Espanha, Rússia e México analisaram genes de cavalos selvagens com idades aproximadas de 35 mil anos encontrados em na Sibéria e na Europa. Os cientistas analisaram fragmentos de ossos e dentes encontrados em 15 locais.
"Nossos resultados sugerem que, pelo menos para cavalos selvagens, pinturas paleolíticas em cavernas, incluindo representações de cavalos manchados, estavam baseadas na verdadeira aparência dos animais", dizem os autores.
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