1.5.12

Muralha do Atlântico


Por Emerson Santiago

Durante a Segunda Guerra Mundial tornou-se conhecida como Muralha do Atlântico um conjunto de fortificações construído ao longo da costa da Europa Ocidental pelas forças alemãs. Iniciado em 1942 e concluído em 1944, tal cinturão de defesa cobria basicamente o litoral dos Países Baixos, Bélgica e a parte francesa defronte ao Canal da Mancha. Seu objetivo primordial era o de repelir uma provável invasão anfíbia pelos aliados a partir da Grã-Bretanha. Em meio a este conjunto estavam localizadas as praias escolhidas pelos aliados no histórico desembarque do chamado “Dia D“. O Marechal Rommel, famoso pelas campanhas no norte da África, foi incumbido de reforçar a defesa da área ao assumir o comando da frente de invasão. Sob suas ordens, foram construídas elaboradas fortificações ao longo da costa da Normandia, acreditando que qualquer assalto anfíbio tinha que ser detido ainda nas praias de invasão.



Para levantar essa “muralha”, os alemães empregaram a Organização Todt, criada pelo engenheiro Fritz Todt, responsável também peloprojeto da Linha Siegfried ao longo da fronteira franco-alemã. Na construção da Muralha do Atlântico, milhares de trabalhadores atuando em regime escravo foram designados para erguer as fortificações permanentes ao longo da costa belga e francesa.

Hitler acreditava que este colar cuidadosamente preparado fosse impedir a invasão aliada e, ao mesmo tempo promover um choque psicológico de que a opinião pública britânica e norte-americana nunca iria se recuperar, dando às forças nazistas segurança o bastante para renovar a ofensiva na frente leste, na Rússia.

Existiam diversas categorias que representavam a capacidade de resistência na construção de um bunker, e a melhor começava com a categoria “E” que tinha 5 metros de espessuara nas paredes externas e no teto. Eram destinados para os bunkers do Führer e outros com atividades especiais, tais como os bunkers dos locais de lançamentos das “armas-V”. Os de categoria “A” eram os melhores para o padrão de fortificações militares e possuía 3 metros de espessura. Algumas casamatas para canhões de grande calibre e alguns bunkers para Estação de Radar, eram construídos nesta categoria. O nível das fortificações amplamente utilizada na Muralha Atlantica foi a de categoria “B”, que possuía 2 metros de espessura e era normalmente destinada para as casamatas de canhões anti-carro e para os abrigos da tropa.

Quando a Muralha do Atlântico foi finalmente posta à prova, no desembarque do Dia D, seu êxito não foi tão grande. Somente em ums das duas praias atacadas por tropas americanas, Omaha, o desembarque foi mais difícil, em parte por causa do estado ruim do mar, parcialmente por causa da presença casual de uma divisão alemã de elite, e parcialmente por causa da presença de altas encostas por detrás da praia.

Bibliografia:
A Muralha do Atlântico. Disponível em <http://www.clubedosgenerais.org/portal/modules.php?name=Conteudo&pid=168>. Acesso em: 09 abr. 2012.

CUNHA, Fábio. A MURALHA DO ATLÂNTICO- THE ATLANTIC WALL . Disponível em <http://blogdodiorama.blogspot.com.br/2011/05/muralha-do-atlantico-atlantic-wall.html>. Acesso em: 09 abr. 2012.

A Muralha do Atlântico – Omaha Beach. Disponível em <http://ilguerra.wordpress.com/2011/03/24/a-muralha-do-atlantico-%E2%80%93-omaha-beach/>. Acesso em: 09 abr. 2012.

SALDANHA, Olavo. A Muralha do Atlântico – Omaha Beach. Disponível em <http://olavosaldanha.wordpress.com/a-muralha-do-atlantico-omaha-beach/>. Acesso em: 09 abr. 2012.

Foto: http://2e5.com/trip/denmark/
Fonte:
InfoEscola: Navegando e Aprendendo