11.6.12
Causas da Revolução Constitucionalista de 1932
Por Fernando Rebouças
Sabemos que a Revolução Constitucionalista de 1932, ocorrida em São Paulo, é lembrada em 9 de julho, uma das principais causas da revolução era a exigência de uma Constituição ao Brasil daquela época e maior abertura democrática, numa fase em que o nosso país era governado pelo então presidente Getúlio Vargas, após alcançar o poder por meio de um golpe.
Getúlio havia aplicado o Golpe após ser derrotado nas eleições de 1930 pelo candidatos paulista Julio Prestes, iniciava a “Era Vargas”. São Paulo sentiu-se inconformado com a manobra getulista e à ditadura instaurada. A Revolução Constitucionalista é considerada a primeira grande revolta política contra Getúlio Vargas e um dos últimos movimentos armados internos no Brasil.
Os combates duraram 87 dias, sendo iniciado no dia 9 de julho e findado no dia 4 de outubro de 1932, gerando 934 mortos em números oficiais e de 2.200 mortos em números não oficiais.
Antes do conflito contra a ditadura de Getúlio, os paulistas realizaram um grande comício no dia 25 de janeiro de 1932, dia do aniversário de São Paulo, na Praça da Sé, reunindo cerca de 200.000 pessoas. Essa reunião coletiva foi seguida pela realização de novos comícios constitucionalistas.
Além da inconformidade política de São Paulo, a ditadura getulista interferia diretamente na gestão do governo de São Paulo, dentre as quais o governo local não tinha liberdade para formar seu secretariado, de escolher seu chefe de polícia e decidir sobre demais assuntos administrativos sem prévia consulta ou interferência de pessoas do governo de Getúlio.
Em 1931, a principal vítima do golpe, Júlio Prestes, em exílio em Portugal, conceituava a ditadura de Getúlio Vargas como um retrocesso político que envergonhava o país perante o mundo civilizado.
Em São Paulo, o Partido Republicano Paulista e o Partido Democrático de São Paulo, que haviam, anteriormente, apoiado a Revolução de 1930, firmaram, em 1932, uma coligação batizada de “Frente Única” para lutar contra a ditadura de Vargas e por uma nova Constituição. Em suma, São Paulo se posicionara contra a ditadura.
O candidato paulista, Júlio Prestes, havia obtido 90% dos votos do eleitorado paulista, o estado se sentia governado por tenentes e incomodado com a ditadura de um governo “provisório”, porém, o estopim da revolução ocorreu a partir da morte de cinco jovens no centro de São Paulo por partidários da ditadura.
A morte dos jovens gerou o movimento MMDC (Martins, Miragaia, Dráusio, Camargo e Alvarenga), iniciais dos cinco jovens assassinados, em 24 de maio de 1932.
Fontes:
http://educacao.uol.com.br/historia-brasil/revolucao-constitucionalista-em-1932-elite-paulista-reage-a-ditadura.jhtm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Revolu%C3%A7%C3%A3o_Constitucionalista_de_1932#Antecedentes_do_movimento