3.6.12
Zumbis
Do plano da imaginação para a possibilidade real de existência de tais criaturas existe uma boa distância.
Porém, vemos que com frequência essa distância é vencida com indiferença por aqueles que acreditam e propagam sua crença no fenômeno.
Assim, pergunto: zumbis existem? Bom, determinemos o que é um zumbi.Segundo o que se crê, o zumbi é um homem morto, devolvido à vida por um feiticeiro, para se tornar um escravo.
Essas práticas são atribuidas aos feiticeiros voodus, sendo o Voodu tristemente famoso por sua eficiência na fabricação de zumbis.
O vooduísmo é praticado em todo o mundo, porém no Haiti - onde é a religião oficial do povo - sua prática é bem mais disseminada.
E, será por acaso que no Haiti é o lugar onde mais se registram casos de zumbis? Fal ode daodos oficiais, policiais e de histórias contadas pelo povo também. Segundo consta, o processo é feito da seguinte maneira: o feiticeiro voodu escolhe arbitrariamente uma vítima, seguindo sua vontade. Escolhida a vítima, o feiticeiro vai a sua casa de noite, montado num cavalo sem sela e aspira sua alma, guardando-a num jarro.
Isso faz com que a pessoa enfeitiçada caia num estado semelhante ao como e morra ao fim de pouco tempo.
Depois do enterro, o feiticeiro invoca um espírito, tido como "o senhor dos mortos" e lhe pede permissão para se apoderar do corpo daquela pessoa. Obtida a concordância, o feiticeiro exuma o cadáver e lhe devolve a alma, fazendo conjurações e dando-lhe poções a fim de que retorne a vida, como escravo, tendo sua personalidade e memória completamente anuladas.
Essa seria a versão fantasiosa da coisa, mas existe outra, a científica: existem zumbis sim. Mas não se trata de ressureição de pessoas, e sim de envenenamento intencional por uma mistura de substâncias que os coloca em estado cataléptico similar a morte.
Segundo os acadêmicos, os feiticeiros envenenariam intencionalmente uma pessoa e após sua morte (catalepsia na verdade) e seu enterro, essa pessoa seria desenterrada e devolvida à sociedade como escravo.
A perda da lembrança é explicada através da grande quantidade de ervas e poções ingeridas, que lhes causa um estado de total amnésia.
Esse crime, na maioria das vezes é praticado por feiticeiros à mando de feitores e donos de fazenda (as vezes eles mesmos são feiticeiros), conhecedores dessa espécie de magia (considerada a mais baixa de todas), com o intuito de aproveitar o trabalho gratuito desses seres.
Mais uma curiosidade: para mantê-los em perfeita submissão, sua alimentação é especial, não levando sal, pois segundo a lenda, o sal lhes traria a memória de volta.
Agora uma questão importante: por que existe na legislação haitiana um dispositivo classificando como crime "o envenenamento com substância capaz de provocar um estado letárgico mais ou menos prolongado".
Se existe a lei, supõe-se que exista a prática, ou pelo menos uma suspeita mais que razoável.
Sabe-se que é comum entre as famílias haitianas a mutilação de cadáveres de entes queridos, apunhalando-os ou estrangulando-os - para evitar que depois sejam transformados em zumbis.
Citemos o caso de Felícia, mulher morta e enterrada em 1907, encontrada 30 anos depois vagando inconsciente por uma estrada abandonada. O diretor do serviço de higiene do Haiti a examinou pessoalmente, e não teve dúvidas em declará-la uma zumbi. É muito difícil obter maiores informações acerca de tal fenômeno, visto que o povo haitiano (em sua grande maioria) é pobre, trazendo com isso a ignorância e o medo, evitando e temendo falar sobre o assunto.
As autoridades também não se pronunciam, visando preservar a (péssima) imagem do país.
Henrique José de Souza (fundador da Eubiose) acrescenta que "o Haiti é como todas as Antilhas, um remanescente da Atlântida, cujo povo, principalmente na época da decadência ou depois da luta entre deuses e demônios de que veladamente nos fala o Baghavad-Gita, desceu ao mais inferior estado de consciência.
Herdeiros desses remotíssimos povos, é natural que conservem o conhecimento de tão horrível feitiçaria.".
Fonte:
http://www.pegue.com/religiao/zumbis.htm