A Revolução que não foi
No dia 12 de agosto de 1798, panfletos declaravam a Conjuração Baiana.
Em 1797, já se podia sentir na província da Bahia uma certa preocupação por parte do governo colonial. Pela capital circulavam boatos de que os ideais da Revolução Francesa, como o republicanismo, estavam se espalhando rapidamente. Em poucos meses, o motivo do medo pareceu se materializar.
No dia 12 de agosto de 1798, Salvador acordou com estranhos panfletos pregados em vários locais. Neles havia um manifesto que reivindicava desde o aumento do soldo das tropas até o fim do domínio colonial português. Defendia ainda uma “República Bahiense”, na qual “todos serão iguais, não haverá diferença, só haverá liberdade, igualdade e fraternidade”. Estava declarada a Conjuração Baiana, que tinha entre seus membros alfaiates e soldados.
Poucos dias depois, o soldado Luís Gonzaga das Virgens foi preso, acusado de ser o autor dos pasquins revolucionários. Isto precipitou uma tentativa de motim de outros participantes do movimento, no dia 25. Mas a iniciativa foi duramente reprimida pelas autoridades. Em novembro do ano seguinte, quatro réus foram enforcados, entre eles o soldado Luís.
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