Por Gabriella Porto
A cavalaria medieval foi uma instituição feudal formada por cavaleiros nobres, sendo reconhecidos por todos os ideais de coragem e imponência associados a eles, principalmente pela literatura. Dentro da cavalaria haviam os cavaleiros de fato (os miles), homens que eram obrigados a se recrutarem (os lanças), os escudeiros, selecionados por ordens religiosas e os cavaleiros da espora dourada (homens ricos, porém sem títulos de nobreza).

Especificamente, as regras do Código da Cavalaria podiam ser resumidas em alguns “mandamentos”:
Acreditar nos ensinamentos da Igreja e observar todas as direções que a Igreja mostrar;
Defender a Igreja;
Respeitar e defender todos os indefesos.
Amar o seu país.
Não recuar diante de um inimigo: Um covarde, apenas, poderia desencorajar um exército inteiro.
Mesmo se os cavaleiros soubesse que a morte estava próxima, deveriam morrer lutando do que demonstrar fraqueza.
Não mostrar misericórdia para com os infiéis, e não hesitar em participar dos conflitos contra eles.
Desempenhar todas as tarefas acordo com as leis de Deus.
Nunca mentir ou desdizer uma só palavra. Sinceridade e honra foram duas das características mais importantes de cavaleiros de cavalaria.
Demonstrar generosidade com todos.
Sempre, e qualquer lugar, ser certo e bondoso.
O termo da “Cavalaria” foi primeiro usado em 1292, trazido do francês antigo “chevalerie” (cavaleiro), um substantivo abstrato formado no século 11 com base no “chevalier” (cavaleiro). Entre os séculos XI e XV, muitos dos escritores medievais usaram a palavra “Cavalaria”, com diversos significados que mudaram ao longo do tempo, mas, geralmente, associada à sua relação com indivíduos militares que cavalgavam cavalos de batalha que serviam à moral Cristã, dando origem ao gênero que se tornaria popular no século XII, do ideal de amor cortês do cavaleiro medieval. Por volta do século XV, o termo se desvinculou das suas origens militares, não menos importantes, por causa do estrondoso aumento dos números de infantaria durante o século XIV, confinando os cavaleiros aos torneios fechados.
Independente dos tantos termos e definições sobre a cavalaria, o cavaleiro medieval sempre foi um perito na arte da guerra, treinados em combates com armaduras, cavalos, lanças, espadas e escudos pesados. Também eram incentivados a mostrar a coragem e a lealdade. A prática heráldica, e todas suas regras elaboradas na produção de brasões, também sempre estiveram relacionadas à cavalaria. Quando não estavam em batalha, geralmente, os cavaleiros residiam em castelos ou fortalezas, onde viviam nas cortes dos reis, duques e outros grandes senhores. Nos tempos de paz, as habilidades dos cavaleiros eram usadas durantes os torneios e as grandes caçadas.
O Cristianismo teve uma grande influência sobre o conceito clássico do heroísmo e da virtude, hoje relacionados com as virtudes da Cavalaria. O movimento conhecido como “A Paz e a Trégua de Deus” é um forte exemplo disso, quando pôs diversos limites nos cavaleiros, obrigando-lhes a proteger e honrar os membros mais indefesos da sociedade, além de sempre se mostrarem dispostos a auxiliar a Igreja a manter a paz e a ordem. Simultaneamente, a Igreja tornou-se mais tolerante com a guerra em defesa da fé, defendendo a ideia da “guerra justa”. Também foram criadas liturgias que serviam para abençoar os armamentos de guerra dos cavaleiros, como a espada e armadura.
Fontes:
http://www.decavalaria.com/index.php/coisas-de-cavalaria/historias/breve-historico/104-a-cavalaria-medieval
http://ograndecombate.blogspot.com.br/2010/07/codigo-da-cavalaria-medieval.html
http://www.coceducacao.com.br/enciclo/encicloverb/0,5977,POR-5795,00.html
http://en.wikipedia.org/wiki/Chivalry
Ilustração: http://soccergirls15.wordpress.com/2008/11/24/medieval-knights/
