18.6.13
Imperador Cláudio
Por Emerson Santiago
Tiberius Claudius Caesar Augustus Germanicus (Lugdunum (Lyon), Gália,1 de Agosto de 10 a.C. – ? -13 de Outubro de 54), foi o quarto imperador de Roma, entre 41 e 54. É o segundo a ser proclamado um Deus, após Augusto. Pertencente à dinastia júlio-claudiana, seus pais eram Nero Cláudio Druso e Antônia, a Jovem. Era ainda neto de Livia Drusa, mulher de Augusto, sobrinho de Tibério e irmão de Germânico. Nasceu na Gália, hoje França, tornando-se assim o primeiro imperador nascido fora da Itália.
Como visto, o Imperador Cláudio tinha excelentes conexões, e era um homem muito culto, a quem se deve o conhecimento atual da língua etrusca. Mas, devido a alguns problemas físicos (era manco e levemente surdo) e falta de experiência militar, ele não estava cotado para se tornar imperador. Ao mesmo tempo, isso o poupou da “limpeza” na família imperial romana efetuada pelos seus antecessores Tibério e Calígula. Cláudio sobe ao trono imperial em 41 d.C. após o assassinato de seu sobrinho Calígula pela guarda pretoriana.
Foi casado quatro vezes, e em nenhum destes casamentos foi feliz. As duas primeiras mulheres foram repudiadas e a terceira, Messalina, foi executada por traição, adultério, libertinagem e acusação de conspiração. Foi com Messalina que Cláudio teve os seus dois únicos filhos, Britânico e Otávia, que casaria com o irmão adotivo, o imperador Nero. No final da vida, Cláudio tornou-se bastante permeável à influência de Agripina, sua quarta esposa. Por causa desta, ele deserdou o seu próprio filho e nomeou o enteado Nero seu sucessor.
O novo imperador acabou por se mostrar um excelente administrador, realizando obras públicas e importantes reformas administrativas. Sua política de expansão teve excelentes resultados, e ele foi o responsável pela conquista das províncias da Trácia, Judeia, Lícia, Nórica e Panfília e Mauritânia. No entanto, a conquista mais importante foi a Britânia (atual Inglaterra e Gales), incluída ao império em 43 d.C. Do ponto de vista econômico Roma se recuperou, mesmo com os ambiciosos projetos iniciados pelo imperador. Com isso, ele fez lembrar o período de César Augusto, o que constituiu um alívio para o povo romano, depois do período caótico experimentado com Calígula.
Seu reinado não foi livre de assassínios e perseguição política, apesar do tom geral ser bastante mais calmo que o dos seus antecessores. Sempre houve uma estabilidade política que não ocorreu nos reinados de Tibério e Calígula. Mesmo assim, o imperador era paranóico e via conspirações em todos os lados, e quem levou a pior foram os senadores e os equestres, pois Cláudio ordenou a execução de centenas deles. Isto o tornou impopular no senado. Sua esposa Messalina conspirou contra ele com o cônsul Silius, e Cláudio os condenou à morte.
Cláudio morreu em 54, provavelmente envenenado por Agripina. O Senado Romano, por influência de Nero, proclamou-o deus. Apesar disso, pouco depois, Nero cancelou todos os seus éditos e considerou Cláudio como demente e inapto para governar.