23.9.13
Reforma Protestante
Reforma, movimento cismático dentro da Igreja católica que questionava a supremacia eclesiástica do papa, propiciando a instauração das igrejas protestantes. O movimento surgiu no século XVI, quando Martinho Lutero desafiou o papa.
A partir do século X, papas e imperadores envolveram-se numa disputa de poder. Este conflito criou antagonismos entre Roma e o Sacro Império Romano-Germânico, potencializados durante os séculos XIV e XV. O descontentamento provocado pelos impostos papais e pela submissão a dignitários eclesiásticos estendeu-se a outras áreas da Europa.
Já no século XIII, o papado foi criticado pelos precursores da Reforma por causa da cobiça, imoralidade e arrogância de vários de seus membros. A Igreja reconhecia a necessidade de uma reforma mas, nesta época, não ocorreram mudanças radicais.
O humanismo e a invenção da imprensa derrubaram o escolasticismo como filosofia principal da Europa ocidental, privando os líderes da Igreja do monopólio sobre a cultura. Isto gerou as condições para que Martinho Lutero e Calvino instituíssem a Reforma Protestante.
A Reforma protestante se originou na Alemanha, em 1517, quando Lutero publicou suas 95 Teses que, recomendando que a religião se mantivesse fiel à fé individual baseada nas normas da Bíblia, desafiou a teoria e a prática das indulgências papais. Excomungado pelo papa, Lutero queimou, em público, o decreto papal de excomunhão. O imperador Carlos V, os príncipes alemães e eclesiásticos reuniram-se, em 1521, na Dieta de Worms e convidaram Lutero a se retratar. Lutero negou-se e foi declarado fora da lei.
O movimento reformista espalhou-se entre o povo e Lutero foi recebido como líder revolucionário já que a Alemanha também estava dividida por motivos econômicos. Em 1555, a guerra civil que Carlos V começara terminou com a Paz de Augsburgo onde se estabeleceu que cada um dos estados germânicos poderia escolher entre o catolicismo e o luteranismo.
O teólogo e reformador religioso alemão Martinho Lutero iniciou a reforma protestante ao publicar, em 1517, suas 95 Teses denunciando as indulgências e os excessos da Igreja católica. Para Lutero, a essência do cristianismo não se encontrava na organização liderada pelo papa, mas na comunicação direta que cada pessoa pudesse estabelecer com Deus. Seu protesto gerou muitos problemas para a Igreja católica e estabeleceu as diretrizes para outros movimentos protestantes, como o calvinista e o prebisteriano.
Bases do doutrinárias do luteranismo: Predestinação; Fé, fonte de salvação; Consubstanciação;
Sacramentos: Batismo e Eucaristia; A não exigência do celibato; Proibição da Iconoclastia.
Na Inglaterra, o rei Henrique VIII, apesar de ser contra a Reforma luterana, brigou com o papa após não conseguir a anulação de seu casamento com Catarina de Aragão. Excomungado, tomou a histórica decisão de romper com Roma. Em 1534, já casado com Ana Bolena, obteve permissão do Parlamento para aprovar uma ata que o nomeava, e a seus sucessores, chefes supremos da igreja na Inglaterra. Estabeleceu-se, assim, a Igreja Anglicana. Em 1539, o rei obrigou o Parlamento a aceitar a Ata dos Seis Artigos que tornava herético a desobediência aos principais dogmas do catolicismo. No entanto, a obediência ao papado continuou sendo um delito. Em 1547, Eduardo VI revogou a Ata dos Seis Artigos e a Inglaterra adotou os postulados protestantes sem, contudo, abandonar a posição de que seus reis são, também, chefes da Igreja.
Fonte:
http://www.estudanet.hpg.ig.com.br/ref-protes.htm
GrupoEscolar.com: http://www.grupoescolar.com/pesquisa/reforma-protestante.html