20.10.13
O Idealismo de Hegel
Hegel foi um filósofo alemão, recebeu sua formação no seminário da Igreja Protestante em Württemberg. Era fascinado pelas obras de Spinoza, Kant e Rousseau, assim como pela Revoluçã Francesa. Muitos consideram que Hegel representa o ápice do idealismo alemão do século XIX, que teve impacto profundo no materialismo histórico de Karl Marx. Hegel estudou no seminário de Tubinga com o poeta Friedrich Hölderlin e o filósofo Schelling. Os três estiveram atentos ao desenvolvimento da Revolução Francesa e colaboraram em uma crítica das filosofias idealistas de Immanuel Kant e de seu seguidor, Fichte.
Hegel começou a lecionar na Universidade de Jena, onde permaneceu de 1801 a 1806. Após a vitória de Napoleão, Hegel abandonou Jena e se tornou reitor da escola de latim em Nuremberg. Em 1816 ocupou uma cátedra na Universidade de Heidelberg. Sucedeu Fichte como professor de filosofia na Universidade de Berlim em 1818, posto que ocupou até sua morte. Estudou gramática até 18 anos, enquanto estudante fez uma vasta coleção de extratos de autores clássicos, artigos de jornal, trechos de manuais e tratados usados na época.
A primeira e a mais importante das obras de Hegel é sua Fenomenologia do Espírito. Onde propõe a tarefa de elevar a filosofia ao nível da ciência, pois assim, segundo ele, o saber filosófico por ele interpretado como um saber sobre o absoluto estaria atualizado de acordo com o espírito do tempo (Zeitgeist) moderno, que possui o seu coroamento no conhecimento científico. Assim, ele afirma que a filosofia deve ser um desenvolvimento dialético das formas de consciência, tendo como fim um sistema capaz de explicar tudo, que é o que ele imagina ser o saber científico, e por isso este livro seria a base de um sistema filosófico, batizado de "sistema de ciência". Ao explicar o seu objetivo e a sua concepção, Hegel ataca, de um lado, o formalismo do sistema filosófico de Kant, e do outro, a filosofia do Romantismo, que ele chama de "noite em que todas as vacas são pardas".
Hegel afirma incorporar em seu próprio pensamento toda a diversidade de sistemas filosóficos da história através da reconciliação das divergências entre as várias filosofias anteriores por meio do próprio sistema hegeliano, que seria o resultado do progresso de toda a história das idéias.
Foi um intelectual e revolucionário alemão, fundador da doutrina comunista moderna, que atuou como economista, filósofo, historiador, teórico político e jornalista. O pensamento de Marx influencia várias áreas, tais como Filosofia, Geografia, História, Direito, Sociologia, Literatura, Pedagogia, Ciência Política, Antropologia, Psicologia, Economia, Teologia, Comunicação, Administração, Design, Arquitetura, e outras. Durante a vida de Marx, suas ideias receberam pouca atenção de outros estudiosos. Talvez o maior interesse tenha se verificado na Rússia, onde, em 1872, foi publicada a primeira tradução do O Capital.
Marx foi herdeiro da filosofia alemã, considerado ao lado de Kant e Hegel um de seus grandes representantes. Foi um dos maiores (para muitos, o maior) pensadores de todos os tempos, tendo uma produção teórica com a extensão e densidade de um Aristóteles, de quem era um admirador. A teoria marxista é, substancialmente, uma crítica radical das sociedades capitalistas. Mas é uma crítica que não se limita a teoria em si. Marx, aliás, se posiciona contra qualquer separação drástica entre teoria e prática, entre pensamento e realidade, porque essas dimensões são abstrações mentais (categorias analíticas) que, no plano concreto, real, integram uma mesma totalidade complexa. O marxismo constitui-se como a concepção materialista da História, longe de qualquer tipo de determinismo, mas compreendendo a predominância da materialidade sobre a ideia, sendo esta possível somente com o desenvolvimento daquela, e a compreensão das coisas em seu movimento, em sua inter-determinação, que é a dialética.
Fonte: http://www.algosobre.com.br/filosofia/o-idealismo-de-hegel.html