VICE tem a incrível história de Freddie Oversteegen, de noventa anos, que se juntou à resistência holandesa à ocupação nazista quando tinha apenas 14 anos de idade. Junto com sua irmã mais velha Truus e sua amiga Hannie Schaft, ela se inscreveu porque os alemães nunca suspeitaram de jovens como lutadores da liberdade.
Freddie na primavera de 1945. (Foto do álbum da família, cortesia de Remi Dekker)
A incrível jornada começou quando um homem visitou a casa de Freddie para perguntar a sua mãe se as duas irmãs podiam juntar-se à resistência com o argumento de que ninguém poderia suspeitar que eles fossem assassinos nazistas por causa de seu gênero e idade jovem. Ela disse ao VICE Netherlands :
"Eu pensei que estaríamos começando uma espécie de exército secreto. O homem que veio à nossa porta disse que teríamos treinamento militar, e eles nos ensinaram uma ou duas coisas. Alguém nos ensinou a atirar e aprendemos a marchar na floresta. Havia cerca de sete de nós então - Hannie [um dos mais famosos combatentes da resistência da Segunda Guerra Mundial] não era uma parte do grupo ainda e nós éramos as únicas meninas ".
Hannie (direita) e Truus disfarçadas.
Um incidente particular da guerra que se destaca na mente de Freddie é o momento em que sua irmã seduziu um nazista de "grande tiro" enquanto ela mantinha uma vigia de um ponto de vista na floresta para ver se ninguém estava chegando. Ela lembrou:
"Truus o conheceu em um bar caro, o seduziu e depois o levou para uma caminhada na floresta. Ela era como: "Quer dar um passeio?" E, claro, ele queria. Então eles encontraram alguém - que foi feito para parecer uma coincidência, mas ele era um dos nossos - e esse amigo disse a Truus: "Menina, você sabe que você não deveria estar aqui". Pedimos desculpas, nos viramos e nos afastamos. E então os tiros foram disparados, de modo que o homem nunca soube o que o atingiu ".
Freddie Oversteegen. Quando adolescente, essa mulher idosa levou os nazis a suas mortes, seduzindo-os. (Foto cortesia do VICE)
De acordo com um jornal holandês , as garotas de Oversteegen também cuidavam de pessoas escondidas, entregavam mensagens para um exército subterrâneo como mensageiros, transportavam armas e escoltavam crianças judeus para lugares seguros. Mais tarde, as irmãs se envolveram ativamente em atos de sabotagem e ataques.
Após a guerra, Hannie Schaft tornou-se uma heroína de resistência indiscutível. Um filme foi feito sobre ela, The Girl With The Red Hair , e ela foi (re) enterrada com honras na presença da Rainha Wilhelmina e do Príncipe Bernhard dos Países Baixos. Mais de 15 cidades na Holanda têm ruas com o nome dela.
Freddie lê um poema que Hannie Schaft escreveu na guerra. A foto no livro é de Hannie. (Foto cortesia do VICE)
Truus tornou-se uma escultora e um falante público em serviços de memorial de guerra. Mas Freddie, agora com 90 anos, nunca obteve o reconhecimento que ela merecia por sua participação na resistência, até que o cineasta holandês Thijs Zeeman decidiu fazer dela e a sua irmã o assunto de seu mais recente documentário de TV, Two Sisters in the Resistance .
Freddie se casou e teve filhos, o que ela disse ajudou-a a lidar com o trauma da guerra. Há momentos em que ela ainda sente ciúmes que ela nunca teve tanta atenção quanto sua irmã por seus esforços durante a guerra, mas então ela lembra que ela era parte integrante da resistência, e só sabendo que isso é suficiente.
Fonte: http://www.vintag.es/2017/01/meet-90-year-old-woman-who-seduced-and.html