Havia imagens de esqueletos virtuais vivos; de prisioneiros de pé ombro a ombro em uniformes listrados; de pessoas com deformidades; de vítimas desembarcadas de supostas experiências médicas. E havia dezenas de milhares de fotos de identificação de prisioneiros - três de cada preso.
Muitas dessas fotografias foram feitas por um jovem chamado Wilhelm Brasse. Ele os levou porque, como os mais de 2 milhões de outros detentos que morreram ou conseguiram sobreviver no campo de concentração de Auschwitz-Birkenau durante a Segunda Guerra Mundial, ele não teve escolha.
Wilhelm Brasse foi obrigado a tirar tiros de prisioneiros em Auschwitz, o campo de extermínio nazista. "Eu tentei acalmá-los", ele confessou mais tarde. Ele também fez retratos de estúdio dos guardas das SS e se tornou popular com eles, com uma reputação de poder colocar seus assuntos à vontade. Ele disse a um oficial para "sentar-se confortavelmente, relaxar e pensar sobre sua pátria" antes de tirar a foto. As habilidades fotográficas de Brasse certamente salvaram sua vida.
Fonte: http://www.vintag.es/2017/01/wilhelm-brasse-mugshots-photographer.html