As primeiras Grandes Navegações foram realizadas entre os séculos XV e XVI. Os pioneiros na expansão marítima foram os portugueses e os espanhóis, seguidos pelos ingleses, franceses e holandeses.
Fatores que levaram os europeus a realizarem as primeiras Grandes Navegações:
A procura de mercados produtores agrícolas na África e na Ásia para suprir as necessidades da crescente população europeia.
A procura de novos mercados consumidores de produtos manufaturados na Europa.
Falta de metais preciosos na Europa para a cunhagem de moedas.
O aprimoramento das técnicas de navegação.
A necessidade de se descobrir um novo caminho marítimo para as Índias.
A burguesia mercantil buscava novos caminhos para a Índia, para quebrar o monopólio que as cidades italianas, principalmente Veneza e Gênova, exerciam sobre o comércio de especiarias vindas daquela região, e para evitar o confronto armado com essas cidades no Mediterrâneo.
A aliança entre rei e burguesia também contribuiu de maneira decisiva para a expansão comercial e marítima. Juntos, rei e burguesia patrocinaram e financiaram expedições para a África, Ásia e a América.
Portugal foi o pioneiro na realização de grandes viagens. Voltado para o Atlântico desfrutava de posição privilegiada.
No início do século XV, Portugal tornou-se o centro de estudos de navegação, com o estímulo do infante D. Henrique, o navegador, que reunia em sua residência, em Sagres, Algarve, navegadores, cosmógrafos, cartógrafos, mercadores e aventureiros.
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As Grandes Navegações Portuguesas
1415 – chega à ilha de Ceuta, no norte da África.
1419 – ocupa o arquipélago dos Açores.
1434 – dobra o cabo do bojador.
1444 – descobre o arquipélago de Cabo Verde.
1488 – Bartolomeu Dias dobra o Cabo da Boa Esperança.
1498 – Vasco da Gama atinge Calicute, na costa oeste da Índia.
1500 – Pedro Álvares Cabral oficializa a posse sobre o Brasil e segue depois rumo à Ásia, objetivo principal da esquadra.
As Grandes Navegações Espanholas
O segundo país europeu a se aventurar nas Grandes Navegações foi a Espanha e mesmo assim, quase oitenta anos depois de Portugal.
Em sua primeira viagem Colombo desembarcou nas Bahamas, acreditando ter alcançado as Índias, e morreu acreditando nisso.
Somente em 1504 desfez-se o engano, quando o navegador Américo Vespúcio confirmou tratar-se de um novo continente.
1492 – Cristóvão Colombo descobre a América.
1499 – Alonso Ojeda chega à Venezuela.
1500 – Vicente Pinzón chega ao Brasil, no Amazonas.
1511 – Diogo Velasquez chega Cuba.
1512 – Ponce de León chega à Flórida.
1513 – Vasco Nunez alcança o Oceano Pacífico.
1519 – Fernão de Magalhães e Sebastião del Cano partem para a primeira viagem de circum-navegação.
1519 – Fernão Cortez chega ao México.
1531 – Francisco Pizarro conquista o Peru.
1537 – João Ayolas chega ao Paraguai.
1541 – Francisco Orellana explora o rio Amazonas.
As navegações inglesas, francesas e holandesas na América
Depois de algumas expedições de reconhecimento geográfico ao longo do litoral norte-americano, os ingleses só começaram a colonizar a América do Norte no final do século XVI.
Os franceses, jamais aceitaram a divisão da América, pelo Tratado de Tordesilhas, entre Espanha e Portugal e realizou diversas viagens estimulando a pirataria, principalmente nas costas brasileiras. As investidas pelo Caribe e pelas costas norte-americanas resultaram na posse do Haiti, do Canadá e da Louisiana.
Os holandeses chegaram à América, já no século XVII, e fundaram Nova Amsterdã (atual Nova York), invadiram por duas vezes o Brasil (Pernambuco e Bahia) conquistaram o atual Suriname, a região do Forte Orange (Albany) e Curaçao.
Fonte: https://www.todamateria.com.br/as-primeiras-grandes-navegacoes/