20.2.19

Ku Klux Klan: o que representou, como agia e quem combatia

A Ku Klux Klan foi uma organização de extremistas americanos, que atuava com ações semelhantes aos terroristas, sendo responsável por atrocidades e mortes.
Por Adriano Curado








A Ku Klux Klan foi uma organização civil americana de segregação e intolerância. Ela surgiu logo após a Guerra de Secessão e refletia o preconceito dos sulistas derrotados.

Ressurgiu no início do século XX por consequência de um livro e um filme racistas. Mas essa segunda fase foi abafada pela Grande Depressão de 1929.

Avançando um pouco mais no tempo, ela volta na década de 1950 por conta de uma lei. Era a proibição da segregação racial nas escolas públicas nos Estados Unidos.



Contexto Histórico

Uma das consequências da Guerra de Secessão foi a abolição da escravatura nos Estados Unidos. Mas isso por si só não representou o fim do preconceito, principalmente nos estados do Sul.

Surgiu então um problema que desassossegou todo o país, que foi saber o que fazer com os libertos. E uma das sugestões foi custear seu retorno para a Libéria, na África. Muitos concordaram em pagar os gastos para não conviver com os negros.


Ocorre que os libertos optaram por ficar nos Estados Unidos, posto que desejavam refazer a vida por lá. Isso desagradou sobremaneira os radicais racistas, principalmente porque havia movimento pelos direitos iguais.

Surgiram então fraternidades privativas de brancos no Tennessee e na Louisiana, com o fim de discriminar pessoas. A Ku Klux Klan foi uma dessas associações racistas radicais da época.






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A origem da A Ku Klux Klan

A Ku Klux Klan foi criada no Tennessee em 1866, por pessoas que lutaram na Guerra de Secessão. Eles desejavam a continuidade da escravidão e se mostravam insatisfeitos com a liberdade dos negros. Pregando também o Protestantismo, logo incorporou no rol de seus inimigos os católicos.

Era um grupo bem organizada e hierarquizado, voltado unicamente para intimidar. Eles usavam túnicas e chapéus cônicos para não serem reconhecidos. Saiam à noite em grandes grupos com tochas nas mãos e gritando ameaças.

O radicalismo chegou ao ponto de tentar reverter o processo da abolição, retornando o tempo dos escravos. Foram registrados muitos atentados a igrejas e escolas frequentados por negros, espalhando o pânico.

Pessoas eram retiradas à força de casa, espancadas e depois enforcadas. Por fim ateavam fogo na casa e deixavam uma cruz em chamas nas proximidades.

Isso levou à aprovação de leis contra a intolerância racial, instante em que a organização foi considerada terrorista. Com essa criminalização do racismo, a Ku Klux Klan cessou suas atividades.



A volta do terror

No início do século XX, a Ku Klux Klan foi ressuscitada no livro The Clansman, de Thomas Dixon. O escritor engrandecia as ações da organização e elevava seus membros ao patamar de heróis nacionais.

E para piorar a situação, o livro virou o filme O Nascimento de Uma Nação, de D. W. Griffith, de 1915. Obra preconceituosa e segregacionista, exaltava a superioridade da raça branca e rotulava o negro de primitivo.

Ressurgiu assim a Ku Klux Klan, só que com uma abrangência muito maior. Agora além de negros e católicos, também judeus e comunistas estavam entre seus alvos.

Cresceu tanto por obra das propagandas racistas, que somou quatro milhões de membros engajados. Antes só composta por homens, passou a admitir também mulheres em seu quadro. A Grande Depressão de 1929 pôs fim às suas ações, que só voltariam três décadas mais tarde.


Uma releitura da Ku Klux Klan

A Ku Klux Klan voltou à ativa na década de 1950 com atividades de extrema violência. Quando entrou em vigor a legislação que proibia a segregação racial nas escolas públicas, acenderam-se as cruzes.

Muitas casas foram atacadas pelos mascarados, resultando em 29 mortos de 1956 a 1963. Os alvos se ampliaram para pessoas que se destacaram na busca de conquistas de direitos civis.

No ano de 1963, uma bomba explodiu numa igreja batista em Birmingham, no Alabama, e matou quatro pessoas. No ano seguinte, um novo atentado mata três ativistas engajados no movimento negro no Tennessee. Essas ações são atribuídas à Ku Klux Klan.

Seus membros foram então perseguidos e presos, sendo a organização proibida nos Estados Unidos. Há rumores de que ainda existe, embora atue agora na clandestinidade e não cometa os mesmos atentados do passado.

E se você curtiu ler sobre a Ku Klux Klan, então não deixe de conhecer uma matéria muito curiosa sobre a Guerra do Afeganistão e saiba quais potências se envolveram.

Fonte: Wikipédia, Brasil Escola, Seu History, Mundo Educação, BBC, Enciclopédia Britânica, Escola Kids, History Extra, Toda Matéria, História do Mundo.

Fonte das imagens: Quartz, Conspiracy, Assim Era Hollywood, Fatos Desconhecidos.
Fonte:https://conhecimentocientifico.r7.com/ku-klux-klan-o-que-representou-como-agia-e-quem-combatia/