Por Adriano Curado
O Golpe 18 de Brumário foi articulado pela burguesia francesa para destituir o Diretório que governava a França. Consolidado pela alta burguesia, o escolhido para sua concretização foi o General Napoleão Bonaparte.
Após o fechamento da Assembleia do Diretório, instituiu-se um governo de três cônsules. Isso se deu em 9 de novembro de 1799 (no Calendário Revolucionário, dia 18 de Brumário). Posteriormente, Napoleão foi escolhido primeiro-cônsul e ganhou grandes poderes ditatoriais.
Esse golpe de Estado levou a estabilidade política que a França ansiava desde a Revolução Francesa. Conseguiu também afastar o temor de uma invasão estrangeira e findou com as rebeliões internas. Cinco anos depois, através de um plebiscito, Napoleão subiu ao trono da França.
Contexto Histórico
Embora decorrida uma década da Revolução Francesa, o país ainda sofria com a instabilidade política. Muitas revoltas internas desafiavam o Diretório, que era um colegiado de líderes que administrava a França.
Havia também o temor de que a Rússia e outras potências europeia invadissem a França, por conta dos ideais revolucionários.
Toda essa instabilidade desagradava a burguesia, posto que atrapalhava seus negócios. Era preciso fazer mudanças rápidas na administração do país.
Napoleão Bonaparte foi o escolhido para consolidar o plano de depor o Diretório e instituir um novo governo. Ele era querido pelos franceses por conta de suas campanhas militares e pelas propagandas que os jornais faziam.
O Golpe tem início
A classe burguesa e parte dos políticos deram a Bonaparte carta branca para agir, inclusive com o emprego do exército. No dia 9 de novembro de 1799, ou 18 de Brumário do Ano VIII da Revolução Francesa, Napoleão fechou a Assembleia do Diretório.
A partir dali ele implantou um novo regime de governo chamado Consulado. Começava aí uma era de dominação econômica pela burguesia. Houve também repressão aos remanescentes revolucionários da Revolução Francesa, bem como aos monarquistas que desejavam a volta do rei.
O poder é então dividido entre três cônsules, a saber: Napoleão Bonaparte, Roger Ducos, e Emmanuel Joseph Sieyès. A população francesa deu apoio em massa à ação de depor o Diretório e implantar o Consulado.
As consequências do 18 de Brumário
Os cônsules prepararam às pressas uma nova constituição federal, que foi promulgada em apenas um mês. Bonaparte foi nomeado primeiro-cônsul para um mandato de dez anos, inclusive com poderes ditatoriais.
O poder de ditador foi empregado como pretexto para repelir ameaças estrangeiras, contanto com o dinheiro dos bancos da França.
Napoleão tentou dar um ar de democracia ao seu governo e criou instituições de fachada, pois só ele mandava. Instituíram-se o Senado e a Câmara dos Deputados, o Tribunal e o Conselho de Estado, que não tinham poder algum. A oposição foi duramente reprimida e a imprensa censurada.
Esse foi um tempo de prosperidade e relativa paz na França, por isso a população idolatrava Bonaparte. No ano de 1804, através de um plebiscito os franceses aprovaram a volta da monarquia, sendo coroado Napoleão I.
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