15.7.20
Domingos Jorge Velho
Nascimento: 1641, Santana de Parnaíba, São Paulo.
Falecimento: 1705, Piancó, Paraíba
Há apenas alguns dados conhecidos de sua vida, ele provavelmente nasceu em 1641 na colônia Parnaíba em São Paulo. De cerca de 1671 ele possuía uma grande fazenda.
Bandeirante nascido em São Paulo, porém não se tem certeza do ano, morreu em Piancó (PB) por volta de 1703/1704, e desde o ano de 1671 já participava de bandeiras de apresamento de índios no nordeste, aonde passou a criar gado numa fazenda em Pernambuco, fundando o arraial de Sobrado.
Participou de expedições pelos sertões do Piauí, Ceará e Paraíba, sempre apresando, ou destruindo várias aldeias indígenas, em torno do ano de 1675 fundou na Paraíba os arraiais de Formiga e Piancó (1676), esta última localidade foi reconstruída por ele após sua destruição pelos índios Cariris.
Firmou um compromisso em 3 de março 1687 no qual se comprometia a conquistar e destruir os negros levantados em Palmares; porém não partiu imediatamente, o compromisso foi ratificado em 3 de dezembro de 1691 com o Marquês de Montebelo e confirmado pela carta régia em 7 de abril de 1693.
O certo é que em novembro de 1688 chegava a Pernambuco quando foi chamado pelo governador-geral para que se dirigisse ao Rio Grande do Norte, a fim de desbaratar uma rebelião de índios janduins, somente em outubro de 1691 que Jorge Velho pode partir para Pernambuco de inicio estabeleceu-se então num arraial chamado Tapirabaté, pelo caminho roubou e vendeu gado dos criadores da região, tentou estabelecer-se em Santo Antão, porém o capitão-mor da região tornou-se receoso de sua presença ali e pediu que se retirasse, Jorge Velho permaneceu praticamente um ano em Tapirabaté, quando finalmente resolveu partir contra Palmares. O resultado desta primeira incursão foi uma franca derrota.
E pelo alvará de 9 de abril de 1693 o rei ratificou o acordo com Jorge Velho, e em novembro começaram a chegar mantimentos e juntar-se efetivos em Porto Calvo, que foi escolhido como o centro das operações, puseram-se em marcha em janeiro de 1694, e no dia 6 de fevereiro a principal cidadela de Palmares é tomada e incendiada, e para isso contou com o auxílio dos homens de Bernardo Vieira de Melo e de Sebastião Dias.
Jorge Velho permaneceu pelos arredores até o ano de 1694 quando começaram a surgir queixas dos moradores da região, que pediam proteção ao governador contra os desmandos do bandeirante paulista, que entre outras coisas, apropriava-se indevidamente de cabeças de gado destes indivíduos, casou-se pouco antes de 1697 em sua estância em Piancó com Jerônima Cardim Fróis, contava então com aproximadamente cinquenta anos, e no ano de 1699 comandou uma expedição, cuja finalidade era dominar as tribos indígenas do Maranhão, Ceará e Pernambuco, pouco tempo depois recebeu autorização para fundar duas vilas, Atalaia fundada por ele próprio e São Caetano de Jacuípe, fundada por Cristóvão de Mendonça Arrais, seu sargento-mor.
Domingos Jorge Velho – Bandeirante
Domingos Jorge Velho
Durante o século XVII, muitos foram os bandeirantes paulistas que andaram pelo Nordeste no encalço de índios para o trabalho na lavoura.
O que mais se destacou entre eles foi Domingos Jorge Velho, nascido na vila de Parnaíba (São Paulo), em 1614.
Por volta de 1670, encontrava-se no Nordeste, quando foi convidado por Francisco Garcia d’Ávila, proprietário da Casa da Torre, na Bahia, para esmagar os índios da região do rio São Francisco.
O objetivo dessa campanha era estabelecer estâncias de criação de gado naquela área, atividade que também atraía o interesse do bandeirante.
Domingos Jorge Velho chegou mesmo a ter uma fazenda de gado no oeste de Pemambuco, onde fundou a povoação de Sobrado.
Entre 1674 e 1680, acompanhou Domingos Afonso, conhecido como Sertão, em uma expedição que explorou o Piauí, percorrendo depois o Maranhão e o Ceará, onde realizou ações de extermínio dos índios ainda não submetidos ao domínio do homem branco. Foi a partir dessa expedição que começou a ocupação do Piauí.
Vieram depois colonos e gado que, atravessando a fronteira de Pernambuco e da Bahia, penetraram na região.
Assim, a corrente de povoamento que colonizou o Piauí partiu do sertão para o litoral, ao contrário do que aconteceu em outras áreas. Isso explica por que a forma geográfica desse Estado apresenta-se mais larga no interior do que na costa litorânea.
Em 1685, o governador de Pernambuco, João da Cunha Souto Maior, convocou Domingos Jorge Velho para combater os negros do quilombo de Palmares, no sertão de Alagoas.
Mas foi só a partir de 1692 que o bandeirante moveu a guerra contra os escravos rebeldes.
Em novembro de 1695, Palmares havia deixado de existir e Domingos Jorge Velho lançava-se a novas aventuras.
Em 1697, o bispo de Pemambuco escrevia sobre ele: “Este homem é um dos maiores selvagens com que tenho topado (…) tendo sido sua vida, (…) até o presente, andar metido pelos matos à caça de índios, e de índias, estas para o exercício das suas torpezas, e aqueles para o granjeio de seus interesses”.
Domingos Jorge Velho morreu em 1703, na Paraíba, sem nunca ter voltado à capitania natal
Domingos Jorge Velho – Resumo
Domingos Jorge Velho
Desbravador brasileiro nascido na Vila de Parnaíba, SP, comandante da expedição que destruiu o quilombo dos Palmares e considerado um dos bandeirantes mais ativos do período de caça ao índio.
Foi o primeiro desbravador do Piauí, onde chegou através da Bahia, procedente da região de Taubaté e do rio das Velhas. Na realidade um cruel mercenário a soldo das autoridades ou dos criadores de gado do Nordeste. A serviço do senhor da Casa da Torre, Francisco Dias de Ávila, encarregou-se do apresamento de índios no sertão do Nordeste.
Mais tarde, a serviço de João da Cunha Souto Maior, governador de Pernambuco, preparou e liderou uma grande expedição para combater os negros do quilombo dos Palmares e, com a ajuda de Bernardo Vieira de Melo, Sebastião Dias, Matias Cardoso de Almeida e Cristóvão de Mendonça Arrais, venceu os negros liderados por Zumbi (1694).
Em seguida, foi designado chefe da expedição organizada para combater a confederação dos cariris, que subjugou indígenas nos estados de Piauí, Ceará e Maranhão.
Pelos serviços prestados, o bandeirante recebeu a patente de mestre-de-campo e morreu em Piancó, cidade do alto sertão da Paraíba.
Fonte: www.geocities.com/www.colegiosaofrancisco.com.br