Em 2007, o Sistema Integrado de Acesso do Arquivo Público Mineiro (SIA-APM) disponibilizou on-line aproximadamente 80 mil páginas de manuscritos referentes à Secretaria de Governo da Capitania de Minas Gerais (1605–1849). Um tema a ser explorado nessas fontes é o das revoltas coloniais. Em 1720, uma delas, de caráter antifiscal, eclodiu em Vila Rica, atual Ouro Preto. É emocionante poder ler manuscritos de quase trezentos anos, como o do Governador de Minas, solicitando “devassa” contra os rebeldes.
Vários desses testemunhos também se encontram disponíveis na Revista do Arquivo Público Mineiro, como omanuscrito da arrematação dos bens pertencentes ao confiscado Fellippe dos Santos, líder da Revolta de 1720.
No SIA-APM, os mencionados 80 mil manuscritos estão indexados a partir dos títulos dos 400 livros em que se encontram encadernados. O motivo para tal escolha se deve ao elevado custo das descrições detalhadas, que, aliás, demoram vários anos para ser concluídas. Eis um exemplo: Registro de alvarás, regimentos, cartas, ordens régias, cartas patentes (1605-1753).
Nesse códice, com 256 páginas, é possível localizar documentos a respeito dos mais diversos assuntos: cartas patentes de militares, confirmações de cartas de sesmarias, regimentos de cirurgiões etc. No entanto, o sistema de busca identifica apenas os termos do título do livro, ou seja: “registros”, “alvarás”, “cartas”, “ordens régias” e “cartas patentes”.
Portanto, quem quiser pesquisar no SIA-APM deve desenvolver algumas estratégias. Muitos livros de manuscritos dispõem de índices nas páginas iniciais. Outra dica é utilizar o Guia de Fundos e Coleções, que apresenta uma visão geral do funcionamento da Secretaria de Governo da Capitania e da riqueza de seu acervo. É possível também recorrer à busca avançada, selecionando o período a ser pesquisado. Se o tema for a revolta de 1720, por exemplo, basta escrever esse ano no campo “data inicial”. Fonte: |