Por Antonio Gasparetto Junior |
Em 1923 foi criada a Sturmabteilung, chamada de SA. Tratava-se de uma força paramilitar nazista. Dentro dessa entidade foi então criado um pequeno grupo com o intuito de proteger os altos dirigentes do Partido Nazista em ocasiões públicas como comícios ou discursos. Foi somente em 1925 que a Schutzstaffel,SS, foi organizada com o objetivo de ser a tropa de proteção pessoal do líder nazista Adolf Hitler.
A SS era uma tropa constituída por homens de elite, todos selecionados pela considerada “pureza” racial e pela fidelidade incondicional ao Partido Nazista. Tinha como lema a frase “Mein Ehre heißt Treue”, que em português significa “minha honra é a lealdade”. Essa pequena unidade paramilitar tornou-se um grandioso exército nazista, uma organização poderosa e com grande influência sobre o Terceiro Reich.
O grupo original que deu origem à SS, a SA, era semi-independente. Sua atuação se dava através de práticas de terror contra os inimigos do nazismo, entretanto sua relativa autonomia ameaçava o poder de Hitler. Por esse motivo, o líder nazista foi aos poucos substituindo a SA pela SS, o que garantiria sua autoridade. Mesmo assim, entre 1925 e 1929, a SS possuía um plantel de apenas 280, o que a identificava apenas como um batalhão.
A SS começou a mudar no dia 6 de janeiro de 1929, quando Adolf Hitler nomeou Heinrich Himmler para ser o líder da SS. A partir de então o que era apenas um batalhão ganhou novas proporções e cresceu significativamente em número e em poderio no governo nazista. Himmler adotou medidas de expansão baseadas em práticas dos antigos Cavaleiros Templários e fez com que em 1933 o exército pulasse de 280 indivíduos para mais de 200 mil pessoas. O crescimento continuaria por mais tempo ainda, no decorrer da Segunda Guerra Mundial a SS contava com mais de um milhão de membros.
Heinrich Himmler foi o grande nome da SS, responsável pelo grande crescimento da organização. O que era uma entidade paramilitar passou a contar, a partir de 1939, com um exército próprio chamado de Waffen SS, que desfrutava de total independência da Wehrmacht, o exército alemão principal.
A SS cresceu em poderio e absorveu a Gestapo (polícia secreta nazista), Reichssicherheitshaumptamt (órgão controlador das polícias), Sicherheitsdienst, o serviço de inteligência e o Einsatzgruppen. Com isso, a SS passou a contar com as organizações responsáveis pelo extermínio de grupos minoritários, pela repressão dos opositores e pela manutenção do autoritarismo.
Com a nova configuração da SS estabelecida sob o comando de Heinrich Himmler, a organização passou a comandar, em 1939, os campos de concentração e, em 1941, os campos de extermínio. Himmler foi o responsável pela criação desses ambientes que aniquilaram milhares de homens, mulheres e crianças.
Durante a Segunda Guerra Mundial, a SS contava com seu próprio esquadrão de extermínio que Himmler designou o comando para Reinhard Heydrich, seu suplente. O esquadrão era encarregado do assassinato de civis que representavam as minorias étnicas consideradas danosas pelos nazistas. Himmler foi destituído do cargo em 1945 por Adolf Hitler, acusado de traição. Em seu lugar entrou um novo comandante que ficaria na liderança da SS por apenas oito dias, acusado de nova traição. Mas logo em seguida a guerra também acabaria. O Tribunal de Nuremberg, instalado após a guerra para julgar crimes nazistas, condenou a SS e Heinrich Himmler por crimes contra a humanidade.
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