Os skinheads da década de 1960 se contrapunham aos seus contemporâneos hippies.
Por Rainer Sousa
Quando falamos sobre os skinheads, muitas pessoas logo os associam a pessoas de orientação política de extrema direita e que exaltam elementos diversos historicamente ligados ao neonazismo. Além disso, essa mesma imagem negativa se vincula aos episódios de agressão voltados contra punks, homossexuais, negros e pessoas de outras nacionalidades. Contudo, a origem e a orientação original desse grupo em muito se distancia dessa imagem negativa construída ao longo do tempo.
Nas periferias inglesas da década de 1960 viviam jovens oriundos da classe operária daquele país assombrado pelos problemas sociais e pelo desemprego. Ao longo do tempo, os skinheads surgiram como uma espécie de antítese aos hippies que se tomavam por um discurso fortemente pacifista, quando não distante dos problemas que atingiam aqueles trabalhadores de pouca idade. Com o passar do tempo, as diferenças foram se reforçando de outros modos.
Se, por um lado, os hippies não se importavam com a higiene pessoal, os skinheads daquela época eram bastante asseados, deixavam seus cabelos raspados e não ostentavam nenhum fio de barba no rosto. Enquanto as várias cores integravam o visual dos hippies londrinos, os skinheads se valiam de poucas cores e eram facilmente reconhecidos pelo uso de camisetas brancas ou pretas, coturno, calças e suspensórios. Um claro choque entre a simplicidade e a exuberância.
O pacifismo alegre e regado por drogas alucinógenas dos hippies também passava longe do cotidiano dos primeiros skinheads. Prontos para qualquer tipo de briga pelas ruas de Londres, os skinheads preferiam alimentar a sua fúria e afogar a sua insatisfação com doses cavalares de cerveja consumidas pelos pubs da cidade. Além disso, a psicodelia do rock mais experimental e progressivo dos hippies era deixada de lado em favor da simplicidade do ska, do reggae e do rock steady.
Ao contrário do que se imagina, os primeiros skinheads não se formaram por uma orientação política radical e definida. Estavam bem mais mobilizados por uma situação social e econômica que era claramente partilhada por diversos outros jovens de origem negra e migrante que vivia no país. Apesar de alguns nutrirem orgulho pelo país, essa questão não se tornava uma justificativa fundamental para se alimentar o ódio contra os estrangeiros, negros e homossexuais.
Nos fins da década de 1970 a radicalização do discurso político de alguns skinheads veio a transformar totalmente as opiniões, comportamentos e modos de se portar desse movimento jovem. Apesar da fama alcançada, principalmente por conta do flerte com o nazi-fascismo, nem todos os skinheads se identificam com os discursos de extrema direita que popularizaram o movimento. Ainda hoje, muitos skins atualizam o movimento mesclando os comportamentos do movimento original com questões atuais.
Nas periferias inglesas da década de 1960 viviam jovens oriundos da classe operária daquele país assombrado pelos problemas sociais e pelo desemprego. Ao longo do tempo, os skinheads surgiram como uma espécie de antítese aos hippies que se tomavam por um discurso fortemente pacifista, quando não distante dos problemas que atingiam aqueles trabalhadores de pouca idade. Com o passar do tempo, as diferenças foram se reforçando de outros modos.
Se, por um lado, os hippies não se importavam com a higiene pessoal, os skinheads daquela época eram bastante asseados, deixavam seus cabelos raspados e não ostentavam nenhum fio de barba no rosto. Enquanto as várias cores integravam o visual dos hippies londrinos, os skinheads se valiam de poucas cores e eram facilmente reconhecidos pelo uso de camisetas brancas ou pretas, coturno, calças e suspensórios. Um claro choque entre a simplicidade e a exuberância.
O pacifismo alegre e regado por drogas alucinógenas dos hippies também passava longe do cotidiano dos primeiros skinheads. Prontos para qualquer tipo de briga pelas ruas de Londres, os skinheads preferiam alimentar a sua fúria e afogar a sua insatisfação com doses cavalares de cerveja consumidas pelos pubs da cidade. Além disso, a psicodelia do rock mais experimental e progressivo dos hippies era deixada de lado em favor da simplicidade do ska, do reggae e do rock steady.
Ao contrário do que se imagina, os primeiros skinheads não se formaram por uma orientação política radical e definida. Estavam bem mais mobilizados por uma situação social e econômica que era claramente partilhada por diversos outros jovens de origem negra e migrante que vivia no país. Apesar de alguns nutrirem orgulho pelo país, essa questão não se tornava uma justificativa fundamental para se alimentar o ódio contra os estrangeiros, negros e homossexuais.
Nos fins da década de 1970 a radicalização do discurso político de alguns skinheads veio a transformar totalmente as opiniões, comportamentos e modos de se portar desse movimento jovem. Apesar da fama alcançada, principalmente por conta do flerte com o nazi-fascismo, nem todos os skinheads se identificam com os discursos de extrema direita que popularizaram o movimento. Ainda hoje, muitos skins atualizam o movimento mesclando os comportamentos do movimento original com questões atuais.
Fonte: Mundo Educação