Modelo criado pela Gurgel em 1974 já mostrava preocupação com meio-ambiente e economia
Por Bruno Roberti | 24/11/2010
Não é de hoje que existe a preocupação com economia e sustentabilidade quando se fala em veículos automotores. Atualmente, o cuidado está redobrado e as montadoras entraram de vez no segmento dos elétricos e híbridos.
Porém, em fevereiro de 1974, um visionário brasileiro chamado João Gurgel, responsável pela fábrica nacional de mesmo nome e que produziu diversos modelos, já via a necessidade de o motorista economizar combustível e ainda ajudar o meio-ambiente.
Foi daí que veio a ideia de criar um protótipo elétrico em Rio Claro, local da fábrica da Gurgel. Assim como nos dias atuais, naquela época, o principal problema eram as baterias – de chumbo-ácido -, incapazes de armazenar energia suficiente para fornecer o torque às rodas, além de representarem um grande peso para o veículo.
Em julho daquele ano finalmente surgiu uma unidade de testes do Itaipu, baseado no mock-up feito meses atrás, com nome inspirado na Usina Hidrelétrica da cidade de Itaipu. Com carroceria em fibra de fibra e aço, chassi tubular, dez baterias de 12 volts e motor elétrico de 3.000 watts, QUATRO RODAS andou no primeiro modelo elétrico do país.
Segundo números da época, o Itaipu era três vezes mais econômico que um carro que fazia 10 km/l e chegava a no máximo 50 km/h, com autonomia de no máximo 80 km. Um indicador de volts no painel de instrumentos mostrava quando a carga das baterias estava baixa e era preciso fazer uma recarga por meio de uma tomada especial de 220V de corrente alternada, que se acoplava a um fio com outra tomada na parte traseira do modelo. Para ter a carga total, o motorista precisava esperar 10 horas.
Outro teste da QUATRO RODAS com um protótipo mais pronto veio em janeiro de 1975. “O que mais impressiona no Itaipu provavelmente é o silêncio com que ele se move”, afirmou o repórter Alfredo Schleumer, que andou no modelo.
Hoje, modelos como o mercedes-benz-s-400-blue-hybrid-568945.shtml" target="_blank" style="text-decoration: none; font-weight: bold; ">Mercedes-Benz S 400 Hybrid e o ford-fusion-hybrid-609422.shtml" target="_blank" style="text-decoration: none; font-weight: bold; ">Ford Fusion Hybrid, ambos importados, já chegaram ao mercado nacional. Além disso, outros devem chegar logo, casos dos elétricos NissanLeaf e Mitsubishi i-MiEV.
E, apesar de se achar 'patético', Gurgel previa o futuro há cerca de 40 anos atrás. “Quando cheguei a Rio Claro senti-me meio ridículo ao apresentar meu plano. O prefeito, que hoje é um entusiasta da ideia, custou a acreditar em mim”, disse. “Sempre achei que no Brasil um dia iríamos precisar de dois tipos de transporte: um urbano, através de carros pequenos e econômicos, outro interurbano, que poderia ser um carro um pouco maior”, concluiu.
Porém, apesar da viabilidade do projeto e da aceitação do mercado, a falta de tecnologia aliada ao peso das baterias, ao tempo de recarga e à baixa autonomia não deixaram o experimento ir para a fase de produção.
Porém, em fevereiro de 1974, um visionário brasileiro chamado João Gurgel, responsável pela fábrica nacional de mesmo nome e que produziu diversos modelos, já via a necessidade de o motorista economizar combustível e ainda ajudar o meio-ambiente.
Foi daí que veio a ideia de criar um protótipo elétrico em Rio Claro, local da fábrica da Gurgel. Assim como nos dias atuais, naquela época, o principal problema eram as baterias – de chumbo-ácido -, incapazes de armazenar energia suficiente para fornecer o torque às rodas, além de representarem um grande peso para o veículo.
Em julho daquele ano finalmente surgiu uma unidade de testes do Itaipu, baseado no mock-up feito meses atrás, com nome inspirado na Usina Hidrelétrica da cidade de Itaipu. Com carroceria em fibra de fibra e aço, chassi tubular, dez baterias de 12 volts e motor elétrico de 3.000 watts, QUATRO RODAS andou no primeiro modelo elétrico do país.
Segundo números da época, o Itaipu era três vezes mais econômico que um carro que fazia 10 km/l e chegava a no máximo 50 km/h, com autonomia de no máximo 80 km. Um indicador de volts no painel de instrumentos mostrava quando a carga das baterias estava baixa e era preciso fazer uma recarga por meio de uma tomada especial de 220V de corrente alternada, que se acoplava a um fio com outra tomada na parte traseira do modelo. Para ter a carga total, o motorista precisava esperar 10 horas.
Outro teste da QUATRO RODAS com um protótipo mais pronto veio em janeiro de 1975. “O que mais impressiona no Itaipu provavelmente é o silêncio com que ele se move”, afirmou o repórter Alfredo Schleumer, que andou no modelo.
Hoje, modelos como o mercedes-benz-s-400-blue-hybrid-568945.shtml" target="_blank" style="text-decoration: none; font-weight: bold; ">Mercedes-Benz S 400 Hybrid e o ford-fusion-hybrid-609422.shtml" target="_blank" style="text-decoration: none; font-weight: bold; ">Ford Fusion Hybrid, ambos importados, já chegaram ao mercado nacional. Além disso, outros devem chegar logo, casos dos elétricos NissanLeaf e Mitsubishi i-MiEV.
E, apesar de se achar 'patético', Gurgel previa o futuro há cerca de 40 anos atrás. “Quando cheguei a Rio Claro senti-me meio ridículo ao apresentar meu plano. O prefeito, que hoje é um entusiasta da ideia, custou a acreditar em mim”, disse. “Sempre achei que no Brasil um dia iríamos precisar de dois tipos de transporte: um urbano, através de carros pequenos e econômicos, outro interurbano, que poderia ser um carro um pouco maior”, concluiu.
Porém, apesar da viabilidade do projeto e da aceitação do mercado, a falta de tecnologia aliada ao peso das baterias, ao tempo de recarga e à baixa autonomia não deixaram o experimento ir para a fase de produção.
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