Plantation foi um sistema agrícola muito utilizado na colonização da América.
Com a descoberta do continente americano, os europeus passaram a explorar as novas terras com o intuito de abastecer o mercado de seu continente. O que mais atraía o interesse dos colonizadores eram os metais preciosos, entretanto não era fácil encontrá-los. A busca por metais preciosos demandava tempo, paciência e, sobretudo, sorte. Enquanto os metais não eram encontrados, as novas terras eram utilizadas para extrair o que fosse possível de mercadorias, sendo que as formas agrícolas garantiam certo lucro para os colonizadores.
No Brasil, como em outras partes da América, utilizou-se um método de produção conhecido como Plantation. Este sistema agrícola tinha como objetivo gerar produtos agrícolas com baixo custo para as metrópoles em suas respectivas colônias e o enriquecimento através de sua comercialização na Europa. Desta forma os lucros da metrópole eram significativos. A utilização desta forma de produção agrícola estava inserida dentro da lógica de um sistema que atualmente é muito questionado pela historiografia, o Pacto Colonial. Segundo este, a colônia produzia através da Plantation para a metrópole, a qual detinha o monopólio dos produtos gerados em suas colônias no continente americano.
A Plantation, que marcou especialmente o período colonial da América, tinhas suas características intrínsecas. O sistema agrícola era baseado em latifúndios monocultores com produção baseada em mão-de-obra compulsória e destinada à exportação. Este tipo de exploração do solo que caracterizou as chamadas colônias de exploração na América.
O latifúndio foi um traço muito comum das colônias de exploração, poucas pessoas eram donas de grandes quantidades de terra e estavam diretamente ligadas à coroa para gerar os produtos que abasteceriam a metrópole. Ainda hoje, especialmente na América Latina, as características latifundiárias são existentes em diversos países, fruto de tal época.
A monocultura consiste na exploração intensiva da porção de terra utilizada, o latifúndio, para a produção de apenas um gêneroagrícola. É claro que essa afirmação deve ser relativizada, como tem feito a historiografia, isso porque é compreensível que outros produtos agrícolas tivessem que ser produzidos também nos latifúndios para garantir a subsistência de seus moradores. O fator monocultor, que de fato ocupava a maior parte dos latifúndios, ligava-se ao aspecto de produção para o comércio apenas. O gênero mais explorado no Brasil durante muito tempo foi a cana-de-açúcar. Depois, o café assumiu também tal característica.
A mão-de-obra compulsória era outro fator notável no processo produtivo da Plantation. A utilização do trabalho forçado era o meio identificado no momento como a melhor forma de extremar os lucros e diminuir os gastos para produção. O Brasil utilizou largamente o trabalho de escravos negros vindos da África, o que permaneceu por longo tempo como vigente. Já outros países da América Latina fizeram amplo uso do trabalho forçado das populações indígenas que encontravam pelo caminho.
Por fim, o fator exportador era a característica lapidante da Plantation. Toda a produção gerada pelo sistema agrícola tinha como destino o mercado europeu, onde as metrópoles comercializavam seus produtos e extraíam grandes lucros. Nas colônias ficavam apenas as piores partes dos gêneros produzidos em suas colheitas, sendo que as colônias não tinham a liberdade de comercializar com outros países. O lucro de todo esse sistema era arquitetado para satisfazer os cofres metropolitanos.
Embora muito característico de uma época, o sistema agrícola Plantation não deixou de ser utilizado. Permaneceu vivo ao longo do tempo com a restrição de que o trabalho escravo foi abolido. Com as outras características, o Plantation ainda é adotado no Brasil, por exemplo, no cultivo de café ou cana-de-açúcar. Infelizmente, em alguns casos ainda se descobre a utilização de trabalho escravo.
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