Com a mudança da Corte portuguesa para o Brasil em 1808, quando a mineração estava em franca decadência, foram tomadas várias medidas com o objetivo de aumentar a riqueza nacional, inclusive incentivos à produção industrial. A abertura dos portos às nações amigas, a concessão de privilégios industriais a quem criasse inventos e maquinismos, o estabelecimento de um Código de Minas e até mesmo investimentos diretos da Coroa foram feitos.
Todas as atividades econômicas continuavam a ser feitas pelos escravos africanos e seus descendentes, enquanto o tráfico se ampliava.
D. João VI
Desembarque de escravos. Rugendas.
A necessidade de instrumentos para a mineração e a lavoura, e o minério de ferro abundante levou à criação de três fábricas de ferro: Morro Pilar, no Distrito Diamantino, Fábrica de Ferro de S. João de Ipanema, perto de Sorocaba e a Fábrica Patriótica, em Congonhas, MG. Seus criadores - Manoel Ferreira da Câmara, o Intendente dos Diamantes, o Barão Willelm von Eschwege, e Francisco Adolfo de Varnhagen - lançaram as sementes da indústria siderúrgica no Brasil.
Barão Willelm von Eschwege
Engenho de triturar minério de ouro.
Projeto de Eschwege. Século XIX
Fábrica de Ferro de S. João de Ipanema.
Fotografia. Marc Ferrez. c. 1870
Fonte: www2.fiemg.com.br