A coroa é um ornamento para a cabeça utilizado como símbolo de poder e legitimidade.
Ela representa não somente o poder de que a utiliza, mas faz alusão ao poder suprerior (que está acima), transcendendo o poder do coroado aos reinos celestes.
É tradicionalmente usada por monarcas e integrantes da nobreza, bem como em representações figurativas de deuses e de santos.
Seu símbolo é também utilizado em heráldica, incluindo os brasões de vilas e cidades.
O uso de adornos de cabeça para indicar governantes data da pré-história, e pode ser encontrado em diversas civilizações, em diversas épocas. Por vezes, o objeto incorpora pedras e metais preciosos, mas há coroas de plumas (e.g., civilizações pré-colombianas) ou mesmo simples fitas apostas à cabeça.
Na antiguidade clássica, ofereciam-se coroas a indivíduos de destaque que não eram governantes, por exemplo a generais em triunfo ou a atletas – em geral, uma grinalda ou um diadema em forma de fita.
A precursora da coroa no Ocidente foi uma fita chamada diadema, usada pelos imperadores persas aquemênidas, adotada em seguida por Constantino, o Grande, e utilizada por todos os imperadores romanos subseqüentes.
Na tradição cristã das culturas bizantina e europeia, nas quais a aprovação eclesiástica sanciona o poder monárquico, quando um monarca sobe ao trono, realiza-se uma cerimónia de coroação, em que a coroa é posta sobre a cabeça do novo monarca por um sacerdote.
Os “príncipes da Igreja”, os cardeais e mesmo os bispos usam sobre a cabeça, em cerimónias especiais, uma mitra, que é uma forma estilizada da coroa tradicional. Já a tiara, a mais nobre das coroas, era atributo exclusivo do Soberano Pontífice.
O imperador Gungunhana, de Moçambique, usava uma coroa feita de cera, um produto de grande valor na região em épocas antigas.
Atualmente, apenas a monarquia britânica pratica a cerimônia de coroação, embora diversos países ainda mantenham coroas (o próprio objeto ou uma representação heráldica) como símbolo nacional.
O conceito de Coroa designa nas monarquias também, consoante o caso, quer o Estado, como sinónimo, quer a Casa Real.
Tem profundas ligações com a cornucópia e com o chapéu.
Vide também a simbologia mística do REI.