Por Antonio Gasparetto Junior |
Para se esquivar de confrontos e de perdas territoriais que seriam irrecuperáveis para o Império Russo, o czar Alexandre II
Em março de 1867 foram desenvolvidas as negociações. Os envolvidos passaram uma madrugada inteira discutindo os detalhes da venda até determinar que a Compra do Alaska pelos Estados Unidos seria feita por uma quantia de US$ 7.200.000,00 dólares (equivalente a mais de US$ 100 milhões atualmente).
A Compra do Alaska pelos Estados Unidos foi muito mal recebida pelo povo do país comprador. A transação negociada pelo Secretário de Estado William Henry Seward foi tida como absurda e passou a ser referida como “a loucura de Seward”. Mesmo assim, a compra foi confirmada e os Estados Unidos anexaram um território ao noroeste de sua área original que possuía aproximadamente 1.600.000 Km².
Com todas as críticas, o Alaska se tornou oficialmente mais um estado dos Estados Unidos quando sua compra foi ratificada pelo Senado no dia 9 de abril de 1867. Nesta ocasião, foram apenas dois votos contrários, em despeito de 37 votos favoráveis.
Naquela época, o Alaska contava com aproximadamente 2,5 mil russos, 8 mil aborígenes e 50 mil esquimós vivendo em suas terras. O nome Alaska foi escolhido pelo povo dos Estados Unidos, que recebeu o novo território através de uma cerimônia no dia 18 de outubro de 1867. Na ocasião, soldados russos e estadunidenses desfilaram, a bandeira russa foi arriada e, através de um pronunciamento formal, as terras foram entregues ao governo dos Estados Unidos.
Fonte:
KARNAL, Leandro. A História dos Estados Unidos. Editora Contexto, 2007.
OBERHOLTZER, Ellis Paxson. A History of the United States since the Civil War. Volume: 1, 1917.