Por Antonio Gasparetto Junior |
Como acontece naturalmente com as pessoas, é comum que países também se relacionem seja pela busca de satisfação de seus interesses ou para manter a ordem diplomática. Entretanto há casos de condutas extremas tomadas por representantes de determinados governos que acreditam ser o melhor caminho para seu país ou sociedade um desenvolvimento fechado ao restante do mundo, que não haja intercâmbio sob nenhuma forma. Tais atitudes visam defender a economia de um país contra características externas, o que acontece também em questões políticas ou culturais.
O Isolacionismo é a prática adotada em alguns lugares impedindo que fatores que caracterizam cultura, política ou economia de outros povos entrem em determinada sociedade ou determinado país. Seja qual for o grau de fechamento ao relacionamento internacional, é sempre acompanhado de uma postura radical, que contraria o fluxo natural das relações humanas.
Há alguns exemplos de Isolacionismo ao longo da história. Naturalmente, todos eles chegaram ao fim, seja por vias pacíficas, de desgaste, ou induzidas por atitudes extremas. Os casos mais famosos são dos Estados Unidos, do Japão e da União Soviética.
Os Estados Unidos da América adotaram um grau mais ameno de Isolacionismo em relação a sua política externa nos anos anteriores à Segunda Guerra Mundial. Vendo o crescimento das hostilidades no continente europeu, o governo estadunidense acreditou ser o melhor caminho se manter relativamente alheio às questões políticas internacionais para evitar sua entrada no conflito. O foco foi mantido nas questões internas do país, visando seu desenvolvimento. Todavia um ataque japonês à base militar estadunidense em Pearl Harbor causou grande comoção à sociedade do país e incomodou profundamente seu governo, que acabou declarando a entrada oficialmente na Segunda Guerra Mundial, já dois anos após seu início.
O caso do Isolacionismo no Japão é o exemplo mais longevo de tal prática de fechamento em relação ao externo. Durante cerca de 300 anos o Japão manteve um sistema, chamado Sakoku, que proibia explicitamente a entrada de estrangeiros no país e também a emigração dos nativos. Os governantes japoneses acreditavam que dessa forma a vida interna não sofreria alterações e não colocaria em risco o equilíbrio da sociedade.
Na União Soviética, após a morte de Lênin, muito se discutiu se a postura que deveria ser adotada no país socialista deveria se preocupar em desenvolver o sistema internamente primeiro, fechando-se para o mundo, e só depois tentar expandi-lo ou se a melhor opção seria espalhar o socialismo pelo mundo desde o início. Após vários conflitos políticos e a tomada do poder por Stálin, formou-se um regime ditatorial que massacrou várias vidas e praticou o Isolacionismo de forma relativa. O caso mais emblemático dentro da União Soviética foi o da Albânia, governada segundo os preceitos ditatoriais e comunistas de Stálin por Enver Hoxha, que a manteve fechada aos olhos internacionais com receio da penetração de idéias de oposição em seu regime.
Fontes:
http://rizzolot.wordpress.com/2010/07/01/o-individualismo-e-o-isolacionismo-2/