Os egípcios acreditavam na vida após a morte. Por isso, mumificavam os mortos para preservar seus corpos.
O Egito antigo, além de ter sido pioneiro no processo civilizatório, é detentor de uma herança cultural explorada com frequência por escritores e cineastas. Localizado na região Norte da África, o Egito desenvolveu uma sofisticada civilização, por mais de 4000 anos. Por estar situado às margens do Rio Nilo, aproveitou as enchentes dele (que fertilizavam a terra e levavam água para regiões mais secas) e desenvolveu seu comércio voltado para a agricultura. Mas o campo em que os egípcios mais se destacaram foi o religioso: monumentos, como as pirâmides, por exemplo, foram erguidos em homenagem a seus deuses. Os egípcios acreditavam que o faraó era uma encarnação dos deuses e, por isso, atribuíam a ele poderes divinos, além dos poderes políticos (teocracia).
Os egípcios acreditavam em vários deuses (politeísmo), que eram relacionados aos elementos da natureza. O sol era representado por “Rá”, senhor dos deuses. O céu era “Hórus”, representado por um falcão; o protetor dos embalsamadores era “Anúbis”, o chacal; “Osíris”, deus da ressurreição; a deusa mãe de todas as coisas era “Ísis”; “Hator”, deus da alegria. Os egípcios também cultuavam animais como o carneiro “Khnum”, o crocodilo “Sobec” e a gata “Basteth”. Alguns desses deuses eram formados por uma parte humana e uma parte animal (antropozoomórficos). Ofereciam oferendas (bebida, comida e festas) a estes deuses, como forma de veneração.
Também acreditavam na vida após a morte. Para os egípcios, o espírito dos mortos voltava para visitar sua antiga morada e levar suas riquezas consigo. O espírito do falecido era julgado, e, dependendo da sentença, poderia voltar e retomar seu corpo. Por conta dessa crença, os egípcios inventaram o processo de mumificação. Retiravam as vísceras do corpo, através de um corte no abdômen, embebiam o mesmo em substâncias para sua conservação, enchiam-no com serragem e o enrolavam em ataduras, para preservá-lo. Construíam pirâmides e tumbas para abrigar os corpos. Junto com estes também depositavam parte de suas riquezas, principalmente objetos feitos com ouro.