No dia 19 de agosto de 2011, a Rússia lembrou de maneira discreta o
vigésimo aniversário do fim da URSS, somente 100 pessoas se reuniram no centro de Moscou para lembrar a data, diferente do que ocorreu em 1991, quando milhares de manifestantes ocuparam o mesmo lugar.
Na época, o país sofreu uma tentativa de golpe por parte da ala radical do Partido Comunista soviético que colocou o então secretário-geral do partido, Mikhail Gorbachev, em prisão domiciliar. Por outro lado, manifestantes liderados por Boris Yeltsin, que logo se tornaria no primeiro presidente da nova Rússia, enfrentavam os militares moscovitas.
O partido comunista não teve forças para manter o golpe perante o colapso da União Soviética que após a sua diluição, liberou crise econômica à Rússia dos anos 90, e aos demais 14 países ex-URSS, na época referidos como economias de transição. Esses países tiveram que realizar privatizações às pressas, enfrentar falta de regras econômicas numa nova realidade de mercado aberto e uma nova organização social com o rápido surgimento de magnatas que dominaram antigas empresas estatais.
Em 2011, os atuais líderes políticos russos, o presidente Dmitry Medvedev e o primeiro-ministro, Vladimir Putin, não declararam algo sobre a data. O colapso da URSS foi consequência de um conjunto de aberturas políticas e econômicas implementadas por Mikhail Gorbatchov, último dirigente soviético e comunista da antiga URSS.
Atualmente, Mikhail Gorbatchov, é crítico dos rumos econômicos seguidos pela Rússia capitalista, e também critica as eleições atuais russas, as comparando como menos transparentes das eleições do governo soviético; nos dias atuais, os governadores são indicados e não eleitos pela população. Mikhail Gorbatchov classifica Boris Yeltsin, primeiro líder da Rússia após a queda do regime, como um traidor, pois Yeltsin era um aliado dos comunistas.
Os projetos de abertura da antiga URSS foram a perestroika (abertura) e a glasnost (transparência), segundo Gorbatchov esse processo ainda não foi concluído na atual Rússia desde 1991.
Essas reformas foram criticadas antes do colapso da URSS, em 19 de agosto de 1991, os militares que eram contrários às reformas iniciaram um golpe contra Mikhail Gorbatchov, o presidente soviético foi preso numa casa de campo na Crimeia. Durante a sua prisão, Yeltsin liderou manifestações contra o golpe com grande apoio popular.
Fontes:
http://www1.folha.uol.com.br/bbc/962095-russia-nao-e-uma-democracia-plena-diz-gorbatchov.shtml
http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,russia-lembra-os-20-anos-do-fim-da-uniao-sovietica,760985,0.htm