Por Emerson Santiago |
O Plano Colombo nasce a partir de uma conferência de Ministros do Exterior no âmbito da Commonwealth (a organização criada pelo Reino Unido para manter uma certa ligação com suas ex-colônias) ocorrida em janeiro de 1950, em Colombo, capital do Sri Lanka. Dessa reunião surgiu o entendimento de maior cooperação entre os países asiáticos, visando uma melhora das condições de vida dos povos da região. Assim, em 1951, um grupo de sete países irão criar o Plano Colombo, com base nas ideias de elevação das condições sociais de seus países. Num primeiro momento, o plano de reestruturação social planejado tinha duração de apenas seis anos, mas, foi sendo constantemente renovado até 1980, quando sua validade foi estendida por tempo indeterminado. Além disso, seu número de integrantes pulou de sete membros da Commonwealth (Austrália, Reino Unido, Canadá, Ceilão (depois Sri Lanka), Índia, Nova Zelândia e Paquistão) para um total de 26 nações através dos anos, atraindo países que não faziam parte do círculo da Commonwealth.
Em meio à elaboração de sua constituição, em 1977, o Plano Colombo passa a adotar a denominação de “Plano Colombo para Cooperação Econômica e Desenvolvimento Social da Ásia e Pacífico“, refletindo o aumento da dimensão do grupo e de seus projetos.
Em seu início, o Plano Colombo recebeu um grande estímulo financeiro por parte dos Estados Unidos, que aderiu ao grupo logo em 1951, fazendo deste um equivalente asiático ao Plano Marshall, o famoso plano de reestruturação econômica e social do continente europeu.
Assim como no Plano Marshall, que excluiu a União Soviética de seus projetos (pelo fato de já terem se iniciado as disputas entre as duas ideologias, socialista e comunista que culminariam na Guerra Fria), o Plano Colombo excluiria também a China comunista, recém-estabelecida, em 1949, sendo que este país asiático fosse talvez um dos que mais necessitassem das políticas de desenvolvimento propostas pelo plano, por ter experimentado conflito armado desde 1933, além de ser palco de violentas batalhas e alvo de violenta ocupação de boa parte de seu território pelos japoneses. As consequencias do conflito iriam provocar desastres humanitários sem precedentes na China, entre eles uma devastadora onda de fome no interior do país, logo após o fim da guerra.
Bibliografia:
http://www.colombo-plan.org/history.php
Fonte: