16.3.12
Guerra no Congo
O Congo, colónia belga, era um enorme território com numerosas tribos e grupos étnicos, que após aceder à independência, em 1960, se viu confrontado com uma sangrenta guerra civil.
A região da Catanga, rica em cobre, declarou unilateralmente a independência, no que foi apoiada pela Bélgica que aí detinha importantes interesses económicos. A interferência belga e a utilização de mercenários brancos fizeram arrastar a guerra por mais de dois anos, tendo o país sido dividido em três partes, cada uma com o seu governo. Só a intervenção da ONU acabou por pôr termo à guerra.
Ainda a Segunda Guerra Mundial não tinha terminado, mas já com a derrota da Alemanha próxima, reuniram, em Fevereiro de 1945, os dirigentes dos EUA, da Inglaterra e da URSS, na Conferência de Lalta, onde acordaram decisões importantíssimas para o pós-Guerra (desmebramento da Alemanha, redefinição das fronteiras da Europa Central e Oriental, divisão do Mundo em duas áreas de influência – dos EUA e da URSS).
Na Europa, a divisão da Alemanha e a criação das democracias populares do Leste, sob a órbita da URSS, deram origem ao clima de “guerra fria”, que viria a marcar a política mundial por algumas décadas.
Apesar dos esforços da ONU para a manutenção da paz internacional, a formação dos dois blocos após a Segunda Guerra Mundial deu origem a um antagonismo de interesses que, inicialmente, se centrou em torno do problema alemão, para adquirir, posteriormente uma dimensão mundial (bipolarismo em torno da OTAN e do Pacto de Varsóvia).
A bipolarização traduziu-se numa preocupação das grandes potências, detentoras de armamento nuclear, em não se envolverem num confronto directo, limitando-se a incentivar conflitos armados em áreas estratégicas que pretendiam controlar.
A guerra da Coreia, as guerras da Indochina e do Vietname e as guerras israelo-árabes constituíram alguns dos mais significativos conflitos regionais em que as suas superpotências apoiavam cada um dos opositores em confronto.
As tensões internacionais repercutiram-se na política interna dos Estados ocidentais. Enquanto que no imediato pós-guerra se verificou a ascensão dos partidos de esquerda, na década de 1950 assistiu-se a um retorno da política conservadora. No entanto, uns e outros iriam empreender reformas politicas e socioeconómicas que evidenciavam preocupações com a planificação, a participação e a separação social (Estado Providência).
Fonte:
http://irradiardaguerrafria.blogspot.com