24.5.12

24 de maio de 1543: A morte Nicolau Copérnico, e o mundo nunca mais seria o mesmo...

por: Lucyanne Mano
"A sabedoria da natureza é tal que não produz nada de supérfluo ou inútil".Nicolau Copérnico


Quando Nicolau Copérnico nasceu, em 19 de Fevereiro de 1473 , a Terra era o centro do mundo. Quando morreu, em 24 de maio de 1543, era o Sol que ocupava o lugar central no universo. A Terra havia sido posta em seu lugar de planeta qualquer, de onde, aliás, jamais havia saído, e onde está até hoje.

Tido como louco, não foi fácil para Copérnico fazer os homens daquela época mudarem de ideia sobre o centro do universo. Mas a importância da sua teoria, que causou uma revolução na Astronomia, se fez sentir nos séculos seguintes.

Nicolau Copérnico nasceu na Prússia Oriental, filho de um mercador de cobre. Com seu grande interesse pela literatura, acabou por descobrir as teorias que os gregos formulavam 17 séculos antes dele. Uma delas, baseada em Pitágoras, falava justamente sobre o heliocentrismo ( o Sol como centro do universo), e Copérnico resolveu reforçá-la.

Mas levou mais três décadas até publicar o seu Livro das Revoluções. Tinha 62 anos quando conseguiu e estava, então, agonizando. Por isso, sempre houve controvérsias se ele viu realmente o seu planeta girar em torno do Sol, já que não estudou Astronomia no céu, e sim nos livros. De qualquer forma, sua teoria, estabeleceu impiricamente as leis do movimento planetário, definindo as bases sobre as quais, meio século depois de sua morte, Isaac Newton criou a Lei da Gravitação Universal, desencadeando a grande revolução do homem moderno.

Fonte: JBLOG

Companhia de Comércio - História do Brasil





Companhias mercantis organizadas pelos Estados colonialistas para aumentar a produção, enfrentar melhor a concorrência estrangeira e tornar mais eficiente e lucrativo o comércio entre a colônia e a metrópole. O Estado entra com uma parte do capital dessas companhias, mas elas têm administração autônoma. Entre os séculos XVII e XVIII, Portugal cria quatro companhias.

Em 1649 é criada a Companhia Geral do Comércio do Brasil para auxiliar a resistência pernambucana às invasões holandesas e apoiar a recuperação da agricultura canavieira do Nordeste depois dos conflitos. Seu papel principal é fornecer escravos e garantir o transporte do açúcar para a Europa. Em 1682 é fundada a Companhia do Comércio do Maranhão, que também atua na agricultura exportadora de açúcar e algodão com fornecimento de crédito, transporte e escravos aos produtores. No século XVIII são fundadas pelo marquês de Pombal as companhias gerais do comércio do Grão-Pará e do Maranhão (1755) e de Pernambuco e Paraíba (1759). Ambas reforçam as atividades extrativistas e agroexportadoras do Norte e Nordeste da colônia, um pouco abandonadas em razão do crescimento da mineração de ouro e de diamante na região das "minas gerais". As companhias detêm privilégios como monopólio de compra e venda de mercadorias em sua área de atuação, autonomia para organizar o transporte marítimo, estabelecer preços e condições de financiamento e pagamento.

Política mercantilista: Por intermédio das companhias de comércio, o Estado português busca garantir os impostos da Coroa e os lucros da burguesia com o bom funcionamento dos engenhos de açúcar e das plantações de algodão e fumo. Essas atividades dependem do transporte dos produtos entre Brasil e Portugal, do crédito para a compra de escravos e do fornecimento de utensílios, ferramentas, gêneros alimentícios e tecidos que a colônia não produz. Mesmo não sendo uma experiência muito bem-sucedida – por falta de capital suficiente ou má administração –, as companhias de comércio representam uma tentativa do Estado de dar maior eficiência à política mercantilista, orientando os investimentos para determinadas áreas e estimulando-os pela concessão de privilégios a comerciantes e acionistas.

Fonte:
http://br.geocities.com/vinicrashbr/historia/brasil/companhiadecomercio.htm

Guerra de Kosovo



No dia 24 de março, na Iugoslávia, iniciou-se uma guerra. De um lado, Kosovo, uma das províncias que constitui a Iugoslávia, lutando pela sua independência, e de outro, o presidente iugoslavo, Slobodan Milosevic, que não quer aceitar tal decisão kosovar.

Kosovo é uma província que tem uma composição étnica e religiosa diferente da maioria da Iugoslávia, que é sérvia. Os kosovares são de origem albanesa e muçulmana, enquanto os sérvios são cristãos ortodoxos.

Como 90% da população de Kosovo é albanesa, iniciou-se um movimento gerado pelos kosovares que busca a separação de sérvios e albaneses, para que estes últimos tenham sua própria autonomia.

Milosevic afirma que considera Kosovo como o berço do nacionalismo sérvio, pois lá, em 1389, eles foram derrotados pelos invasores do Império Otomano. O presidente também argumenta que quer evitar que a Iugoslávia perca mais territórios do que já ocorreu no começo dos anos 90. E por tais razões, não quer ceder liberdade ao povo kosovar.

A OTAN, alegando motivos humanitários e buscando evitar uma limpeza étnica (se refere a expulsão ou eliminação de uma etnia de um determinado território) promovida pelo Milosevic para expulsar os kosovares, de etnia albanesa, e fazer dos sérvios a maioria em Kosovo, interviu na guerra e obrigou Milosevic a aceitar o acordo de Rambouillet, que propõe autonomia administrativa e cultural para a província de Kosovo, mas sem independência (já que a OTAN e seus aliados temem que outras regiões acabem sendo influenciadas e, conseqüentemente, independentes).

Tal acordo foi apresentado como sendo a última alternativa para Milosevic depois de várias propostas lançadas pela OTAN e ignoradas pelo presidente iugoslavo. A OTAN supôs que, bombardeando a Iugoslávia com tropas aéreas, Milosevic se renderia e aceitaria as exigências da aliança, mas, a resistência do presidente aos ataques surpreendeu a OTAN e esta, não tem outro plano a não ser entrar com tropas terrestres no território iugoslavo.

A Rússia, mesmo sendo aliada da Iugoslávia (russos e sérvios são eslavos e cristãos ortodoxos), não pode entrar no conflito militarmente, já que depende da ajuda econômica dos Estados Unidos e do FMI. E por meio da OTAN, os Estados Unidos procuram “administrar” a guerra, patrocinando ataques contra a Iugoslávia, já que temem que o conflito entre os sérvios e albaneses de Kosovo pudesse se expandir e acabar envolvendo outros países da região e, conseqüentemente, desestabilizando a Europa, um dos principais continentes responsáveis pela manutenção da hegemonia americana no mundo.

A OTAN, principalmente os Estados Unidos, não deveria intervir numa guerra em que a pátria, o território e a população dos países que compõem tal aliança não está envolvida.

Certamente, a população vítima da guerra, os kosovares, conseguiria chegar num acordo com a Iugoslávia, sem ter que sofrer bombardeios e mortes geradas pela interferência da OTAN, já que estes quiseram entrar na guerra como os senhores justiceiros responsáveis pela paz no mundo.
Estes bombardeios que iriam servir para intimidar a Iugoslávia estão massacrando a própria população kosovar. Ou seja, a OTAN está, simplesmente, facilitando o trabalho dos sérvios, que era fazer uma limpeza étnica na Iugoslávia, especificamente em Kosovo.
Os kosovares estão sendo manipulados e usados pela OTAN e pelos Estados Unidos para que estes últimos consigam atingir seus objetivos de domínio, influência e manutenção da atual hegemonia americana no mundo. Eles estão sendo, mais uma vez, egocêntricos e egoístas.

Fonte: Cola da Web

Maragatos


Por Fernando Rebouças

Os sulistas que iniciaram a Revolução Federalista ocorrida no Rio Grande do Sul em 1893, ficaram conhecidos comoMaragatos por utilizarem lenço vermelho no pescoço; a revolução era contra a política praticada pelo governo federal. Os revoltosos eram liderados por Gaspar da Silveira Martins e por Gumercindo Saraiva que entrariam à frente de um exército de lenços vermelhos.



Os republicanos, inimigos dos “Maragatos”, eram conhecidos como “Pica-paus” e denominavam os “Maragatos” com uma identidade estrangeira em virtude dos revoltosos serem lideradas por pessoas provindas de um exílio no Uruguai. Os Pica-paus eram identificados pelo lenço branco.

Os republicanos defensores do governo queriam insinuar que os revoltosos eram uruguaios ou influenciados por estrangeiros, mercenários e de baixa valia política. O líder Gumercindo Saraiva teria utilizado a fronteira do Rio Grande do Sul com o Uruguai, para entrar no Brasil e organizar uma tropa de 400 homens, porém, os revoltosos abraçaram o termo “Maragatos”, criando um jornal próprio com esse termo em 1896.

Os republicanos que apoiavam o governo central eram chamados de Pica-paus em virtude dos chapéus divisas brancas que lembravam o topete da ave pica-pau. Em 1923, haveria nova revolta liderada por Assis Brasil, diplomata e pecuarista, contra a permanência de Borges de Medeiros no governo do Rio Grande do Sul, o fato ficou conhecido como a Revolução de 1923, os opositores dos Maragatos eram os Chimangos.

Esse movimento geraria a criação do Partido Libertador. Sobre o comportamento dos tradicionais maragatos, o seguinte texto relata:

“Ainda hoje (l 897), que 11 séculos são decorridos, os maragatos constituem um nódulo distinto no meio da população lionesa. São ainda os bérberes antigos: usam a cabeça raspada, com uma mecha de cabelo na parte posterior; falam uma linguagem que não é bem castelhana, a qual apresenta uma pronúncia arrastada, dura e lenta, e são geralmente arredios.”

(Oliveira Martins, apud Vocabulo Sul-RioGrandense, P.A., Globo, 1964, p. 289).

Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Maragato_(Brasil)
http://www.paginadogaucho.com.br/hist/cm.htm
http://www.riogrande.com.br/historia/temas_maragatos_e_picapaus.htm
http://www.historiabrasileira.com/revolucao-federalista/maragatos/

O poder da Guerra: sua evolução



Por: Bruno Ferreira

A guerra sem duvida nenhuma desempenha um papel fundamental na história da humanidade e através dela que a sociedade transformou no que é hoje a historia da humanidade e a história das guerras estão associadas sendo que ascensão e quedas de impérios, reinos e civilizações dependem da aplicação de forças militares.


Apesar das muitas mudanças que tiveram lugar na história da guerra certas constantes permanecem. O sucesso na guerra pertence àqueles que se prepara melhor; e o treinamento o municiamento e a organização dos exércitos são os fatores centrais dessa preparação. (Pg. 06 Gilbert)

Até onde os estudos arqueológicos podem comprovar os primeiros grandes exércitos foram os assírios que tinham grandes forças e estratégias essa civilização que se encontrava na Mesopotâmia e Egito.

Os egípcios também tinham formidável organização militar e grande aparato bélico para ter o domínio de sua região foram eles que empregavam formidáveis carros de guerras como bicas em campo de batalha. E com seus poder nas vitorias conseguiram construir uma das maiores civilizações que o mundo já viu a antiga civilização egípcia.

Com o avanço da tecnologia bélica e das novas formas de política a Grécia surge como a grande transformadora do modo de fazer guerra no seu período uma das cidades estados mais famosas tratando de ter bons guerreiros que era Esparta, os seus guerreiros ganharam mais fama nos dias de hoje com o filme “300 de Esparta”.

Na própria Grécia e na vizinha macedônia surge Alexandre o Grande a onde seu invencível império conquistou o mundo antigo e colocou com isso um modo de vida e cultura o Helenismo.

Os gregos foram responsáveis pela criação pela criação da principal unidade de infantaria de seu tempo, a falange. O tipo de guerra inextricavelmente associada a ela era o confronto decisivo entre dois corpos de soldados de moção lenta e grande disciplina, que avançavam de encontro um ao outro em formações cerradas e protegidas, até se engalfinharem em uma exaustiva troca de empurrões e punhaladas que só tinham fim quando um dos lados se rendia. ( Pg. 16 Gilbert)

A pérsia foi a grande rival da Grécia ocorreram varias guerra mas a Grécia permaneceu apesar de algumas derrotas até que o império Persa foi dizimado aos poucos até a chegada de Alexandre como novo dominador da Ásia menor e parte dos Bálcãs e índia.

A Morte de Alexandre gera uma grande fragmentação do poder em vários estados entre seus generais com o avanço de Roma pela Europa e Mediterrâneo Roma apesar de intensa guerra e brigas domina a todo o Mediterrâneo e partes da Ásia e áfrica vira então o maior império da antiguidade criando um modo de viver uma cultura com base em troca a guerra e um importante fator para incorporações e transformações de valores o derrotado torna-se dependente do vitorioso no campo econômico, mas no campo cultural alguma coisa muda mas de grosso modo permanece um exemplo e a cultura dos judeus que apesar de terem sido perseguidos durante toda a historia mantém uma forte cultura ligada a religião, essa que contribuiu para o modo religioso e a criação do cristianismo.

Roma passou de republica para império e tornou – se um grande império graças ao seu modo de fazer guerra e suas grandes legiões que dominavam um vasto território tudo isso em um breve espaço de tempo.

Em um único século. Roma deixou de ser uma cidadezinha provinciana para tornar-se a mais poderosa cidade da Itália, com ambições no exterior que alarmaram a vizinha Grécia. A destreza militar dos romanos se devia principalmente à organização de seus soldados em legiões e centúrias, o que lhes dava flexibilidade no campo de batalha e um método eficiente de fazer a guerra, algo entre a compacta falange e os espaçadas fileiras celtas. (Pg. 26 Gilbert)

O vale do rio amarelo na Ásia atual China era composto de vários reinos ate a unificação da China em um império composto por um imperador para tal feito eles necessitaram de proteção durante séculos e construiu um muro, conhecido até hoje como a famosa muralha da China.

Aos poucos surge Sun Tzu que contribui e muito para uma nova filosofia na guerra ele cria regras que inovam o modo de fazer guerra na china, a idéia a seguir contribui para o artigo.

O desenvolvimento de exércitos e táticas na China deveu muito às lutas que irrompiam freqüentemente entre as comunidades de maioria étnica e as tribos bárbaros do norte, que costumava invadir e saquear sua vizinha mais rica. Conseqüências interessantes desse fenômeno, promovidos, sobretudo pela obra de Sun Tzu, foram uma filosofia associada coma a guerra e o reconhecimento de política e estratégias mais abrangentes nesse sentido. (Pg. 38.Gilbert)

Posterior a era dos impérios do mundo antigo a Europa fragmenta-se com a queda do império romano em 476 d.c com a invasão dos povos bárbaros vindos a procura de alimentos e melhores condições de vida a única estrutura que funciona posterior a queda de Roma é a a igreja que permanece capaz de modificar a estrutura e nomear os reis futuros da Europa criando um modo de vida baseado na servidão, surgindo o feudalismo com isso grandes exércitos e legiões desaparecem e apenas iram voltar com Napoleão Bonaparte.

Porem a idade media foi um dos períodos de mais lutas na Europa surge o termo “cavaleiro” para nobres que defendiam os seus feudos de invasões indesejadas o modo de fazer a guerra era diferente porem a luta e a guerra permanece, a cavalaria ganha grande importância para a guerra medieval.

No ocidente o império romano cai no oriente o império bizantino permanece firme e forte por um bom tempo, outro império cresce com sua força militar invadindo a península ibérica o império islâmico porem e detido pela Espanha e Portugal e são expulsos da Europa os mouros, mas influencia com sua cultura a Espanha.

A barcando cerca de mil anos de conflitos, desde o século V até o XV, a idade media foi um período em que o guerreiro montado, trajando armadura ou não, dominou os campos de batalha isso se aplica especialmente às sociedades guerreiros nômades provindas das estepes da Eurásia e da Ásia central, que tiveram uma vultosa influencia em sociedades sedentárias tão distantes uma das outras como a China o sul da Ásia, o Oriente Médio e a Europa Central. (Pg. 40. Gilbert)

Quando tudo parecia que a unificação iria demorar muito mais que o esperado entre os povos europeus surge o famoso império Carolíngio unificando a atual frança, parte da Áustria e Alemanha e Itália, Carlos Magno merece destaque na unificação. Carlos Magno foi derrotou os pequenos reinos belicosos e trouxe a sua região uma medida de paz que não se via desde os tempos romanos.

O pode era grande em torno dele e conquistou com a ajuda da igreja forte poder sobre a Europa tornando o grande imperador de um breve período.

Vale ressaltar que alem da evolução de armaduras e escudos e espadas para a guerra com melhores metais vale lembrar a evolução de fortificações para a proteção dos nobres grandes castelos fora erguidos e graças a essas fortificações foi possível a sobrevivência de reis e nobres.

A igreja desempenha seu papel de grande cartório da Europa na idade medieval mais provoca entre os nobres à ira de invadir e tomar Jerusalém lugares santos para o cristianismo foi desse modo que organizou as cruzadas.

Com o avanço de técnicas, estratégias e principalmente armas que foi possível através desse ultimo o aparecimento da pólvora e armas de fogo que revolucionaria o período.

Aparece varias guerras na Europa e principalmente entre França e Inglaterra a guerra dos Cem anos, a grande guerra do norte os exércitos se profissionalizam aparece também às primeiras guerras ameríndias contra os índios da America a busca por território e poder era grande em nome de deus ou mesmo de um rei.

Em meio à forte autoritarismo e crescimento econômico surge a burguesia com as idéia iluministas e ocorre a grande revolução a famosa Revolução Francesa nesse momento vai surgindo aos poucos a famoso Napoleão Bonaparte general que se tornaria cônsul por golpe e imperador da França que dominaria toda a Europa e inovaria na estratégia de guerra.

Para ajudar o período foi marcado com a revolução americana e o processo de independência das Américas graças a idéias iluministas que proporcionaram a libertação da America do domínio político das metrópoles, Napoleão cai na campanha da Rússia e por ultimo na batalha de Waterloo.

A guerra civil America faz com que os estados unidos se dividem entre norte e sul para o predomínio do poder econômico, o norte ganha e começa ai o expansionismo americano para oeste.

O Século XIX foi um período transicional extremamente sangrento no campo bélico. No intervalo de cem anos entre a batalha de Waterloo, em 1815, e o inicio da primeira Guerra Mundial, os conflitos militares se desenvolveram mais rápido e dramaticamente do que em qualquer século anterior. Conforme novos avanços tecnológicos se difundiram e a Revolução industrial se impôs, mudanças na artilharia no transporte, nas comunicações e na construção naval alteraram completamente a face da guerra ao redor do mundo. ( Pg. 180 Gilbert)

O poder volta a falar alto na Europa na unificação italiana e alemã a guerra naval ganha força e guerras pulverizam no mundo pequenos ou grandes, na America vemos a guerra hispano-americana também temos a guerra dos Bôeres, rebelião dos Boxers, e no começo do século XX ocorre a Guerra Russo Japonesa que provocaria mais tarde revoluções no império Russo e o primeiro Estado socialista o poder mudava na Rússia e incentivaria grandes mudanças.

De 14 – 18 começariam o grande conflito do começo do século a primeira Guerra mundial que abalaria o mundo como vemos e mudaria políticas tanto militares como econômicas no decorrer das décadas posteriores.

O mundo de 1750 a 1914 era um mundo de impérios até o começo do século vinte o poder estava concentrado nas mãos de poucos e poucas democracias existiam até então a seguir a idéia imprime o que foi dito.

As Revoluções Americanas e Francesa mudaram as expectativas políticas do ocidente. Embora os resultados tenham sido contraditórios – os EUA surgiram como uma democracia em pleno funcionamento, enquanto à França ficou desestabilizada por quase um século -, a demanda pela liberdade política persistiu durante todo o séc. XIX. Uma onda de levantes nacionalistas trouxe à independência para grande parte da América Latina e a unificação da Itália e da Alemanha. Em outros países, entretanto, nações coloniais continuaram a dominar grande parte do mundo, impedindo o desenvolvimento político local. Mesmo regiões independentes, como China e Japão, sofreram intervenções ou interferências das potências européias. (Pg 258 – 259 Philip Parker)

A origem da primeira guerra mudaria o mapa global as origens da guerra são duas as midiáticas que estão nos bastidores do império austro – húngaro, que geraria a morte do arquiduque Francisco Ferdinando, mas por outro ponto as questões mais amplas do conflito foram à rivalidade nacionalista que havia desenvolvido na Europa durante o século XIX.

A “Grande Guerra” como era conhecida foi o maior conflito até a segunda guerra mas porem foi o pedra inicial da segunda guerra, mudando o modo de poderes no mundo com a vitoria da França foi criado o tratado de Versalhes que impunha regras e condições aos derrotados a Alemanha, no campo tecnológico muito evolui surge armas inovadoras, e empregado a aeronáutica na guerra aviões em combate pela primeira vez num grande conflito.

Em 1929 quebra a bolsa de valores de Nova York a Europa e o mundo em crise provoca na política o surgimento de um uma política nacionalista autoritária de direita e faz nascer o Fascismo e o Nazismo.

O Nazismo representado na figura de Adolf Hitler faria que Alemanha cresce-se como grande potencia do período criando uma maquina de guerra capaz de dominar a Europa e aterrorizar o mundo capitalista, no campo militar as armas evoluíram e as estratégias mudaram a força aérea recebe forte importância e a força naval passa a contar com submarinos que aterrorizariam o oceano atlântico.

Mas mesmo com forte força militar, e política a Alemanha, Japão e Itália são derrotados os Estados Unidos vira de fato a Grande potencia da segunda metade do século XX, criando uma cultura e um poder baseado no dinheiro e no consumo, outra potencia no pós guerra e a URSS baseado no socialismo surge a chamada guerra fria no mundo que seria conflitos espalhados e financiados pelas duas potencias o mundo foi dividido até a queda do muro de Berlim onde os Estados Unidos foi o campeão da corrida e impôs seu poder no mundo contemporâneo em definitivo, o avanço tecnológico das ultimas décadas pós guerra foi enorme surge novas potencias em desenvolvimentos nas duas ultimas décadas e duas guerras marcariam a ultima década, provocada por uma nova ameaça o terrorismo.

As democracias ocidentais têm sido tradicionalmente alvo de grupos terroristas, sejam extremistas árabes organizações de esquerda (freqüentemente apoiada por regimes comunistas) ou nacionalistas violentos. Em seus esforços por alcançar metas muitas vezes extravagantes, tais grupos recorreram a raptos seqüestros e assassínios, com resultado no mais das vezes horrendas. A resposta foi a formação de unidade de elite para combater grupos terroristas. (Pg. 290, Gilbert)

Bem percebe que com o fim da guerra fria muitos acreditariam que haveria paz no mundo contemporâneo essa visão tanto simplória não ocorreu e sim persistiram vícios conflitos pelo mundo, também proliferação de armas nucleares e químicas só veio a agravar a instabilidade mundial, nessa ultima década o oriente médio permanece uma das áreas mais conturbadas pela guerra em todo o mundo, assolada por conflitos étnicos e religiosos na busca e alvo dos interesses das grandes potências globais.

Por fim percebe-se que a guerra tem uma grande importância no mundo atual e antigo no passado para impor modos civilizações e impérios e no futuro para impor um modo capitalista global em que a democracia pode torna-se uma faca de dois gumes, os mais prejudicados em qualquer guerra e o povo que foi e permanece sendo explorado por reis, nobres, elites, e poderes econômicos vemos que a guerra desempenha um papel de grande importância é um instrumento final de uma negociação, mas que provoca fatores de mudanças por onde passa.

BIBLIOGRAFIA

GILBERT, Adrian. Enciclopédia das Guerras: Conflitos Mundiais Através dos Tempos. São Paulo: M. Books, 2005.

PARKER, Philip. Historia Mundial: Guia Ilustrado Zahar. Rio de Janeiro: Zahar, 2011.

Fonte: http://meuartigo.brasilescola.com/historia/o-poder-guerra-sua-evolucao.htm

Entradas e Bandeiras





O desejo de explorar o território brasileiro, a busca de pedras e metais preciosos, a preocupação do colonizador português em consolidar seu domínio e a vontade de arrebanhar mão-de-obra indígena para trabalhar nas lavouras resultaram em incursões pelo interior do país, feitas muitas vezes por milhares de homens, em viagens que duravam meses e até anos.

Entradas e bandeiras foram os nomes dados às expedições dos colonizadores que resultaram na posse e conquista definitiva do Brasil. As entradas, em geral de cunho oficial, antecederam as bandeiras, de iniciativa de particulares. Tanto naquelas quanto nestas, era evidente a preocupação do europeu em escravizar o índio, e não foi pequeno o morticínio nas verdadeiras caçadas humanas que então ocorreram, como observa o historiador João Ribeiro. As bandeiras, fenômeno tipicamente paulista que data do início do século XVII, não extinguiram as entradas e também não foram iniciativa exclusiva dos mamelucos - filhos de portugueses com índias - do planalto de São Paulo. Elas marcam o início de uma consciência nativista e antiportuguesa.

Os documentos dos séculos XVI e XVII chamam os bandeirantes de armador. A palavra bandeira só aparece nos documentos do século XVIII. Para designar toda e qualquer espécie de expedição era comum empregar-se: entrada, jornada, viagem, companhia, descobrimento e, mais raramente, frota. Bandeira é nome paulista e, por isso mesmo, bandeirante tornou-se sinônimo do homem paulista, adquirindo uma conotação heróica, ao juntar no mesmo vocábulo o arrojo e a tenacidade com que se empenharam na conquista do território, na descoberta do ouro e no povoamento de Minas Gerais e do Rio Grande do Sul.

Embora as bandeiras tenham tido três ciclos em sua história -- o da caça ao índio, o do sertanismo e o da mineração -- o bandeirante manteve sempre as suas características, vivendo em condições extremamente difíceis. Seu equipamento quase se reduzia ao gibão de armas, couraça de couro cru, acolchoado de algodão, para amortecer as flechadas dos índios, também chamada de "escupil", além de arcabuzes e mosquetes. Também levavam machado, enxós, foices, facões e os importantes instrumentos de mineração e apetrechos de pesca. Usavam perneiras de pele de veado ou capivara e andavam quase sempre descalços; quando montados, ostentavam nos pés nus grandes esporas. Entretanto os chefes usavam botas e chapéus de aba larga que ajudaram, ao longo dos tempos, a firmar uma imagem de guerreiro forte e destemido.

De modo geral os bandeirantes não levavam provisões, mesmo nas viagens longas. Apenas cabaças de sal, pratos de estanho, cuias, guampas, bruacas e as indispensáveis redes de dormir. Quando lhes faltavam os peixes dos rios, a caça, as frutas silvestres das matas, o mel, o pinhão e o palmito das roças indígenas, alimentavam-se de carne de cobra, lagartos e sapos ou rãs. Se a água faltava, tentavam encontrá-la nas plantas, mascavam folhas, roíam raízes e, em casos extremos, bebiam o sangue de animais. Esses homens estavam tão identificados com a terra "inóspita e grande" que um documento da época assim os define: "Paulistas embrenhados são mais destros que os mesmos bichos." Quando estavam em viagem, só restava aos bandeirantes dois caminhos: seguir as águas de um rio ou abrir trilhas na selva.

Antes de tudo, entrar no sertão exigia muita coragem e capacidade de improvisação. O combate na selva era sempre rude e encarniçado. O grande número de árvores e arbustos tornava impraticável a luta a distância. As escopetas e os arcabuzes valiam num primeiro momento, mas não havia tempo para recarregá-los. Muitos aprenderam o manejo do arco e flecha que, nesses momentos, tornavam-se muito mais eficientes. Em meio à luta era preciso também ter destreza com o punhal e às vezes valer-se das próprias mãos, no corpo-a-corpo inevitável. As condições eram tão rudes que os homens muitas vezes definhavam entre uma viagem e outra.



Lendas e mistérios
Calcula-se que 300.000 índios foram escravizados até 1641, quando o bandeirantismo de aprisionamento declinou e deu lugar a expedições cada vez maiores em busca de ouro, prata e pedras preciosas. Lendas e mistérios cercavam as expedições, algumas das quais ainda hoje não foram completamente reconstituídas, como a empreendida em 1526 por Aleixo Garcia, que teria alcançado o Peru, saindo da ilha de Santa Catarina. A expedição de Sebastião Fernandes Tourinho, em 1572, teria descoberto turmalinas verdes na região onde mais tarde seria instalado o Distrito Diamantino. A mais extraordinária de todas as lendas conta que, antes do aparecimento oficial do ouro no Brasil, em fins do século XVII, foram descobertas fabulosas minas de prata na serra de Itabaiana, em Sergipe, por Robério Dias, em 1590. O feito foi relatado no romance As minas de prata, de José de Alencar, o que contribuiu para divulgar a história.

Um dos traços mais característicos do imaginário da época dos descobrimentos era a fusão do desconhecido com o maravilhoso e o fantástico. Contava-se que no Brasil seriam encontradas imensas riquezas e as lendas da serra Esplandecente e da lagoa Dourada, incorporadas ao folclore dos bandeirantes, são expressivas mostras da mentalidade daquele tempo.

Numerosas expedições em busca de ouro e pedras preciosas partiram de vários pontos da costa brasileira. Em 1554, partiu da Bahia a expedição de Francisco Bruza de Espinosa; a essa seguiram-se a de Vasco Rodrigues Caldas (1561), a de Martim de Carvalho (1567), a de Sebastião Fernandes Tourinho (1572), a de Antonio Dias Adorno (1574), a de Sebastião Alvares (1574) e a de Gabriel Soares de Sousa (1592). De Sergipe saiu a expedição de Belchior Dias Moréia e Robério Dias, filho e neto de Caramuru (1590); do Ceará, a de Pero Coelho de Sousa (1594); do Espírito Santo, a de Diogo Martins Cão (1596); e do Maranhão, a malograda expedição de Pero Coelho de Sousa (1603).

O apresamento dos índios, objetivo geral desses bandos armados, foi praticado com regularidade no sertão paulista, desde as primeiras entradas de Brás Cubas e Luís Martins em 1560. Os índios resistiam com valentia e até ferocidade. O padre Anchieta se refere aos tupiniquins com assombro, chamando-os de "brava e carniceira nação, cujas queixadas ainda estão cheias de carne dos portugueses". Mas os colonizadores, aproveitando-se das rivalidades entre as principais tribos, usaram a tática de jogá-las umas contra as outras.

Choque com os missionários. A caça ao índio foi implacável. Os que não se submetiam, eram exterminados se não fugissem. Os bandeirantes paulistas atacavam seguidamente as missões religiosas jesuítas, uma vez que o índio catequizado, vivendo nessas aldeias, era presa fácil. Em 1580, o capitão-mor Jerônimo Leitão trouxe de Guairá, a maior dessas missões, um grande contingente de índios escravizados, a que se seguiram outros. Todas ou quase todas essas aldeias foram destruídas, a começar pela de Guairá, em 1629, numa expedição que teve entre seus chefes Antônio Raposo Tavares. Segundo o historiador Paulo Prado, essa foi, sem dúvida, "a página negra da história das bandeiras".

A destruição sistemática das missões prosseguiu a sudeste de Mato Grosso e ao sul, na direção do Rio Grande, à proporção que os missionários recuavam para as regiões próximas aos rios Uruguai e Paraná, onde conseguiram organizar a resistência, auxiliados pelo governador do Paraguai, D. Pedro de Lugo y Navarra. Os paulistas foram derrotados em Mbororé em 1641 e com isso o avanço sobre as missões arrefeceu durante algum tempo.



Bandeiras paulistas
Quando os portugueses venceram o obstáculo da serra do Mar, em 1554, São Paulo de Piratininga tornou-se o ponto de irradiação dos caminhos de penetração, ao longo dos rios Tietê e Paraíba, tanto para oeste como para o norte. As primeiras bandeiras foram organizadas pelo governador-geral da capitania de São Vicente, D. Francisco de Sousa, e distinguem-se das entradas, não só por seu cunho oficial mas, principalmente, por suas finalidades, mais pacíficas do que guerreiras. Exemplos disso foram as bandeiras de André de Leão em 1601 e Nicolau Barreto em 1602.

A maioria dos bandeirantes e mesmo de seus chefes era constituída por brasileiros, de sangue europeu ou misturado ao do indígena. Reuniam os filhos varões (acima de 14 anos), parentes, amigos, mateiros, apaniguados e índios escravos para a grande aventura do sertão. Durante o século XVII os paulistas percorreram o sertão goiano e mato-grossense. Em 1676, Bartolomeu Bueno da Silva entrou, pela primeira vez, em terras de Goiás.

Verdadeira epopéia viveu Pedro Teixeira na Amazônia. Partindo de Belém do Pará, subiu o rio Amazonas até Quito, no Equador, retornando pelo mesmo caminho até o ponto de partida, entre 1637 e 1639, depois de fincar a bandeira portuguesa na confluência do rio Napo com o Aguarico, no alto sertão, delimitando as terras de Portugal e Espanha, de acordo com a partilha determinada pelo Tratado de Tordesilhas. Esse é o começo do desbravamento da região amazônica.

De todos os feitos, o mais notável, sem dúvida, é o de Antônio Raposo Tavares, português nato, que ao começar sua última aventura, em 1648, tinha cinqüenta anos de idade. Partiu à frente de uma bandeira de mais de 200 paulistas e mil índios, realizando uma das maiores jornadas de que há notícia na história universal. Raposo Tavares se internou pelo Paraguai, em 1648, percorreu grande parte da região amazônica e ressurgiu em Gurupá, na foz do Amazonas, em 1652.



Descoberta do ouro
Fernão Dias Pais comandou a mais importante das bandeiras em busca de ouro. Rico e descendente de tradicional família paulista, empregou nessa empreitada toda a sua fortuna, à época a maior de São Paulo. Auxiliado pelo genro Manuel de Borba Gato e pelo filho Garcia Rodrigues Pais, explorou uma grande área da região centro-sul do país, das cabeceiras do rio das Velhas, no sertão de Sabarabuçu, até Serro Frio, ao norte. Durante sete anos, entre 1674 e 1681, Fernão Dias percorreu a região e com sua bandeira nasceram os primeiros arraiais mineiros. Aos 73 anos, sem ter encontrado o ouro e acometido pela febre que já matara muitos de seus homens, o velho bandeirante morreu a caminho do arraial do Sumidouro.

Borba Gato e Garcia Pais fixaram-se em Minas Gerais, que continuava a atrair bandeirantes, como Antônio Rodrigues Arzão, em 1693, e Bartolomeu Bueno de Siqueira, em 1698. O ouro finalmente foi descoberto, no mesmo ano, pelo paulista Antônio Dias de Oliveira. Teve então início a corrida dos reinóis.

Depois da chamada guerra dos emboabas, as expedições mudaram de rota, na direção de Mato Grosso e Goiás. Iniciou-se um novo período de bandeirismo: o das monções, expedições de caráter mais comercial e colonizador, em canoas, através do rio Tietê, de Araritaguaba até Cuiabá. Os bandeirantes muitas vezes tinham de carregar as embarcações nos ombros e margear os rios, para evitar as numerosas cachoeiras. Entre as monções, encerrando o ciclo das entradas e bandeiras, destacou-se a de Bartolomeu Bueno da Silva, o segundo Anhangüera, que saiu de São Paulo em 1722, comandando 152 homens, à procura da serra dos Martírios, onde segundo a lenda a natureza esculpira em cristais a coroa, a lança e os cravos da paixão de Jesus Cristo. Depois de três anos de procura, o sertanista localizou ouro, a quatro léguas da atual cidade de Goiás.


Fonte:

Formação da Monarquia Nacional Britânica




A vitória dos Lancaster na Guerra das Duas Rosas garantiu o estabelecimento da monarquia inglesa.

Nos primeiros anos da Idade Média, a ilha da Grã-Bretanha foi alvo da dominação dos anglos e saxões. Foi somente no ano de 1066 que o duque normando Guilherme, o Conquistador, conseguiu controlar a ilha com a vitória sobre os anglo-saxões na Batalha de Hastings. Sob o seu domínio, os territórios britânicos foram divididos em regiões denominadas shires. Promovendo a criação do cargo de xerife, Guilherme colocou os senhores feudais, comerciantes e camponeses sobre o seu controle político.

No ano de 1154, a dinastia de Guilherme foi substituída pela dinastia Plantageneta. Henrique II (1154 – 1189) foi o primeiro imperador desta nova dinastia. Preocupado em ampliar seus poderes, Henrique fez com que as suas leis fossem válidas para toda extensão de terras da ilha. Para isso, formou um corpo de juízes encarregado de instituir tribunais por toda Grã-Bretanha. Até mesmo os clérigos estavam subjugados aos ditames jurídicos do novo rei. Fechando suas medidas centralizadoras, Henrique II fez com que a nobreza pagasse impostos e instituiu o controle direto dos exércitos.

No governo de Ricardo I, ou Ricardo Coração de Leão (1189 – 1199), o país entrou em uma exaustiva contenda militar contra a França e nas batalhas da Terceira Cruzada. A ausência da autoridade real deu condições para que os nobres britânicos se voltassem contra a mesma. No reinado de João Sem-Terra (1199-1216), a manutenção dos conflitos militares e a alta dos impostos motivaram o estabelecimento de uma revolta entre os nobres. Pressionado por tal situação, João Sem-Terra foi obrigado a assinar os acordos impostos pela Magna Carta (1215).

Neste documento firmou-se a criação do chamado Grande Conselho. Por meio dessa nova instituição política, o rei ficaria impedido de aprovar novas leis sem o consentimento da nobreza britânica. Além disso, os acordos da Magna Carta impediam que o rei cerceasse a liberdade de qualquer indivíduo sem um julgamento baseado nas leis britânicas. Sendo um primeiro ensaio do Parlamento Inglês, o Grande Conselho viria, anos depois, a admitir a entrada de burgueses entre seus membros.

Com o passar do tempo, o Grande Conselho ampliou seus poderes podendo decidir também sobre as declarações de guerra e de paz. No ano de 1327, a supremacia política do Conselho chegou a depor o rei Eduardo II e colocar, seu filho, Eduardo III, no trono. No século XIV, o Conselho passou a dividir-se entre a Câmara dos Lordes, formada por integrantes da nobreza; e Câmara dos Comuns, composta por burgueses e cavaleiros.

No século XIV, os ingleses prolongaram uma antiga disputa territorial com a França pela próspera região comercial de Flandres. Conhecido como a Guerra dos Cem Anos, esse conflito provocou um processo de empobrecimento que atingiu seu auge com a pandemia da Peste Negra, que atingiu toda a Europa. Conseqüentemente, o poder nobiliárquico se enfraqueceu e diversas revoltas camponesas agravaram a situação inglesa.

Em 1453, com o término da Guerra dos Cem Anos, as famílias Lancaster e York disputaram a sucessão do trono inglês. Conhecida como Guerra das Duas Rosas, esse conflito se resolveu somente quando o Lancaster Henrique Tudor buscou o apoio da burguesia para dar fim à contenda. Nomeado como Henrique VII, esse monarca deu início à dinastia Tudor, que inaugurou o estabelecimento dos regimes absolutistas na Inglaterra.

Por Rainer Sousa

Fonte:

A Lenda do Saci



Pretinho arteiro, de olhos carburantes e barrete de rubra cor à cabeça, traquinando e assobiando pelas estradas em horas-mortas, a pelear, maldosamente, com suas travessuras, os animais e a trançar-lhes as crinas.
Com efeito, o viajante que, no sertão, ao cair da tarde, cochilando o seu cansaço, as pernas lassas, caídas sobre as espendas da sela, busca o pouso para descansar os membros doridos da jornada, ao encilhar a montaria, na manhã seguinte, para seguir viagem, encontrará muitas vezes, a crina do animal emaranhadamente trançada.

Atribuirá por certo às artes do Saci, sem indagar de uma pequenina ave do sertão que revela o curioso característico de, em procurando no dorso dos animais a alimentação que lhe é cara, carrapatos e outros parasitas, nunca deixam sem antes trançá-las com o bico sedenho.

Os redemoinhos, fenômenos produzidos por desequilíbrio das atmosferas, verdadeiras trombas aéreas que se formam vertiginosamente em espiral, carregando folhas secas, gravetos e areia em suas passagens, esses fenômenos consoante à crença entre os caipiras, são produzidos pelo Saci, e se algum dotado de verdadeira fé, lançar sobre a tromba um rosário de capim, aprisioná-lo-á, por certo, e se conseguir o barrete, terá em prêmio a ventura que aspirar.



Outra versão da lenda do Saci:

"Esta entidade matreira, traquina e das mais conhecidas é também objeto de incontáveis e controvertidas interpretações, tendo atravessado uma sucessão de metamorfoses, sob a influência mística e supersticiosa de índios (o nome é de origem tupi-guarani), negros, brancos e mestiços.

Enredado em diversas lendas, em alguns rincões é uma assombração tenebrosa, um eufemismo do capeta, ou ainda um ser simpático e graciosamente assustador - terrisível; em outros, tem uma imagem de benfeitor - o Negrinho do Pastoreio, que encontra objetos perdidos.

O Saci é apresentado até como filho do Curupira, numa fantástica concepção que, de alguma forma, pode até adquirir certa coerência se tomarmos as variantes em que o Curupira e o Caipora são seres distintos, sendo o segundo, numa delas, uma mulher unípede que anda aos saltos.

De acordo com a configuração mais popular, o Saci-Pererê é representado por um negrinho de uma perna só que usa carapuça vermelha cujo poder mágico lhe confere a prerrogativa de ficar invisível e de aparecer e desaparecer como fumaça. Ele se faz anunciar por um assobio estridente e adora fumar, aliás essa é uma forte característica do Saci, visto que é difícil imaginá-lo sem seu cachimbo.

Ah!!, e o Saci também é daqueles fumantes que nunca trazem consigo fósforos ou isqueiros e, por isso, sempre aterroriza os viajantes pedindo-lhes fogo."

O pai da Revolução Industrial



Se o homem hoje não tem que produzir bens de consumo somente de forma artesanal, como faziam nossos antepassados até o século XVII, e nós consumimos produtos complexos e fabricados em larga escala e – até certo ponto – acessíveis financeiramente, nós devemos este avanço a um escocês nascido em Greenock em janeiro de 1736.

Se ele não tivesse feito o que fez, certamente alguém o faria, naquele século XVIII já movido pelapressa capitalista em produzir cada vez mais no menor tempo possível. Mas quem entrou para a História aperfeiçoando o motor à vapor e criando um dos alicerces da Revolução Industrial foiJames Watt.
Matemático e Engenheiro, Watt aperfeiçoou uma outra máquina:

James Watt estudou e trabalhou um tempo em Londres, ainda bem jovem, em 1755, mas foi em Glasgow – quando teve que voltar um ano depois, pois sua saúde não ficou muito boa com o clima londrino – que ele desenvolveu seus principais trabalhos na engenharia. O gosto pela instrumentação e a curiosidade latente dos grandes inventores foi despertada pelo pai, que era construtor de casas e barcos.

Quando Watt conseguiu ser admitido na Universidade de Glasgow, em 1757, como “fabricante de instrumentos de medidas”, teve contato com o equipamento que ele mesmo aperfeiçoaria e mudaria a produção industrial para sempre: a máquina a vapor de Thomas Newcomen, que desde 1712 já trabalhava e provava sua eficiência principalmente como bomba d’água, esvaziando em algumas semanas certos lugares – como minas de carvão, por exemplo – que demoravam meses para que se completassem os serviços de drenagem da água, quando necessário.

O trabalho de Watt foi desenvolvido ao longo de alguns anos, mas ele conseguiu transformar a máquina a vapor de Newcomen em algo que não desperdiçava tanto calor, o que diminuía o consumo de carvão, e podia ser aplicada em diversas situações.

Voltando ao exemplo da drenagem das minas, o motor de Watt conseguiu drenar uma completamente alagada em apenas 16 dias. Com o sucesso da empreitada, Watt aproveitou para oferecer os serviços de seu motor para movimentar o elevador da mina, o que deu certo e alavancou o sucesso da invenção.


Esquema do motor a vapor de James Watt

Mas foi na indústria que seu invento definiu uma era e modificou para sempre as relações produtivas.

Antes o homem produzia tudo manualmente, de forma artesanal. O motor a vapor de Watt facilitou e agilizou a produção de vários bens de consumo, tornando os produtos mais baratos, pois agora eram produzidos em maior quantidade e mantendo, quando possível, a mesma qualidade.

Esta invenção também vai impulsionar a metalurgia e a construção das primeiras locomotivas a vapor, diminuindo distâncias que antes demoravam dias, até meses para serem transpostas.

James Watt faleceu em 1819 mas já via o sistema de produção baseado em máquinas a vapor se consolidando definitivamente em vários países, principalmente na Inglaterra e França. Mais tardiamente os EUA, a Alemanha, a Itália e outros países europeus passam a utilizar cada vez mais o motor a vapor como principal movimentador de suas fábricas. Era o fim da manufatura e o começo da produção em massa, que viria a ser mais massiva ainda com a invenção do motor elétrico algumas décadas depois… mas isto é assunto para outro texto.

Mas antes de terminar, vamos falar dos primeiros inventos que utilizaram o vapor como forma de produzir movimento.
Antes do motor de Watt: algumas curiosidades…

Heron de Alexandria foi o primeiro a utilizar – e domar – o vapor para movimentar algo. O sábio grego viveu entre os anos 10 e 70 da era cristã e inventou o Eolípila, que nós podemos ver na gravura ao lado. O fogo aquecia a água que ficava no recipiente embaixo e o vapor que saía pelos tubos fazia a esfera se mover.

Mas a primeira máquina que utilizava o vapor de forma “útil” foi inventada pelo francês Denis Papin em 1679, utilizando o esquema de êmbolo e cilindro. Papin inclusive inventou um dispositivo bem parecido com o que encontramos hoje nas panelas de pressão, para evitar que o vapor explodisse o cilindro.

Em 1698 o engenheiro militar inglês Thomas Saveryinventou a primeira máquina a vapor com interesse industrial, mas sua invenção não foi muito utilizada pois corria sério risco de explodir devido à grande pressão com que o vapor era acondicionado. Thomas Newcomen em 1712 aperfeiçoou as idéias de Papin e Savery e criou sua máquina, que por sua vez foi aperfeiçoada por James Watt.

Como homenagem, Watt hoje é uma medida de energia que corresponde à emissão de 1 joule por segundo (1W = 1J/s). Também é atribuído a Watt o primeiro uso da expressão “horse power” (HP), para atribuir a relação do trabalho de seu motor em comparação aos cavalos que executavam determinados serviços. Quando ele dizia que uma máquina tinha “10HP”, queria dizer que aquele motor teria a força de trabalho de “10 cavalos”. Esta relação ainda é muito utilizada até hoje em diversos motores.

Fontes:

- Biografia de James Watt no UOL Educação e no DEC da UFCG.

- “James Watt e a máquina a vapor“, texto de Marco Gui Alves Pinto.

Quando Lisboa Tremeu



Por Ana Lucia Santana

A trama é ambientada na capital do reino português, no dia 1 de Novembro de 1755. Aparentemente a cidade testemunha o nascer de um dia comum, anunciado por um amanhecer sereno. Entretanto, os personagens-chave desta história atravessam momentos peculiares.



Irmã Margarida, no auge da juventude, é acusada pelo Tribunal da Santa Inquisição e agora aguarda a execução de uma sentença sinistra, a morte nas chamas da fogueira; deseperada, ela improvisa um enforcamento em seu cativeiro. Enquanto isso, um capitão britânico, Hugh Gold, olha nostalgicamente as águas do rio que atravessa a quinta de Santa Catarina. Ele relembra a época em que corria o mundo como tripulante de uma embarcação.

No mesmo instante um jovem discute com sua mãe porque deseja retornar ao lar à procura da irmã gêmea antes do início da missa na Igreja de São Vicente de Fora. Simultaneamente um auxiliar de escrivão, no bairro de Belém, participa da mesma celebração religiosa em que o Rei D. José está presente, e Santamaria, um pirata, combate brutalmente um grupo de desertores da Espanha.

Subitamente, às nove e meia da manhã, um abalo sísmico sacode Lisboa com uma fúria nunca antes presenciada. A terra se abre, as edificações desabam, os telhados dos templos caem e, em meio a uma confusão incomum, milhares de pessoas perdem a vida. Logo depois um tsunami se abate sobre o pátio do palácio e as chamas invadem a cidade ao longo de dias terríveis.

Sem rumo, os lisboetas remanescentes caminham pela cidade destruída e tentam encontrar seus próprios fados, uma direção a seguir. É neste contexto que, quando Sebastião José de Carvalho e Melo se esforça para reestruturar a capital, Santamaria e a Irmã Margarida se esforçam para escapar das garras da polícia.

Enquanto isso, o capitão procura sua pequena fortuna e o jovem de apenas 12 anos de idade luta para achar a irmã gêmea desaparecida sob as ruínas. A tragédia que então desabou sobre Lisboa no dia de Todos os Santos modificará radicalmente o destino destes personagens; suas vidas nunca mais serão as mesmas.

A narrativa é conduzida de uma forma bem pessoal pelo pirata; ele retrata como ninguém as trajetórias percorridas por essas pessoas logo após o terremoto, e revela como suas vidas se encontram e convergem momentaneamente para o mesmo plano existencial.

A trama é entretecida em quatro fios narrativos – Terra, Água, Fogo e Ar. Este é com certeza um romance inesquecível, inspirado em eventos reais. O autor enfoca particularmente a grandiosidade e o potencial de aniquilamento presentes na Natureza e também na sina do ser humano.

Domingos Freitas do Amaral nasceu em Portugal e se graduou em Economia pela Universidade Católica Portuguesa. Ele também se especializou em Relações Internacionais na Universidade de Columbia. Apesar de sua formação, optou pela prática do jornalismo, atuando no veículo O Independente. O autor apresenta em seu currículo a publicação de cinco livros de ficção pela editora portuguesa Casa de Letras, todos bem-sucedidos.

Fontes:
http://www.wook.pt/ficha/quando-lisboa-tremeu/a/id/9599852http://www.leituraestanamoda.com.br/2011/11/informativo-quando-lisboa-tremeu.html

Por um novo mundo no Caminho das Índias





Estamos impressionados com os avanços tecnológicos, então indagamos onde o Homem vai parar? Acreditamos que a pergunta razoável seria: Onde o Homem quer parar? Dizemos isso porque cada dia mais limites são superados e quem afirmar categoricamente que a morte é o limite para o Homem, corre o risco mais tarde ser reconhecido como o Idiota que limitou a Humanidade. Entenderemos melhor estas afirmações se voltarmos no tempo para analisar as atitudes e estratégias adotadas pelo Homem diante das adversidades.

A convivência em grupo nasceu da necessidade de proteção, em virtude dos predadores. Através desta relação em sociedade, compreenderam que a união não só poderia deixá-los mais fortes tanto para defender-se como para atacar, tornando-se assim também predadores. Quando o Homem conseguiu impor sua superioridade diante das demais espécies, sentiu necessidade da disputa entre si, para descobrir quem é mais sábio ou forte. Desde então a força e o intelecto vem ditando regras entre a humanidade, no intuito de descobrir quem é o mais poderoso. Com o advento da escrita, todas as estratégias adotadas pelo intelecto e as proezas realizadas através da força, foram sendo registradas, propiciando ao Homem, aquilo que conceituamos progresso.

O Homem se organizou em Estado, após viver anos como sociedade tribal, ainda que existam sociedades tribais semelhantes, o Homem evoluiu, e quando a extensão territorial tentou-lhe impor limites, ele se lançou ao mar. Não demorou muito para perceber que o mar era uma grande oportunidade de ampliar seus poderes, com terras e povos a serem conquistados.

Deste modo os Fenícios, iniciaram aquilo que seria denominado de “Comércio Marítimo”. Segundo a Ilíada de Homero, as rotas comerciais do mediterrâneo foi o verdadeiro motivo de Agamenon ter unido toda a Grécia para lutar contra Tróia do rei Príamo, e não a desonra de Menelau, em virtude da paixão “avassaladora” de Paris e Helena. Por que tanto interesse de Agamenon e tantos outros, em monopolizar as navegações? A resposta parece obvia! Poder, isto mesmo, quem dominasse os mares e as rotas comerciais teriam mais poder sobre os demais. A soberania grega não levaria muito tempo, pois como todo império que se levanta, um dia cai, e assim tem sido durante toda a História.

No período medieval, outros povos dominariam o mediterrâneo, mas nenhum foi tão importante quanto às cidades italianas de Veneza e Gênova, que se transformaram nos centros comerciais mais ricos da Europa. Serviam de ponte entre os consumidores ocidentais e os produtores do oriente. Em virtude dos impostos aduaneiros, as mercadorias eram acrescidas de muitos juros. Depois da tomada de Constantinopla pelos turco-otomanos, sérias restrições foram impostas ao comércio no mediterrâneo, o que fez encarecer ainda mais as mercadorias. Para uma Europa Feudal, em fase de transição, a situação ficou calamitosa, em virtude da escassez do ouro e demais metais preciosos, o que dificultou ainda mais o comércio. A única alternativa era tentar uma rota comercial alternativa. Mas quem poderia aventurar-se em busca de uma nova rota em meio ao caos urbano, escassez de moedas, êxodo rural e uma eterna queda de braço entre nobres e burgueses?

Este era o Cenário em quase toda a Europa, com exceção de um pequeno país banhado pelo oceano atlântico, que recentemente havia conquistado sua independência e a consolidando com a histórica “Revolução de Avis”, que conduziu ao trono de Portugal D. João I. Este governante conseguiu unir os interesses dos Burgueses e a maioria dos nobres, com total apoio do povo. Isto fez de Portugal, o primeiro Estado nacional da Europa, dando-lhe estabilidade política e econômica necessária para dar inicio a Expansão Marítima, em busca de uma rota alternativa rumo às Índias.

O pioneirismo em navegar em mares nunca d’antes navegados, era antes de tudo uma prova de coragem e do espírito aventureiro deste povo.Pois a navegação em águas desconhecidas eram povoadas de crenças e lendas medievais sobre fabulosos monstros marinhos.Além disto, haviam registros escritos pelo navegador italiano Marco Pólo, com histórias e personagens pra lá de fantásticos. D. Henrique, o terceiro filho de D. João I, fundou a “Escola de Sagres”, onde reuniu a experiência marítima italiana, a ciência herdada dos árabes ao espírito aventureiro do povo português. A primeira investida Lusitana foi à conquista de Ceuta, cidade do norte da África, que era uma importante rota comercial, que mais tarde perdeu seu valor, em virtude da mudança de rota por parte das caravanas árabes.

Depois de Ceuta, foi a vez da Ilha da madeira, em seguida o arquipélago de Açores, e a cada expedição, mais informações eram mapeadas. Após várias tentativas, o navegador Gil Eanes ultrapassa o Cabo Bojador, um obstáculo à pretensão portuguesa de chegar às Índias. Junto com a gloriosa vitória pelo seu feito, Gil Eanes desembarca em Portugal com a embarcação cheia de negros, para serem vendidos como escravos, tornando-se uma mercadoria muito lucrativa.

Bartolomeu Dias traz para Portugal, a travessia do Cabo da Tormenta, que para o Rei, nada mais é que a Boa Esperança, de que a Índia está próxima. Instituindo Feitorias e demarcando o litoral africano para a glória de Portugal, Vasco da Gama chega com sua expedição a Calicute. Apesar de não ter êxito no contato diplomático com o Rajá (Governante) daquela cidade Indiana, Vasco da Gama oficializa a abertura de uma rota alternativa às Especiarias. Veja a narração de um trecho do poema “Os Lusíadas”, de Camões ao avistar Calicute:

Já a manhã clara dava nos outeiros

Por onde o Ganges murmurando soa,

Quando da celsa gávea os marinheiros

Enxergavam terra alta, pela proa.

Já fora de tormentas e dos primeiros

Mares, o temor vão do peito voa.

Disse alegre o piloto melindano:

-Terra é de Calicute, se não me engano;

(RODRIGUE, apud Camões. p.103)

Nos relatos registrados no diário de bordo, Vasco da Gama faz menção de que ao afastar-se da costa africana em direção ao leste, percebeu a presença de aves, o que dava indícios da existência de terra não distante dali. (SOUZA; SAYÃO, apud Bueno, p.26)

No dia 08 de março de 1500, a maior e mais poderosa frota de Portugal, comandada pelo jovem fidalgo Pedro Álvares Cabral, composta por mais de 1.500 homens distribuídos nas dez naus e três caravelas, saiu em direção à Índia. Cabral afastou-se em direção leste da rota demarcada por Vasco da Gama. A mudança de itinerário causa polêmica até hoje, afinal, esta mudança foi proposital ou casual? Se foi prevista ou não, se houve tempestade ou não, estas respostas ficaram para sempre no campo das especulações, até que o Homem crie uma “Máquina do Tempo”e retorne até 22 de abril de 1500, dia que Cabral avista a Ilha de Vera Cruz, o nosso Brasil! Dez dias depois, ele retoma sua rota para a Índia, onde fez acordos comerciais muito lucrativos para Portugal e o Mundo.

Logo o pioneirismo português, faria seguidores. Os Espanhóis chegaram a América, sob o comando de Cristóvão Colombo, pois assim como Vasco da Gama, procurava um caminho alternativo para as Índias. Em seguida foram os Ingleses, Franceses, Flamengos e Holandeses. Ao dominar águas estranhas surgiram novas terras, que também foram dominadas, muitos mitos foram colocados abaixo e um novo mundo se formou.

Há muitas terras ainda a serem conquistadas, afinal a nossa Via Láctea, é apenas uma entre muitas, há ainda vários planetas a serem explorados e também novos povos ou seres a serem encontrados. Analisando o retrospecto do Homem, você dúvida que isto acontecerá?

REFERÊNCIAS

RODRIGUE, Joelza Ester. A História em Documento. 6ª Série. São Paulo. Ftd, 2006.

SOUZA, Evandro André; SAYÃO Thiago Juliano. História do Brasil Colonial. Indaial: ASSELVI, 2007.

Fonte: http://meuartigo.brasilescola.com/historia/um-novo-mundo-no-caminho-das-indias.htm

Análise da Realidade Escolar




Por: Josilene Queiroz Santos


1. Verificar se o Projeto Político Pedagógico (PPP) ou Proposta Pedagógica possui sintonia com a LDB, Diretrizes, PCN, etc. Analisar consistencia interna da proposta. Informar: onde a escola se situa, sua missão, a identidade do aluno que quer formar e outros itens constantes na proposta da escola...
R:Objetivo de formar cidadãos felizes e conscientes de sua importancia na construção de uma sociedade mais equânime, capaz de se apropriar-se das ferramentas de comunicação e expressão necessárias á inserção social e a utilização plena de seus direitos e deveres. Sua missão, contribuir com o desenvolvimento da personalidade dos alunos e sua participação na construção do bem comum; compreender direitos e deveres, o respeito á dignidade e a liberdade fundamentais ao homem; levar o aluno a apropriar-se das informações consolidadas e formar-se como cidadão.

2. Verificar se a proposta possui clareza conceitual, coerência entre diagnóstico, objetivos e ações.
R:A proposta da escola estadual Nadja precisa ser revistas em alguns conceitos e atualizar seu projeto politico pedagogico, trabalhar de algumas maneiras diferentes pois se trata de uma área bastante critica na região, e crianças muito carentes, havendo a necessidade até mesmo de integrar os alunos, pois para muitos este é o único espaço de harmonia e de alimentaçao diária. Por se tratar deste tipo de clientela a escola tem tido bastante progresso nesses 14 anos e tem trazido muitos beneficios á comunidade. Comporta um grupo de profissionais qualificado no ensino/aprendizagem das crianças. A proposta anual vista possui clareza e coerencia, só precisa ser seguida rigorosamente durante o ano letivo para ter-se um bom resultado e assim os objetivos serão concretos.

3. Verificar se há viabilidade de execução da proposta.
R:A proposta identifica algumas alterações no decorrer do ano, porém com todo progresso identificado pode se dizer que há viabilidade, mas não é suficiente para deixar as coisas como estão, há a necessidade de continuo trabalho e execução da proposta pedagogica.

4. Organização da Escola: horário, turnos, número de alunos, distribuição de séries, e turmas.
R:O horário das aulas é das 7:00 ás 17:30h, período manhã e tarde, a escola comporta em média 844 alunos, da 1° a 4° série, turmas A, B, C, D e E.

5. Formas de tratamento e ações para problemas disciplinares, normas de convivência, tratamento a ser dispensado aos pais etc.
R:Em cada sala de aula há uma norma pendurada, pois cada professor tem autonomia para tomar as atitudes nas salas, se o caso se torna mais alarmante é encaminhado á diretoria, solicita a apresentação dos pais, e se necessário envia para o Conselho Tutelar.

6. Projetos desenvolvidos pela escola ou pelos professores.
R:Hora da leitura, enriquecimento curricular, prevenção, cuidados com a água, dengue, saúde bucal, trânsito, vacinas, etc.

7. Formas (ou projetos) de inclusão e atendimento a alunos com necessidades especiais.
R:Existem 6 alunos inclusões e a escola trabalha com os projetos da Secretaria de Educação. Cada aluno tem uma estagiária acompanhando o desenvolvimento.

8. Filosofia e príncipios da escola: perfil da comunidade, fins educativos etc.
R:A escola esta inserida num bairro residencial considerado um dos mais violentos da cidade. O nível sócio-econômio-cultural é heterogênio e em muitos casos, colocando as crianças em vulnerabilidade e risco social e um percentual de 37% desemprego, 41% autônomos, e muitos sobrevive da coleta de lixo. A escola apresenta um numero não representativo de alunos com dificuldades de aprendizagem, cujas causas são diversas, muitas delas ligadas a ausência dos pais ou responsáveis e nível sócio-cultura-econômico.

9. Organização do currículo: por disciplina, por módulo, por tema, por área de conhecimento, por projetos ou outras formas; utilização de livros didáticos; propostas de interdisciplinaridade.
R:O curriculo é organizado por área de conhecimento.

10. Atividades propostas: para envolvimento da comunidade, culturais, cívicas, outras...
R:A gestão participativa se dá atravês da comunidade escolar na tomada de decisões, e sua real participação nos conselhos de classe/serie, conselho de escola, APM (Associação de Pais e Mestres) e Grêmio Infantil. A escola conta com pouca participação dos pais e comunidade. Porém, quando convocados para assembléia, no inicio do ano letivo, a presença é significativa, o que não acontece em reuniões de conselhos, APM, planejamento e elaboração da proposta pedagogica. Para compreender e apartir daí melhorar as expectativas de participação dos pais e alunos na vida escolar, foi elaborada a Avaliação Institucional em 2006 para levantamento dos enraves e dificuldades, bem como as satisfações e insatisfações no ambito escolar com os serviços prestados pelos diferentes segmentos.

11. Processo de avaliação: conceito de avaliação expresso na proposta, indicadores, critérios para promoção, usos dos resultados, procedimentos de recuperação, aceleração, acompanhamento individual, encaminhamento dos alunos com difculdades; planos de adaptação, dependência (se houver), formas de recuperação;
R:A aprendizagem do aluno e sua formação geral deixam a desejar por motivos diversos, bem com o excesso de faltas, ausência dos responáveis, falta de conhecimento teórico dos professores a fim de atender as diferentes especialidades dos alunos, comunidade rotativa o que aumenta o percentual de alunos não alfabetizados. Avaliação: filha individual de aluno; mapa de classe; portifólio; diário de classse; caderno piloto; registro do rendimeno escolar em escala numerica de 0 (zero) a 10 (dez), em numeros inteiros. Art.1° da Res.SE n°30 de 10/05/07. As avaliações são continuas, mensais e bimestrais e avaliação global. Será considerado como patamar indicativo de desenvolvimento escolar satisfatorio a nota igual ou superior a cinco. Art. 3° da Res.SE n°30 de 10/05/07. A identificação da corencia entre as ações realizadas e a proposta pedagogica com as caracteristicas da comunidade local, é feita por meio da valorização e respeito á capacidade de crescimento individual e desenvolvimento cognitivo de cada aluno. Os da dos utilizados para replanejar e corrigir rumo são: avaliação diagnostica inicial; SARESP (Sistema de Avaliação e Rendimento Escolar do Estado de São Paulo); avaliação bimestral e cotinua; resultados das reuniões de conselhos de aluno e conselho de classe/serie.

12. Calendário: Total de dias letivos, período de férias e recesso, planejamento, reuniões, eventos.
R:Dias letivos: 12/02 á 27/04; 02/05 a 13/07, 02/08 á 29/09, 01/10 a 21/12.

Eventos: 28/04 festa do pastel, 23/06 festa junina, 22/09 primavera, 24/11 festa do orvete e 08/12natal.

Reuniões: HTPC 2°feira manha 11:40 as 13:10h, tarde 17:10 ás 18:50h.

O periodo de férias ocorre nos inicios e finais de ano, e recesso se ocorreer tudo conforme o calendario, é no mês de julho.

13. Plano de formação continuada para os professores: planos, metas, ações, propostas, recursos, outros.
R:Continuidade dos projetos desenvolvimdos na unidade escolar, bem como a recuperação Continua e o Reforço paralelo; troca de experiencias e estudos reflexivos em HTPCs; avaliação constante do professor e do seu trabalho em sala de aula: Ação-Reflexão-Ação.

14. Plano de avaliação da instituição: proposta ou formas.
R:Avaliação das estratégias utilizadas para verififcar o compromisso dos professores com a aprendizagem é realizada atraves de verificação das atividades desenvolvidas dentro e fora de sala, em cadernos individuais, piloto, portifolio e avaliação bimestrais; visitas as salas de aula, participaçao nos HTPCs, planejamento e replanejamento, reuniões pedagogicas, relacionamento professor, aluno e pais; dominio de sala de aula etc. a escola inicia o ano letivo explicitando aos pais a forma pela qual se dara o desenvolvimento das atividades pedagogicas.

15. Plano de ação da escola: metas, ações a serem alcançadas etc.
R:Objetivo: alfabetizar o maior numero possivel de alunos nas 1° séries e nas demais em continuidade, assegurar e garantir uma educação de qualidade e permanencia na escola, bem como auxilia na formação global do aluno.

Metas: possibilitar momentos de interação do professor /aluno em defasagem de aprendizagem, maior comprometimento de todos os envolvidos no processo educacional, tendo em vista as peculiaridades proprias da clientela atraves da: –participação efetiva de todos os professores no curso letra e vida; - 100% de alunos alfabetizados ao final da2°série.


Fonte:

A renúncia de Fidel Castro


A renúncia de Fidel: um novo capítulo da história cubana?


Considerado um dos mais influentes representantes dos governos de esquerda do mundo, Fidel Castro é um ícone histórico, que remonta questões que ainda são de grandeinteresse. Assumindo o governo de Cuba, em 1959, Fidel estabeleceu uma verdadeira crise na divisão geopolítica implementada pela ordem bipolar do pós-Segunda Guerra.

Desde o século XIX, com seu processo de independência, Cuba tornou-se uma zona de influência política e de exploração econômica dos Estados Unidos. Contando com uma economia eminentemente agro-exportadora, a ilha centro-americana entrou em um delicado processo de dependência econômica em relação ao poderio norte-americano. Essa condição de “quintal” do Tio Sam só foi possível mediante a ascensão de governos subservientes e o controle de uma elite conservadora desinteressada na situação penosa vivida pelo povo cubano.

Fidel Castro que durante seus anos de luta revolucionária buscou a formação de guerrilhas populares – nas quais conheceu o emblemático Che Guevara – tentava oferecer uma alternativa política, econômica e social ao povo cubano. Depois de algumas tentativas ao longo da década de 1950, a guerrilha organizada na Serra Maestra obteve êxito em conquistar cidades e mobilizar os populares em torno do ideal revolucionário. Sem explicitamente definir-se no maniqueísmo político de sua época, Fidel aproveitou do apoio oferecido pela ex-União Soviética.

Depois de resistir aos embargos promovidos pelos Estados Unidos e não alinhar totalmente ao socialismo soviético, o governo castrista perambulou entre ações ditatoriais e programas de cunho social. De um lado, a reforma agrária, o desempenho exemplar naeducação e os avanços da área da saúde fazem de seu governo uma grande esperança para aqueles que defendem o ideário socialista. Porém, a migração em massa de cubanos para os Estados Unidos e denúncias de perseguição política figuram entre as principais críticas ao seu governo.

Mesmo com a crise do socialismo soviético, nos anos de 1990, Cuba resistiu como pôde ao processo de abertura econômica e às pressões em torno do fim do governo Fidel Castro. Investindo maciçamente no setor turístico e contando com os recentes acordos firmados com o presidente venezuelano Hugo Chávez, o governo de Fidel parecia negar a tão famosa “opulência do sistema capitalista”. Com sua renúncia, muitos analistas tentam dar conta sobre o destino da nação cubana.

Pelo que se indica, o irmão de Fidel, Raul Castro, será o responsável por conduzir o ainda vivo ideal revolucionário cubano. Segundo os próprios defensores do atual regime, o capitalismo é um sistema obsleto e incapaz de sanar os problemas dos cubanos. Fidel agora deixa o papel de agente político para se tornar, segundo ele mesmo, um ideólogo do regime.

Trazendo ou não uma radical transformação, a renúncia do líder cubano abre um precedente político em uma nação que não consegue identificar suas novas lideranças. Mesmo que não inaugure uma nova página em sua história, aguardamos “el futuro de la isla”.

Por Rainer Gonçalves Sousa

Fonte:

1241: Os mongóis na Europa



A 10 de abril de 1241, as tropas mongóis derrotaram o exército do rei húngaro Belá e chegaram às portas da região do Danúbio e da Dalmácia.


Mongóis eram hábeis cavaleiros


Após a morte de Gengis Khan, em 1227, seus sucessores concluíram a conquista do norte da China. No ano de 1240, destruíram Kiev, na atual Ucrânia, e avançaram em direção à Hungria. A Europa, entretanto, foi poupada de outras batalhas sangrentas.

O mês de abril de 1241 foi o apogeu das investidas mongóis no Ocidente. No dia 9, durante a batalha de Lignitz, na região da Silésia (Polônia), eles não só derrotaram as tropas teuto-polonesas, como também mataram seu comandante, Henrique 2º, liquidando, com ele, o sonho de um grande império silesiano.

No dia seguinte, derrotaram o exército do rei húngaro Belá, ficando às portas do Danúbio e da Dalmácia. Mas como se explica que um povo considerado bárbaro e selvagem, vindo do interior da Ásia, fosse capaz de tais façanhas militares?

Um de seus segredos eram os cavalos pequenos, fortes e ágeis, que não necessitavam de ferradura para escalar encostas rochosas e se satisfaziam com pouco alimento.

Outro motivo para o êxito militar dos mongóis foi sua organização, cercada de logística. Eles viviam em grupos muito unidos chamados de ordu, nosso equivalente a tribo ou clã. O chefe de um ordu era escolhido por seus méritos militares, mas o "berço" às vezes influenciava. Mais tarde, os europeus traduziram a palavra ordu para horda, que caracterizava as incursões da cavalaria mongol.

Esforços militares coordenados

Os meninos a partir dos 14 anos eram iniciados nas artes da guerra, num rigoroso treinamento diário; principalmente no manejo do arco e das rédeas simultaneamente. Embora sua estrutura não fosse clara para os ocidentais, as hordas de guerreiros que devastavam cidades inteiras obedeciam a uma hierarquia.

Divididos em centenas ou até milhares de combatentes, as missões destes grupos eram claramente definidas e controladas. Os soldados tinham à disposição uma malha de postos de suprimento, onde sempre havia cavalos descansados e alimentos.

Esses postos ou estações se estendiam por milhares de quilômetros, sendo abastecidos a partir da capital mongol, Caracórum. Apesar de operarem em ordus separados, os Khans trabalhavam num esforço militar coordenado.

Morte de Ogdai

Tendo conquistado a Polônia, os exércitos dos Khans se juntaram para tomar a Hungria, na época "portal da Europa". No dia 11 de abril, depois de um combate violento, o exército do rei Belá foi exterminado e a Hungria ocupada. O próximo país na linha de conquista era a Áustria. Em 1242, os cavaleiros mongóis estavam às portas de Viena, quando os guerreiros foram chamados para Caracórum.

O soberano Ogdai havia falecido na Mongólia e os príncipes e líderes militares foram convocados à capital para a eleição do novo Khan. Este preferiu concentrar suas conquistas no Oriente e no sul da China. Mesmo sem terem tomado a Europa Ocidental, os mongóis mantiveram seu poderoso império até serem destronados pela dinastia chinesa Ming, em 1368.

Fonte: DW

Os espetáculos teatrais na Idade Média



Espetáculo Teatral na Idade Média

Os espetáculos teatrais na Idade Média eram caracterizados por fortes elementos de caráter religioso. O tema central das apresentações eram as cenas de Natal, da Paixão, da Ressureição de Cristo e da vida dos Santos. Essas manifestações teatrais chamavam-se ludus e no começo eram realizadas no interior das igrejas. Com o passar do tempo o público teatral aumentou e as encenações exigiram que as representações fossem feitas em locais maiores, passando então a ser utilizado o adro (na frente) das igrejas ou um palco era construído para essa finalidade.

No século XII, os espetáculos litúrgicos passaram a se chamar mistérios, do latim ministerium; no sentido de agir, a palavra também significa drama. Com essa nova formação, o francês ocupou o lugar do latim, mas apesar desse ocorrido as características religiosas continuaram a ser temas constantes dos espetáculos teatrais. Aos poucos, nota-se nos temas teatrais o desligamento com os aspectos religiosos, tornando o enredo cada vez mais temporal. À medida que prosseguiu a temporalização, surgiram os temas cômicos, nesse momento as representações saíram dos adros das igrejas para as praças públicas das cidades.

No período medieval não existiam as casas de espetáculos e muito menos os teatros, com isso um palco provisório era confeccionado, espalhavam-se bancos nas praças para o povo e eram construídos camarotes ornamentados pela nobreza. Nos dramas litúrgicos, os atores eram os clérigos jovens: nas peças profanas eram os mascarados da cidade, artistas errantes. Do teatro dito profano, a peça mais popular era a Farsa do advogado Pathelin, de autoria desconhecida, a comédia era baseada na crítica feroz contra a esperteza dos advogados.

Outros gêneros do teatro profano foram a sotie e a moralidade. A sotie era uma sátira onde todos os personagens diziam a verdade porque estavam loucos, enquanto que a moralidade era uma apresentação de cunho moralista, onde os personagens simbolizavam o bem e o mal e nessa alegoria o bem sempre prevalecia.


Por Lilian Maria Martins de Aguiar


Fonte: http://www.alunosonline.com.br/historia/os-espetaculos-teatrais-na-idade-media.html

Ditadura no Chile: Augusto Pinochet no poder






Juliana Miranda - Grupo Escolar

O Chile foi comandado pelo ditador Augusto José Ramón Pinochet Ugarte. Pinochet foi um general do exército e se tornou presidente depois do golpe militar de 11 de setembro de 1973. Isso aconteceu depois da deposição e do suicídio do então presidente Salvador Allende. Pinochet governou o Chile entre 1973 e 1990. Esse pode ser considerado o período mais autoritário e próspero a história chilena. Mas como foi a vida do ditador chileno?

Pinochet era filho de um militar francês. Aos 18 anos de idade entrou para a Academia Militar de Santiago do Chile, onde terminou seus estudos em 1937. Em 1940 se casou com Lucía Hiriat Rodríguez, com quem teve 5 filhos.

Desde então, Augsto Pinochet seguiu carreira militar, sendo que em 1968 foi promovido a comandante-general e em 1971 a general de divisão e nomeado comandante-general do Exército de Santiago.

Depois do golpe militar e em seus 17 anos de comando, o ditador reprimiu a união dos partidos de esquerda e todos que eram oposição ao seu governo. Estima-se, que, em apenas 4 meses depois do golpe militar, 20 mil pessoas já tinham sido assassinadas e 30 mil presos políticos torturados a mando do general. Seu governo foi condenado pela comissão dos Direitos Humanos das Nações Unidas, justamente pela forma cruel com que tratava seus opositores. Entre 1978 e 1980, Pinochet organizou plebiscitos a fim de dar aparência de legalidade à ditadura. Porém, a partir de 1982 o Chile começou a entrar em declínio econômico.

Em 1986, Augusto Pinochet sofreu um atentado promovido pela Frente Patriótica Manuel Rodrigues. Cinco guarda-costas morreram e o próprio ditador quase foi eliminado com seu neto. Desde então, a oposição ao estilo de regime do ditador foi crescendo. Em 1989, ele foi pressionado pela comunidade internacional a realizar um plebiscito e isso abriu espaço para protestos populares contra seu regime. Depois das primeiras eleições nesse período, o Gerenal Augusto Pinochet entregou o poder em 1970 ao democrata-cristão Patricio Aylwin.

Pinochet conseguiu se manter como o responsável pelas Forças Armadas chilenas até 1998, quando então passou a ocupar o cargo de senador vitalício do país (cargo criado por ele).

Fora do poder, o ex-presidente-ditador respondeu a diversos processos na justiça por seus crimes durante a ditadura. Porém, os juízes tinham de obter o levantamento do tamanho da imunidade que gozava o ditador, que acumulava cargos de ex-presidente e senador vitalício e por isso necessitava fórum especial. Além das torturas, pesava contra Pinochet o desvio de verba pública e contas em paraísos fiscais. Mais de US$ 20 milhões teriam sidos roubados pelo comandante. Somente em barras de ouro, estima-se que o ditador possuía 190 milhões de dólares em um banco de Hong Kong.

Augusto Pinochet faleceu em 3 de dezembro de 2006, vítima de um ataque cardíaco, aos 91 anos de idade. Provavelmente sua família ainda disfruta das barras de ouro e do dinheiro desviado pelo ditador e torturador chileno.

Juliana Miranda

Fonte: Equipe do GrupoEscolar.com

Mitologia Nórdica



Por Geraldo Magela Machado

A mitologia nórdica é aquela originada nos países chamados escandinavos que abrangem a Suécia, a Dinamarca, a Noruega e a Islândia. As narrativas da Mitologia nórdica estão contidas em duas coleções chamadas as Edas, sendo a mais antiga, uma poesia datada de 1056 e a mais moderna, uma prosa, de 1640.



A narrativa das Edas conta que, no princípio, não havia nem céu nem terra, apenas uma enorme abismo sem fundo e um mundo de vapor, no qual flutuava uma fonte. Dessa fonte surgiram doze rios que, após longa viagem, congelaram-se e com o acúmulo das camadas de gelo umas sobre as outras, o abismo se encheu.

Ao sul desse mundo de vapor, havia um mundo de luz, que soprando vapores quentes, derreteu o gelo que havia se formado. Esses vapores, ao elevarem-se no ar, formaram nuvens e destas surgiu Ymir, o gelo gigante e sua geração. Surgiu, também, a vaca Audumbla, que alimentou o gigante com seu leite e alimentava-se da água e sal contidos no gelo. Certo dia, quando a vaca lambia o gelo, surgiu o cabelo de um homem; no segundo dia, a cabeça e no terceiro, todo o corpo, com grande beleza, força e agilidade.

O novo ser era um deus e dele e de sua esposa surgiram Odin, Vili e Ve, que mataram o gigante Ymir. Com o corpo do gigante morto, fizeram a terra, com o sangue, os mares, com os ossos ergueram as montanhas, dos cabelos fizeram as árvores, com o crânio fizeram o céu e o cérebro tornou-se as nuvens carregadas de neve e granizo. A moradia dos homens foi formada pela testa de Ymir e ficou conhecida como Midgard ou terra média.

Odin criou os períodos do dia e da noite e as estações, colocando o Sol e a Lua no céu e definindo seus cursos. Tão logo o Sol lançou seus raios sobre a Terra, fez-lhe nascerem os vegetais. Logo após a criação do mundo, os deuses passearam junto ao mar, satisfeitos pela obra realizada, mas que ainda faltavam os seres humanos. Assim, pegaram um freixo (grande árvore) e criaram o homem, chamando-o de Aske e de um amieiro (árvore ornamental) fizeram a mulher e lhe chamaram de Embla. Odin deu-lhes a vida e a alma, Vili, a razão e o movimento e Ve, os sentidos, a fisionomia expressiva e o dom da palavra. A Midgard foi dada a eles e assim, se tornaram os progenitores da raça humana.

Asgard é a morada dos deuses e, para se chegar lá, é necessário atravessar a ponte Bifrost (arco-íris). O lugar consiste de palácios de ouro e prata, moradia dos deuses, mas o mais belo de todos é o Valhala, moradia de Odin, de onde ele avista todo o céu e toda a Terra. Sobre seus ombros ficam os corvos Hugin e Munin que voam sobre a Terra durante todo o dia e, à noite contam a ele tudo que viram e ouviram. Odin foi o criador dos caracteres rúnicos, com os quais as Norns gravam os destinos.

Odin, frequentemente chamado de Alfadur (todo pai) era tido, muitas vezes, pelos escandinavos, como filho de uma divindade superior a ele, não criada e eterna.

Fonte
Bulfinch, Thomas, 1796-1867 – O livro de ouro da mitologia: a idade da fábula: histórias de deuses e heróis / Thomas Bulfinch – 9ª Ed. – Rio de Janeiro: Ediouro, 2000.

Henrique VIII (Henry VIII - 1491|1547)

Em 1491, nascia em Greenwich, o segundo filho de Henrique VII e seu sucessor como rei da Inglaterra. Subindo ao trono em 1509, Henrique VIII desposou Catarina de Aragão, filha do rei da Espanha, viúva de Artur, seu irmão mais velho. O casamento, por longas negociações diplomáticas, marcava a aliança entre duas grandes potências e as bodas foram faustosas.

O jovem rei, amante da vida, impetuoso, desejava brilhar em todos os campos e chefiou, pessoalmente, uma expedição contra a França. Mas, depois, Henrique compreendeu que a conquista da França, onde a monarquia não se havia ainda consolidado, era uma empresa muito difícil, sem o apoio da Espanha e do Imperador da Alemanha, e concluiu a paz com o rei da França, dando-lhe por esposa sua irmã Maria.

Henrique estava irritado ao máximo contra a Espanha, que lhe retirava o apoio durante a guerra, e desabafava sua cólera sobre Catarina, à qual censurava a traição do pai. Além disso, culpava a rainha de não ter filhos. A grande ocasião para a Inglaterra participar do domínio político da Europa foi oferecida pela guerra entre França e Espanha. Henrique aliou-se com Carlos V, sobrinho da rainha e herdeiro tanto da coroa de Espanha como do Império Germânico.

Henrique VIII preocupava-se com a estabilidade dinástica dos Tudor, pois, de seus cinco filhos com Catarina, apenas Maria sobrevivera. Já desde muito tempo desejava romper o casamento com Catarina de Aragão, mas somente o Papa poderia dissolver aquele liame político, o rei hesitava, porque era profundamente religioso, mas, quando se apaixonou por Ana Bolena, uma jovem e bela dama da corte, não teve mais escrúpulos. Já enamorado de Ana Bolena (dama de honra da rainha), ele optou pelo divórcio em 1527, encarregando seu ministro, Wolsey, de obtê-lo junto ao papa Clemente VII. Mas este recusou seu pedido.

Inconformado com a decisão do papa, o soberano soube explorar o descontentamento geral em relação ao clero inglês, pressionando-o a reconhecê-lo como chefe supremo da Igreja na Inglaterra. Em 1533, o novo arcebispo da Cantuária invalidou seu casamento anterior e Ana Bolena foi coroada rainha. Excomungado pelo papa, Henrique VIII conseguiu passar dois atos pelo Parlamento, em 1534: o primeiro negava a autoridade papal na Inglaterra; o segundo — o Ato de Supremacia — declarava a Igreja da Inglaterra uma instituição separada, tendo no rei seu chefe supremo. Ana Bolena teve apenas uma filha (Elizabeth I) e a sucessão dinástica continuava sem herdeiro; sob acusação de adultério, Ana foi executada em 1536. Henrique VIII ainda casou mais quatro vezes. Alguns dias após a morte de Ana Bolena, casou-se com Jane Seymor. A nova rainha, meiga e dócil, conseguiu que Henrique VIII aceitasse na Corte as duas filhas, nascidas de casamentos anteriores. Ela morreu após haver dado ao marido o tão suspirado herdeiro, Eduardo, que, porém, viveu somente 17 anos.

Em 1540, embora muito triste, o rei pesou logo num vantajoso casamento político, que consolidasse a aliança com uma das duas máximas potências européias; após várias negociações desposou Ana Cléves, filha de um duque de Flandres. Mas a quarta rainha era pouco atraente, pouco culta, não podia satisfazer a um homem requintado como era Henrique VIII e esse matrimônio, ao qual se conformara por motivos políticos, foi declarado nulo e Ana Cléves ficou na Inglaterra, com uma rica pensão. O rei, já doentio, maduro, pusera os olhos sobre uma jovem dama de honor, sobrinha do poderoso duque de Norfolk, menina de dezessete anos, Catarina Howard, que foi a quinta esposa de Henrique VIII. Bela moça, frívola, mas de coração bondoso, a nova rainha procurou amenizar o caráter do marido, amansar-lhe a crueldade, mas ela também foi vítima, porque, quando sua conduta leviana foi revelada ao rei, este ficou profundamente ferido em seu amor e no orgulho e Catarina subiu ao patíbulo, tal como Ana Bolena.

Henrique VIII aos 50 anos, parecia envelhecido, mas sua política se refinara, a segurança do seu poderio tornava-o mais clemente, mas também mais astuto. Quando se reacendeu a guerra entre França e Espanha, ambas as potências procuraram aliança com a Inglaterra e a sede de domínio do rei foi satisfeita. Henrique VIII não fora feito para viver só, e outra dama da corte, Catarina Parr, atraiu-lhe a atenção. Era uma jovem viúva, graciosa, meiga, digna, afeiçoada aos filhos do rei. Os últimos anos do reinado de Henrique VIII transcorreram adoçados pela influência da boa e sábia Catarina. Foram anos ocupados em guerrear a França, a Escócia, a consolidar o poder absoluto, a desenvolver a Marinha, dando o início ao poderio naval da Inglaterra.

Uma infecção, que desde anos o fazia sofrer, numa perna, estendeu-se ao corpo todo e rei faleceu em 1547.

Apesar das modificações realizadas na Igreja, Henrique VIII nunca introduziu a doutrina protestante. Todos aqueles que se negaram a aceitar os ensinamentos da Igreja da Inglaterra, assim como os que rejeitaram a autoridade eclesiástica de Henrique VIII, foram executados. Em relação à monarquia, reforçou os elementos autoritários característicos da dinastia Tudor. A solidez do poder implantada por Henrique VIII foi amplamente utilizada durante o reinado de Elizabeth I.

Durante os 38 anos de seu reinado, exerceu importante papel na política européia, tornando a Inglaterra uma das maiores potências navais da época e separando da Igreja Católica Romana e Igreja da Inglaterra.


Fonte:
http://www.atelierheraldico.com.br/heraldica/2_3_eclesiastica_henry8.htm

A Importância dos Metais no Oriente Médio





No quinto milênio a.C., a Revolução Neolítica já se tinha afirmado na Europa, Oriente Médio e norte-nordeste da África. O desenvolvimento da agricultura e do pastoreio sedentarizava as populações. Acampamentos pequenos transformavam-se em aldeias e, em algumas regiões do Oriente Médio, já existiam vida urbana intensa e atividades artesanais bem desenvolvidas. Jericó, na Palestina, e Catal Huyuk, na Turquia, foram precursoras das grandes cidades que se desenvolveram na Mesopotâmia, região entre os rios Tigre e Eufrates, no atual fraque, a partir do quarto milênio a.C. Grupos nômades continuavam existindo em terras inóspitas, como desertos, florestas e regiões montanhosas.

E nossa. Bandos de nômades militarizavam-se e dedicavam-se a defender os agricultores ou a saqueá-los. A vida social também se tomou mais complexa nas aldeias e cidades. A divisão social do trabalho não se fundamentava mais apenas em critérios etários e sexuais. Havia vários grupos sociais distintos: agricultores, pastores, militares, artesãos, sacerdotes, entre outros.

A especialização do trabalho e os novos instrumentos de produção, feitos de pedra polida e metais, aumentavam a produtividade. Os homens produziam mais, em menos tempo de trabalho. As aldeias e as cidades passaram a produzir mais do que necessitavam para a sua sobrevivência. Por essa razão, desenvolveu-se o comércio interno e externo nessas comunidades. Para realizar esse comércio, surgiram os mercadores.

No final do Neolítico, descobriu-se a metalurgia, que permitiu a confecção de armas e ferramentas mais resistentes. Porém, antes de analisarmos as conseqüências dos metais na economia, vamos falar de suas implicações no pensamento humano. O primeiro metal a ser fundido pelo homem foi o cobre. Depois veio o bronze, que é uma fusão do cobre com o estanho. Já no período da História entre 3000 e 1000 a.C., em diversos lugares, os homens aprenderam a fundir o ferro. A fundição dos metais criou toda uma simbologia e mitologia em torno deles, com destaque para os ritos referentes ao ferro. As populações pré-históricas, desde os tempos do Paleolítico, conheciam o ferro na forma de meteoritos que haviam caído na Terra. Tratavam-no como pedra, que lascavam ou mesmo poliam para produzir ferramentas. Tinham como verdade que era uma pedra celeste, mesmo quando passaram a utilizar os minerais ferrosos da superfície da terra. Nesse tempo, o ferro era usado para rituais religiosos.

Ao contrário do cobre e do bronze, a metalurgia do ferro difundiu-se rapidamente, pois as jazidas eram ricas e fáceis de ser exploradas. A rápida difusão do ferro teve conseqüências religiosas importantes. Os homens acreditavam que o ferro crescia nas cavernas e minas, da mesma forma que as plantas cresciam no solo. As cavernas e minas foram comparadas à mãe-terra sagrada dos agricultores. Os minérios eram considerados embriões que, se fossem deixados nas minas, iriam amadurecer e desenvolver-se, embora lentamente. Os mineiros os retiravam da ter que era sagrada. Por isso, tinham de praticar rituais religiosos de purificação, de meditação e oração.

Os ferreiros enviavam o minério aos fornos para fundi-lo. Essa operação era a mais difícil e temerária. O artesão substituía a mãe natureza para acelerar e completar o amadurecimento do metal. Por isso, os ferreiros tinham de observar uma série de precauções, tabus e ritos. Durante certo tempo, tinham de jejuar e manter-se castos, entre outras coisas. Eram considerados os senhores do fogo, porque através dele transformavam o minério.

O ferro permitia a construção de ferramentas para a produção de alimentos e de espadas para matar. Contribuía, portanto, para a vida e para a morte, para o bem e para o mal. Esses atributos associados ao metal, nas civilizações da Antiguidade, foram também atribuídos aos ferreiros, que eram respeitados e temidos da mesma forma que os chama (videntes), curadores e mágicos. Com o ferro foi possível também aumentar a produtividade do trabalho e liberar ainda mais os homens da dependência da natureza. Ao contrário da pedra, o ferro podia ser moldado pelo processo de fusão. Isso permitiu a produção de ferramentas mais fortes, resistentes, duráveis e mais adaptadas ao trabalho do que os artefatos de pedra, melhorando a produtividade da agricultura, do pastoreio e do artesanato. Tornou-se viável a construção de armas mais resistentes, permitindo a formação de exércitos poderosos e Estados militaristas, que se expandiram, dominaram novos territórios e exploraram os povos vencidos.

Fonte: Click Escolar,