3.6.12
Malta
Por Emerson Santiago
A República de Malta (Repubblika ta’ Malta, em maltês) é um estado independente, composto por 21 pequenas ilhas localizadas no mar Mediterrâneo, sendo que as três maiores ilhas são as únicas habitadas – Malta, Gozzo (Ghawdex) e Comino (Kemmuna). O país localiza-se próximo ao litoral da Tunísia e da ilha italiana da Sicília. Sua capital é Valetta, que tambèm é uma das mais importantes cidades, ao lado de Sliema e Birkirkara. Com 316 km² de área, tamanho de um município médio brasileiro, é um dos menores países da Europa, com uma população de cerca de 417.608 habitantes, cuja religião é a católica (98%), oficial de acordo com a constituição. As línguas oficiais são o maltês, (idioma com raízes no árabe, fortemente influenciado pelas líguas do sul da Itália), e o inglês, devido à colonização britânica.
Habitada desde tempos pré-históricos, Malta foi ocupada primeiro pelos fenícios, que foram os responsáveis por batizar a ilha maior por “Melita”, forma original do atual nome do país. Posteriormente, romanos, árabes, normandos, os Cavaleiros Hospitalários e os britânicos têm influenciado a vida de Malta e de sua cultura em diferentes graus.
Malta foi um importante centro de culto da mãe-terra por volta do quarto milênio a.C. Pesquisas arqueológicas indicam que desenvolveu-se um centro religioso nas ilhas, anterior a construções similares na Suméria e Egito. A história escrita de Malta começa bem antes da era cristã, com os fenícios, e mais tarde com os cartagineses, que ali estabelecem portos e assentamentos comerciais. Durante a Segunda Guerra Púnica (218 a.C.), torna-se parte do Império Romano. Em 533 passa ao controle bizantino e em 870 é conquistada pelos árabes. Em 1090, aventureiros normandos ocupam Malta, que a vendem e revendem a vários líderes feudais, até que Carlos V da Espanha cede a soberania de Malta aos Cavaleiros Hospitalários, que haviam sido expulsos da ilha grega de Rodes pelos turcos otomanos. Ali construíram cidades, palácios, igrejas, jardins, e fortificações, embelezando-a com numerosas obras de arte. Em 1565, Suleiman, o Magnífico, lança o histórico cerco a Malta. Por vários meses, os cavaleiros e a população maltesa resistem heroicamente contra uma das grandes potências militares da época, terminando por vencê-los.
Ao longo dos anos, o poder dos Cavaleiros decai, e seu domínio sob Malta termina com uma rendição pacífica a Napoleão em 1798. Nos dois anos seguintes, a população local resiste à dominação francesa, conseguindo expulsá-los com a ajuda dos britãnicos. Em 1814, os malteses voluntariamente tornam-se súditos do Reino Unido. Durante aSegunda Guerra Mundial, Malta estará próxima a vários cenários do conflito, sendo bombardeada fortemente. A independência chega a 21 de setembro de 1964 e o país adere à União Europeia em 2004.
Bibliografia:
Background Note: Malta (em inglês). Disponível em: <http://www.state.gov/r/pa/ei/bgn/5382.htm>. Acesso em: 07 mai. 2012.
Fonte: