10.7.12

Consequências da Revolução Federalista


 
Por Fernando Rebouças

A Revolução Federalista aconteceu a partir do ano de 1893, e em 1895 deixaria profundas marcas no sul do Brasil, mais precisamente, no Rio Grande do Sul, onde havia disputa de poder entre o Partido Republicano Riograndense e o Partido Federalista (contrários à Constituição estadual e à presença de Júlio de Castilhos na presidência do estado).



Os conflitos políticos geraram uma guerra civil que propiciaria cerca de 10.000 mortos e milhares de feridos. Entremaragatos (federalistas) e pica-paus (políticos da situação) havia clima de constante revanche exercida por meio de inúmeras degolas. Em 23 de novembro de 1893, Adão Latorre, do grupo dos maragatos, teria degolado 300 políticos do grupo pica-paus às margens do Rio Negro.

Posteriormente, os pica-paus respondem por meio de Xerengue que decolou um número maior de degolas de seguidores dos maragatos, as degolas eram similares aos praticados com bois e ovelhas, feita à faca fria, muitas vezes realizadas após castração da vítima. Cada degola era efetuada por vingança ao que era realizado pelo inimigo.

Segundo especialistas militar, a degola expressava a incapacidade de manter presos políticos alimentados e vigiados, ambos os lados lutavam com poucas condições para manutenção de tropas, prisioneiros e munições. A execução por meio da degola era uma alternativa para poupar munição e armas.

Dentre outras consequências, um fato merece atenção. Um brigada comandada por João Meneses Dória, em 17 de janeiro de 1894, seguia para a estação da Serrinha, tomaram a responsabilidade de responder os telégrafos no lugar das tropas legalistas de Lapa, avisando que os rebeldes estavam indo em direção à Curitiba, que logo entraria em pânico.

As tropas legalistas abandonaram Curitiba, e logo seria governada pelo barão do Serro Azul. A população local solicitou que o barão Serro Azul fizesse um acordo com os revolucionários para evitar transtorno e violência, no entanto, Curitiba se tornaria numa “Comissão para Lançamento do Empréstimo de Guerra” para arrecadar fundos para os rebeldes em troca de proteção. Porém, o acordo com os rebeldes foi considerada uma traição pelos políticos da situação. O barão de Serro Azul logo seria preso no quartel da primeira divisão. Apesar de diversos políticos do Paraná ter exigido sua libertação, o general Everton de Quadros ordenou s execução do barão.

Depois de terminada a revolução, o barão de Serro Azul foi considerado um traidor histórico, sendo seus atos banidos da história do estado do Paraná, porém, a partir de uma investigação nos anos 1940 e 1950, foi publicada uma biografia, sob o título “O Barão de Serro Azul”, conseguiram comprovar a boa intenção do barão de Serro Azul em evitar mortes e destruição de lares no período de conflitos.

Referência:
http://www.chasquedoconhaque.com.br/chasque/?p=4554




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