Por Emerson Santiago
A armadura é a vestimenta destinada à proteção pessoal em uma batalha. O equipamento já estava em pleno uso antes da Idade Média europeia, mas, através dos filmes, livros e música, as armaduras medievais se tornaram provavelmente a versão mais famosa deste aparato bélico.
No início de seu desenvolvimento, tais armaduras eram muito mais leves e simples, acumulando, com o passar do tempo, vários outros acessórios, o que acabou por torná-las consideravelmente pesadas, algo em torno de 30 quilos para as mais elaboradas. São exatamente estas que costumam povoar o imaginário popular, mas eram reservadas a reis e príncipes, pois eram demasiado caras, e portanto, menos utilizadas. O soldado raso geralmente utilizava simples coletes de couro e peles.
O tipo básico de armadura era a chamada armadura de malha, que trazia interessantes conceitos. Formada por milhares e milhares de pequenos anéis de ferro interligados sem solda ou rebite, e que envolvia o combatente dos pés à cabeça, ela era eficiente para prevenir cortes e arranhões, e permitia uma liberdade de movimentos maior do que os outros tipos mais complexos. A armadura de malha era composta de hauberk, uma túnica que descia até os joelhos, com mangas compridas terminadas em mitene (luvas), incorporando às vezes um capuz, também de malha, além da coifa (capuz), calças, manto (peça para proteger o pescoço, ombros, parte superior do peito e das costas) e camal, peça semelhante ao manto. Este tipo de armadura era também muito utilizado no Japão Feudal.
O tipo seguinte era a armadura de cota de placas, cujo reforço está rebitado do lado de dentro de uma cobertura de pano ou couro. Surgida em meados do séc. XIII (embora já usada desde a segunda metade do século XII pelos cruzados), esta armadura foi projetada para impedir um superaquecimento da malha sob o sol e também para evitar sujeira e ferrugem. Ela era composta de uma sobrecota reforçada, uma espécie de poncho largo sem mangas descendo até os joelhos. Este modelo seria aperfeiçoado, por volta do século XIV, tornando-se o chamado gibão de placas, que consistia num colete, geralmente de couro, em cuja parte interna se afixavam as placas. Vestido por sobre a cota de malha, este ficava oculto sob a sobrecota.
Por fim, o modelo de armadura popularmente conhecido, era a “armadura de placa”. O termo na verdade abrange uma enorme família de armaduras, pois qualquer peça que possa ser descrita como composta de uma ou mais placas de metal sem qualquer tipo de cobertura ou forro para uni-las pode se encaixar nesta classificação. Estas peças também são referidas como armaduras brancas pelo fato do metal estar exposto e reluzir a luz do sol. Tais peças surgiram por volta do século XIII, e possuíam um elmo, couraça, grebas (para a parte inferior da perna), manoplas, espaldar (para os ombros), braços, pernas e escarpe, para os pés.
Bibliografia:
Armaduras. Disponível em: <http://www.armaduras.com.br/armaduras.php>. Acesso em: 12 ago. 2012.
Foto: http://echomon.co.uk/medieval-armor-and-weapons-pictures/
Fonte: