16.12.13

Espártaco desafia Roma


Em Cápua, 74 gladiadores fugiram munidos de facas de cozinha. Poucos anos depois, eles se transformaram no pior pesadelo da República romana. Por que se tornaram tão poderosos em tão pouco tempo?

Texto Eduardo Szklarz | Ilustração Jhonata Alves


Roma estava alarmada em 72 a.C. A poderosa metrópole de 1 milhão de habitantes, que esmagava exércitos inimigos por toda a costa do Mediterrâneo, não sabia como deter uma simples revolta de escravos. O núcleo da rebelião era formado por 74 prisioneiros que haviam fugido de uma escola de gladiadores (ludus) em Cápua, no sul da Itália. E em dois anos o bando se agigantou: agora já eram uns 60 mil escravos que espalhavam o terror na península. Os revoltosos impunham derrotas humilhantes às legiões romanas, armados com espadas, lanças, adagas, arados e o que mais pilhavam pelo caminho. O líder da turba era um mestre das táticas de guerrilha, que exibia um capacete de bronze como todo gladiador de sua categoria. Seu nome: Espártaco.

Aquela não foi a única e nem mesmo a mais longa revolta de escravos da Antiguidade. Mas sem dúvida foi a mais famosa. Hoje, 2 mil anos depois, Espártaco sobrevive na cultura popular como símbolo da luta contra a opressão. Nisso ele se parece com Che Guevara - um nome que todo mundo conhece, mas que poucos realmente sabem quem foi. O fascínio pelo gladiador rebelde tem crescido desde o filme Spartacus (1960), dirigido por Stanley Kubrick e estrelado por Kirk Douglas, mas sua fama já vinha de antes. Voltaire, um dos expoentes do Iluminismo, escreveu numa carta em 1769 que sua rebelião era "uma guerra justa, de fato a única guerra justa da história".

Quem foi Espártaco? Por que ficou tão conhecido quanto Júlio César, embora não saibamos nem ao menos seu verdadeiro nome?




De soldado a gladiador

"Espártaco continua sendo um enigma. Não deixou nada registrado, e seus seguidores tampouco escreveram alguma coisa", diz o historiador americano Barry Strauss no livro The Spartacus War ("A Guerra de Espártaco", inédito no Brasil). As narrativas sobre ele vêm de autores gregos e romanos que deram o ponto de vista dos nobres, não dos escravos. Gente como Plutarco (c.46-120), Apiano (c.95-165) e Floro (c.74-130), cujos relatos são curtos e escritos mais de 200 anos após a revolta. "Mesmo assim, os documentos não deixam dúvida: Espártaco era real", afirma Strauss.

O termo latim Spartacus vem do grego Sparadakos, algo como "Famoso por sua espada". As fontes concordam que nosso herói era um trácio - oriundo da Trácia, que hoje corresponderia a partes da Bulgária, Grécia e Turquia. Segundo Apiano, ele serviu no exército romano, virou prisioneiro e depois escravo. Já Floro diz que Espártaco era um soldado que desertou, tornou-se bandido e foi então vendido como gladiador. Em geral, gladiadores eram escravos que haviam cometido crimes. Ser enviado a uma ludus, portanto, era uma punição comum para um cativo. Mas Plutarco diz que Espártaco foi enviado à escola de Cápua sem ter cometido crime algum - o que teria motivado ainda mais sua revolta.

"A ideia de que Espártaco serviu no exército de Roma pode indicar uma tentativa romana de explicar por que foi tão bem-sucedido. Afinal, ele teria aprendido com as tropas suas técnicas militares", diz a historiadora Theresa Urbainczyk, professora de história clássica na University College Dublin, na Irlanda. "Mas eu diria que, se ele de fato combateu nas fileiras romanas, então Roma saberia como derrotá-lo. Foram seus planos pouco convencionais que, em boa parte, levaram ao seu sucesso."

Seja como for, o fato é que em 73 a.C. Espártaco vivia confinado na ludus de Cápua, a 16 km de Nápoles. E como todo gladiador, ele pertencia ao estrato mais baixo da sociedade - comparável ao das prostitutas. "Gladiador era sinônimo de sexo, violência e morte na Roma antiga", diz Urbainczyk, lembrando que em latim gladius significava tanto "pênis" quanto a espada curta que esses guerreiros usavam. Os combates no anfiteatro tinham um valor simbólico: representavam a consolidação do poder romano sobre as demais nações e a natureza.

Leões, elefantes e outras feras faziam parte da exibição dos gladiadores, onde brutamontes seminus morriam para o regozijo da multidão alvoroçada. Alguns poucos se tornavam bem populares, tal qual um Messi da época (leia quadro na pág. 44). Podiam até mesmo ganhar um belo dinheiro, mas sua condição social continuava ultrajante. Arriscavam a vida em cada embate para que o público se divertisse. E não passavam de escravos como qualquer outro. Assim, ao treinar e capacitar esses combatentes sanguinários, sem vínculos com a sociedade, Roma acabou fazendo-lhes um favor. Espártaco e seus companheiros aprenderam em Cápua as melhores técnicas para o manejo de armas. E naquele 73 a.C., eles decidiram que era hora de lutar pela própria liberdade.



Facas de cozinha

Lentulus Batiatus quase desmaiou ao saber da notícia. Ela era o dono da escola de Cápua e não podia acreditar que seus 74 gladiadores haviam escapado da ludus munidos apenas de facas e espetos de cozinha. "Talvez o plano original fosse mais elaborado, já que utensílios domésticos não pareciam adequados para enfrentar os soldados que vigiavam esses lutadores profissionais", diz Urbainczyk. "Mas a sorte estava do lado rebelde." Uma vez fora da escola, os insurgentes confiscaram uma carroça cheia de escudos, espadas e armaduras e se dirigiram ao sul, rumo ao vulcão Vesúvio - que estava calmo naquele ano (só entraria em erupção em 79, dizimando Herculano e Pompeia). Acamparam num platô da cadeia montanhosa, a 1 100 metros de altitude, e ali escolheram três líderes: Espártaco (o principal), Crixus e Oenomaus. Segundo Plutarco, o grupo era formado sobretudo por gauleses, trácios e germanos - todos "bárbaros" aos olhos de Roma. E ali mesmo no Vesúvio eles derrotaram os soldados que chegaram de Cápua para detê-los, apoderando-se de suas armas.

Roma então colocou o pretor (magistrado) Gaio Claudio Glabro com 3 mil soldados no encalço dos rebeldes. Gaio montou guarda ao pé do Vesúvio, esperando rendê-los quando descessem para buscar água e comida. Mas eles baixaram rapidamente por uma encosta coberta de vinhedos e surpreenderam os romanos pela retaguarda, botando-os para correr. Espártaco também usou ataques-surpresa para fustigar as tropas de outro pretor, Publius Varinius, que teve o cavalo capturado e quase não saiu vivo da missão. Com a vitória sobre Varinius, a fama de Espártaco ecoou por toda a Itália.

A revolta cresceu nos meses seguintes. Espártaco libertou escravos rurais do sul da Itália, e até mesmo homens livres se uniram ao bando. Os rebeldes se equipavam com adagas e punhais que roubavam de viajantes e pilhavam as provisões dos latifúndios que invadiam. "O que começou como um motim de 74 homens armados com espeto e cutelos se transformou numa revolta de milhares. Um ano depois, a força contaria com cerca de 60 mil soldados rebeldes", diz Strauss. Era gente à beça. Segundo o autor, a tropa rebelde equivalia a 4% da população de escravos da Itália (1,5 milhão). "Para ter uma ideia, a rebelião de Nat Turner nos EUA, em 1831, só reuniu 200 dos 4 milhões de escravos americanos [ou 0,005%]", afirma.

Além das técnicas de gladiador e da provável experiência no exército romano, Espártaco levava consigo a herança da Trácia, onde a guerra era a profissão mais honrada para um homem. Os trácios eram ases da cavalaria e da guerra de guerrilhas: usavam armaduras leves e praticavam táticas de "ataque e fuja", que deixavam o pesado exército romano vulnerável. Roma se limitava à estratégia de contrainsurgência. Tentava localizar, isolar e erradicar um inimigo que evitava confrontos diretos e preferia emboscadas.

"As antigas fontes descrevem Espártaco como um homem de paixão, sedento de liberdade e vingança. No entanto, suas ações contam uma história diferente: ele não era cabeça-quente, e sim um homem de emoções controladas", diz Strauss. "Era um político que tentava manter unida uma coalizão que todo o tempo ameaçava sair de seu controle." Mais: Espártaco sempre dividia a comida e as armas de maneira equitativa, o que contribuiu para sua enorme popularidade.


Fugitivo ou revolucionário?

Revoltas de escravos não eram novidade na Itália, mas costumavam ser pequenas e restritas. As duas anteriores que alcançaram a dimensão de guerras - por volta de 135-132 a.C. e 104-100 a.C. - haviam se limitado à Sicília. Mas desta vez era diferente: os escravos guerreavam no coração da Itália continental e ameaçavam até mesmo atingir Roma. Além disso, eram liderados por gladiadores. Ok, mas qual era o real objetivo de Espártaco? Ele buscava acabar com a escravidão no Império Romano? Essa questão divide os especialistas. Segundo o arqueólogo americano Darius Arya, CEO do Instituto Americano para a Cultura Romana, Espártaco não queria mudar a sociedade da época. "Ele não foi um sujeito como Martin Luther King [líder do movimento pelos direitos civis dos negros nos EUA]. Essencialmente, o que Espártaco queria era sair de Cápua e se ver livre do controle romano", diz Arya. "Mas também é certo que ele libertou muitos escravos, ficou famoso no sul da Itália e gerou medo entre os proprietários de terras."

Urbainczyk diz que nunca saberemos a real intenção de Espártaco. Portanto, seria apressado negar que ele desejava abolir a escravidão ou que fosse um revolucionário. "Ao analisar as rebeliões de escravos da Antiguidade, notamos que as visões das pessoas mudam à medida que lutam - elas começam a repensar sobre o que querem, mesmo que no início apenas desejem se vingar ou escapar. E não há nenhuma dúvida de que Espártaco conduziu uma revolta de escravos", afirma.

O trajeto dos rebeldes também intriga os estudiosos. Ao deixar o Vesúvio, eles rumaram para o sul da península, cruzaram para a costa leste e dali seguiram para o norte até os Alpes - um percurso de quase 500 km, combatendo as forças romanas. Se Espártaco desejasse apenas se ver livre dos antigos amos, teria fugido da Itália. No entanto, após atingir os Alpes ele misteriosamente deu meia-volta. Passou perto de Roma sem atacá-la (se houve um plano, foi abortado) e assentou a tropa no sul do país.

Em toda essa jornada, o apoio das províncias italianas foi fundamental para o sucesso da guerrilha. Isso porque Roma inspirava um crescente ressentimento em todas elas. Como a metrópole não podia recrutar soldados romanos suficientes para suas expedições militares, geralmente recorria a tropas aliadas. Mas os italianos, embora devessem prover soldados para lutar por Roma, não tinham voz nas decisões políticas nem desfrutavam de sua riqueza. "Os italianos ficaram felizes ao permitir que um inimigo de Roma passasse por seu território", diz Urbainczyk. "Isso ajuda a explicar por que o exército de Espártaco sobreviveu por tanto tempo."

A sociedade romana ficava numa sinuca de bico quando estourava uma rebelião de escravos, pois dependia deles para funcionar. Cada família estava rodeada de escravos em cada minuto do dia, às vezes dezenas deles. Guerras contra escravos eram diferentes: ao matá-los, os romanos destruíam sua própria riqueza e a perda era imensa. Talvez por isso Roma demorou tanto para reagir de forma contundente à revolta dos gladiadores comandados por Espártaco.


A hora da verdade

Depois de mais de dois anos de luta, o poder de Espártaco já representava uma grande ameaça à estabilidade de Roma. Suas tropas haviam derrotado os exércitos de dois pretores e dois cônsules com relativa facilidade. O grupo rebelde crescia a cada dia, atraía novos escravos e gerava temor dos Alpes até o sul da península. "Com medo, os proprietários de terra romanos estabeleceram uma antiga lei: se descobrissem que um escravo planejava matar a família que o possuía, dez outros escravos seriam mortos", diz Arya.

Como se não bastasse, Roma enfrentava duros combates nas fronteiras de seus domínios. Um deles era contra o rei Mitrídates VI, da Ásia Menor (atual Turquia), cujas tropas resistiam por 15 anos. Na Hispânia (Península Ibérica), o general romano Quintus Sertorius tinha trocado de lado e liderava um regime separatista com apoio dos habitantes locais. Ao mesmo tempo, nas costas da Ilha de Creta, no atual litoral grego, a marinha romana combatia piratas que saqueavam seus barcos. Roma derrotou todos esses desafios. Mas faltava dar cabo de Espártaco.

Assim, em 73 a.C., o Senado convocou o nobre Marcus Lissinius Crassus para esmagar de vez a revolta. Crassus reuniu 8 legiões romanas, quase 40 mil homens, e marchou para o sul da Itália. A missão começou mal: Crassus mandou o general Mummius com duas legiões para a retaguarda de Espártaco e ordenou que aguardasse novas ordens. Mas Mummius decidiu atacar e foi derrotado. Para evitar novas desobediências, Crassus impôs o método do decimatio: com a tropa dividida em grupos de dez, um homem era sorteado para ser espancado até a morte pelos outros nove.

Foi uma punição brutal, mas depois dela Crassus começou a ganhar as batalhas e empurrou o bando de Espártaco até a região da Lucânia, bem ao sul da Itália. Ali, parte dos rebeldes desertou e foi atacado por Crassus, mas Espártaco veio em socorro e repeliu os romanos. No entanto, a derrota da rebelião era questão de tempo. O general estava decidido a desbaratar o grupo, pois tinha um motivo pessoal para isso: a concorrência com o general romano Pompeu, que estava com o prestígio em alta após sufocar o regime separatista de Sertorius na Hispânia. Crassus precisava derrotar o gladiador antes que Pompeu retornasse à Itália, para não correr o risco de o general rival lhe roubar a vitória.

Acuado, Espártaco também aplicou métodos de punição. Segundo Apiano, ele crucificou um prisioneiro para mostrar a seus homens o destino que teriam se perdessem ou desobedecessem. Não há detalhes sobre os embates, mas sabemos que Crassus fez a tropa rebelde retroceder até o extremo sul da Itália, onde desferiu o golpe final. "Espártaco foi ferido, mas lutou até morrer. Tantos rebeldes foram mortos que não foi possível contar seus corpos", diz Urbainczyk. "Os romanos perderam cerca de mil homens - menos do que Crassus teria perdido se fizesse outro decimatio entre sua tropa."

Depois de Espártaco, os romanos tomaram precauções para evitar novas rebeliões desse tipo. Reforçaram medidas de segurança nas escolas de luta, por exemplo. Mas os gladiadores não saíram de cena. Ao contrário: na era imperial (27 a.C.-476 d.C.), os jogos se tornaram ainda mais exuberantes. Era preciso mostrar na arena que Roma ainda mantinha o maior poder militar da Terra.


Craques da arena

Esqueça os embates selvagens dos filmes de Hollywood. Os jogos dos gladiadores não eram um banho de sangue gratuito, e sim superproduções cuidadas nos mínimos detalhes, com direito a árbitros, aquecimento e fiscalização das armas. Pelo menos é o que afirma o historiador Alfredo Mañas, da Universidade de Granada, na Espanha, em seu recente livro Gladiadores, el Gran Espetáculo de Roma (inédito no Brasil). Segundo Mañas, alguns gladiadores ganhavam fortunas - como Lionel Messi ou Mike Tyson. Os mais famosos raramente eram mortos em combate, mesmo que perdessem. "Seria como matar Messi por perder um jogo ou Tyson por cair no ringue", diz o historiador.

Mañas também afirma que houve algumas mulheres gladiadoras. Ele concluiu isso ao analisar uma estátua de bronze de 2 mil anos que integra o acervo do Museu de Artes e Ofícios de Hamburgo, na Alemanha. A estátua retrata uma mulher de peito desnudo que segura um artefato curvo. Como ela apanha o objeto com a mão levantada e olha para o chão, num típico gesto de vitória dos romanos, Mañas concluiu que não se trata de um artefato de higiene, e sim de uma arma - talvez uma sica usada por Espártaco.

A historiadora Theresa Urbainczyk concorda com Mañas, mas lembra que essas foram inovações feitas no período imperial, ou seja, a partir do ano 27. Sob o imperador, os escravos romanos podiam se tornar muito ricos e possuir escravos também. "A revolta de Espártaco ocorreu durante os anos 70 a.C., portanto ainda no final da República. E não há evidência de nenhum aspecto glamouroso dos gladiadores nessa época", diz ela. "Mesmo se usarmos a analogia dos jogadores de futebol hoje, há de fato alguns milionários como Messi, mas a imensa maioria dos atletas atuais levam uma vida sem riqueza e ostentação."

Thraex x Murmillo

Espártaco era provavelmente um gladiador da categoria thraex ("Trácio"), típica de homens ágeis que levavam armamento leve. Ele lutava descalço ou de sandália e com o peito descoberto, mostrando as tatuagens que trácios como ele (originários da Trácia, atual Bulgária) exibiam no corpo. Em geral, um thraex combatia um oponente de cada vez, e de outra categoria. Os adversários mais comuns eram os murmillos ¿ lutadores pesadões que carregavam entre 16 e 18 kg de armas e apetrechos na arena. No combate entre esses gladiadores, o ruído que mais se ouvia era o dos escudos chocando-se entre si. Veja os principais equipamentos de cada um.


Thraex

- Espada curva (sica) com uma lâmina de até 45 cm.

- Capacete de bronze protegido com visor e adornado com um grifo (animal mitológico que aludia à divindade da Trácia).

- Uma espécie de tanga de lona, o subligaculum

- Braçadeira de metal ou algodão (manica) no braço que empunhava a espada

- Pequeno escudo arredondado ou quadrado (parmula)


Murmillo

- Capacete de bronze protegido com visor, adornado com uma crista.

- Escudo grande e retangular com pontas arredondadas (scutum)

- Tanga de lona (subligaculum) com cinto grosso

- Braceletes e tornozeleiras.

- Espada com uma lâmina larga e reta (gladius), com cerca de 50 cm.


Admiradores de Espártaco

O líder rebelde cativou revolucionários, artistas e políticos - comunistas ou não

O escritor norte-americano Howard Fast, autor do livro que deu origem ao filme Spartacus (1960), foi preso por suas ideias de esquerda em plena era de caça às bruxas nos Estados Unidos, conhecida como McCartismo. Mas Fast não foi o único socialista a admirar Espártaco. Karl Marx viu no gladiador um modelo para a revolução proletária. E, em 1916, Rosa Luxemburgo, Karl Liebknecht e outros marxistas alemães fundaram a Spartakusbund (Liga Espártaco), que se opunha à entrada da Alemanha na Primeira Guerra. Já o compositor soviético Aram Khachaturian batizou de Spartacus um de seus balés, e com ele ganhou em 1959 o Prêmio Lênin, um dos mais prestigiosos da União Soviética.

"Diversos revolucionários não comunistas também admiravam o gladiador. Foi o caso de Toussaint Louverture, o herói da Revolução Haitiana - talvez a única revolução de escravos bem-sucedida da história", diz Barry Strauss. Giuseppe Garibaldi, um dos líderes da unificação da Itália e revolucionário no Rio Grande do Sul, escreveu o prefácio do romance Spartacus, de Raffaello Giovagnoli, que foi traduzido ao hebraico pelo militante sionista Vladimir Jabotinky. Até mesmo Ronald Reagan, o presidente conservador norte-americano, citou Espártaco como exemplo de sacrifício e de luta pela liberdade.

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