3.6.20
José Bonifácio
Nascimento: 13 de junho de 1763, Santos, São Paulo.
Falecimento: 6 de abril de 1838, Niterói.
Época: Arcadismo ou Neo-Classicismo
José Bonifácio – História
José Bonifácio é considerado um dos promotores da independência do Brasil.
Depois de fazer uma excursão científica de vários anos na Europa, dava aulas de mineralogia na Universidade de Coimbra, ao mesmo tempo ocupou vários cargos que mostravam sinais de grande capacidade.
Sua primeira dedicação política ocorreu durante a invasão francesa de Portugal, que se opôs ativamente, mesmo com armas.
Depois de alguns anos em que retomou seu trabalho acadêmico, ele retornou à sua terra natal a partir da qual participou tão proeminentes no processo de independência do Brasil.
Exilado durante seu exílio foi então dedicado à literatura. Por um breve tempo ele era guardião do emperador-nino Pedro II.
Alguns dizem que na história do Brasil, José Bonifácio é o que Thomas Jefferson , Benjamin Franklin, James Madison, e George Washington eram na história dos Estados Unidos, mas todos combinados em uma só pessoa.
José Bonifácio – Vida
José Bonifácio
Político paulista (13/6/1763-6/4/1838).
José Bonifácio de Andrada e Silva nasce em Santos e é um dos homens públicos mais importantes do Império. Ainda criança é enviado a Portugal para estudar em Coimbra e permanece na Europa por 36 anos.
Em Lisboa destaca-se como naturalista, geólogo e metalurgista e funda a primeira cátedra de metalurgia em uma universidade portuguesa.
Retorna ao Brasil em 1819 e elege-se para a bancada brasileira nas Cortes Constitucionais de Lisboa.
Inicialmente não revela intenções separatistas e procura apenas preservar as vantagens conquistadas pelo Brasil desde 1808.
Com a inflexibilidade das cortes, transforma-se em ardoroso defensor da independência, adversário do absolutismo e adepto da Monarquia constitucional. Por influenciar bastante o príncipe regente durante o processo de independência, passa a ser conhecido como “Patriarca da Independência”.
No governo de dom Pedro I é nomeado ministro do Reino e dos Negócios Estrangeiros. Indispõe-se com o imperador durante o processo constituinte e, em 1823, é preso e exilado. Retorna ao Brasil seis anos depois e se reconcilia com dom Pedro I.
Com a abdicação do imperador, em 1831, é nomeado tutor do príncipe herdeiro, dom Pedro II.
Afasta-se da política em 1835 e morre três anos depois, em Niterói.
José Bonifácio – Biografia
José Bonifácio
José Bonifácio formou-se bacharel em Leis e Filosofia Natural em Coimbra (Portugal), no ano de 1787.
Prosseguiu os estudos até 1800, fazendo aperfeiçoamento em Química e Mineralogia com o cientista Lavoisier, entre outros; foi o descobridor de vários minerais novos. Professor de Geognosia da Universidade de Coimbra, criou a primeira cátedra de Metalurgia em uma universidade portuguesa.
Nas duas décadas seguintes exerceu cargos de confiança na Coroa Portuguesa, como desembargador de relações e intendente da polícia.
Ao voltar para o Brasil, foi nomeado encarregado da Pasta de Negócios do Reino e Estrangeiros por D. Pedro I, exercendo grande influência sobre o príncipe regente durante o processo de independência. Em 1923, tornou-se proprietário, editor e colaborador no jornal de oposição O Tamoio; a indisposição para com o Imperador levou-o a ser preso durante a crise política que dissolveu a Assembléia Legislativa. Exilou-se em Bordeaux (França) até 1829; de volta ao Brasil, reconciliou-se com D. Pedro I, que o nomeou tutor de Pedro II e de suas irmãs menores. Publicou sua produção poética no livro Poesias Avulsas, em 1825.
José Bonifácio, um dos homens públicos mais importantes do período imperial, produziu poemas de estética árcade, sob o pseudônimo de Américo Elísio.
De acordo com o crítico José Aderaldo Casteo, “o nome do poeta impõe-se como expressão significativa do seu momento, ilustra muito bem as três primeiras décadas do século XIX no Brasil. Independentemente da atuação do estadista, mas de qualquer forma com ela relacionada, a sua produção poética diz bastante das reações e sentimentos dos brasileiros nos anos que agitaram a consolidação da Independência do Brasil, a partir das radicais transformações determinadas entre nós pelas reformas de D. João VI.”
José Bonifácio – Independência do Brasil
José Bonifácio
José Bonifácio, conhecido como o Patriarca da Independência, teve papel fundamental na preparação e consolidação da Independência do Brasil. Era paulista, nascido em Santos no dia 13 de junho de 1763. Sua família era uma das mais ricas e importantes da cidade. Aos 21 anos partiu para estudar na Universidade de Coimbra, onde se especializou em Mineralogia. Já em 1822, quando ocupava o cargo de ministro de D. Pedro I, era chamado por seus partidários de “Pai da Pátria”, “Timoneiro da Independência”, “o Patriarca”. Em vários jornais e publicações da época era reconhecido como um dos primeiros a protestar contra a política recolonizadora das Cortes, além de um dos líderes da campanha pela permanência do príncipe no Brasil.
José Bonifácio e seus irmãos Antônio Carlos e Martim Francisco, conhecidos como os Andradas, participaram ativamente da vida política brasileira durante os primeiros anos do Governo de D. Pedro I, chegando a ser apontados como os homens mais poderosos do Primeiro Reinado.
Em 1808, quando os franceses invadiram Portugal, José Bonifácio, ao lado dos portugueses, lutou contra o ataque estrangeiro. “Era aos olhos de todos, um bom português, fiel a Portugal e ao Príncipe.” Após a expulsão dos franceses, retomou seu trabalho científico, mantendo-se afastado da política portuguesa.
Em 1819, com 56 anos, José Bonifácio voltou ao Brasil. Por ocasião da formação da Junta governativa em São Paulo, em 1821, foi escolhido vice-presidente. Iniciava-se, então, sua carreira política.
Na época das eleições para as Cortes de Lisboa, conseguiu eleger três dos seis deputados paulistas, liderados por seu irmão Antônio Carlos. Nesta ocasião redigiu o texto “Lembranças e Apontamentos”, que orientaria esses deputados nos trabalhos das Cortes. Esse texto refletia seu pensamento, suas propostas e as idéias que formariam o seu projeto nacional que transformaria o Brasil em um país moderno e civilizado. Assim, defendia a união com Portugal, através da formação de um grande Império luso-brasileiro; recomendava a criação de uma universidade e o aumento de número de escolas; a fundação de uma cidade no interior para ser a sede do governo, visando povoar o sertão; Sugeria, ainda, o desenvolvimento da atividade mineradora, o fim da escravidão, a civilização dos índios e uma reforma agrária, através do confisco e venda das terras improdutivas do governo.
No decorrer do ano de 1821, inúmeras medidas tomadas pelas Cortes não deixavam mais dúvidas quanto aos seus propósitos recolonizadores. No início de janeiro de 1822, José Bonifácio entregou ao príncipe um documento da Junta de São Paulo pedindo que D. Pedro desobedecesse às ordens das Cortes de Lisboa e ficasse no Rio de Janeiro. Nessa ocasião, foi convidado a exercer as funções de ministro de Estado.
Apresentava-se como o homem mais indicado para assessorar o príncipe-regente: era fiel à Monarquia, possuía experiência administrativa e prestígio social e internacional. Em pouco tempo se tornou o homem de confiança de D. Pedro e seu mais importante ministro, representante dos proprietários de escravos e terras do Centro Sul.
Por ocasião do Fico as forças políticas uniram-se.
Afinal, os interesses do Brasil estavam ameaçados pelos constituintes portugueses. No entanto, após a Independência, as divergências e contradições entre os partidos reapareceram. Democratas e aristocratas entraram em choque. José Bonifácio, líder do grupo aristocrata do Partido Brasileiro, desencadeou uma campanha contra os democratas, visando afastá-los de D. Pedro. Os conflitos entre os dois grupos, permitiram que o Partido Português se aproximasse mais do imperador, enfraquecendo o Ministério dos Andradas.
José Bonifácio – Professor
José Bonifácio
José Bonifácio, poeta, professor, orador e político, nasceu em Bordéus, França, em 8 de novembro de 1827, durante o exílio dos Andradas na França, e faleceu em São Paulo, SP, em 26 de outubro de 1886.
É o patrono da Cadeira n. 22, por escolha do fundador Medeiros e Albuquerque.
Advogado, nascido em Barbacena-MG em 1º de maio de 1904, engajou-se no movimento revolucionário em 1930 .
Com a vitória do movimento, foi nomeado prefeito de Barbacena, cargo que ocupou de 1931 a 1934, quando elegeu-se deputado à Assembléia Constituinte de Minas Gerais, após a qual passou a exercer mandato ordinário, assim permanecendo até 1937 quando, com a instauração do Estado Novo, fecharam-se todos órgãos legislativos do país.
Foi opositor de Getúlio Dornelles Vargas (RS) durante todo o período do governo ditatorial, após o qual elegeu-se deputado à Assembléia Nacional Constituinte, continuando a exercer o cargo com mandato ordinário. Foi participante ativo da vida política do país, sendo, inclusive, um dos articuladores do movimento que culminou com a queda do presidente da República, João Belchior Marques Goulart (RS).
Durante sua presidência o Congresso Nacional esteve em recesso de 13 de dezembro de 1968 a 22 de outubro de 1969 (Atos Complementares nºs 38, de 13.12.1968, e 72, de 15.10.1969). Faleceu em 18 de fevereiro de 1986.
José Bonifácio – Político
Filho de Martim Francisco e Gabriela Frederica Ribeiro de Andrade e sobrinho do Patriarca da Independência.
Começou o curso secundário na Escola Militar (1842-45), mas logo abandonou o projeto da carreira de armas, por motivos de saúde. Formou-se em Direito, em 1853, pela Faculdade de São Paulo.
Ensinou como substituto na Faculdade de Direito do Recife (1854-58), vindo a fixar-se depois em São Paulo, onde se consagrou como professor catedrático nas Arcadas paulistas. Fez do ensino eficaz instrumento de pregação liberal, exercendo influência em discípulos como Rui Barbosa, Castro Alves, Afonso Pena, Salvador de Mendonça e Joaquim Nabuco.
Deputado provincial (1860) e geral, por duas legislaturas (1861-68), ministro da Marinha (1862) e do Império (1864) no Ministério Zacarias. Defendeu a descentralização administrativa, os ideais de uma burguesia romântica e progressista e o que, na linguagem parlamentar de então, se dizia a “soberania popular”.
Eleito senador em 1879, foi um dos participantes da campanha abolicionista. Rejeitou, em 1883, a Presidência do Conselho, oferecida por D. Pedro II.
Sua conduta política e seu ininterrupto contato com os discípulos tornaram-no o ídolo de toda a geração emancipadora, a que se filiaram Rui Barbosa, Castro Alves e Joaquim Nabuco.
Enquanto orador, desejou ser a voz de todos os problemas do país: na campanha abolicionista, na oposição liberal e na Guerra do Paraguai.
Em suas manifestações literárias, permaneceu o mesmo retórico apaixonado.
Sua maneira de poetar, manifesta em Rosas e goivos, publicado em 1848, coincide com o Romantismo extremado e juvenil que cultivavam seus colegas de Academia: Álvares de Azevedo, Bernardo Guimarães e Aureliano Lessa. Oscila entre o byronismo mórbido e quase irônico de Álvares de Azevedo e a oratória condoreira de Tobias Barreto e Pedro Luís.
Se os historiadores literários o colocam entre os “poetas menores” do Romantismo, os que conviveram com ele testemunham o halo de respeito que o circundava. No dia seguinte à sua morte, ocorrida subitamente, em São Paulo, Joaquim Nabuco chamou-lhe “a mais nobre, a mais pura, a mais alta individualidade do nosso país”. E Rui Barbosa exaltou-o como guia supremo da última geração, situando-o na esfera da política e da oratória, onde a História o colocou; não entre os autênticos poetas, mas entre os homens de pensamento e de ação.
Obras: Rosas e goivos, poesia (1848): Memória histórica da Faculdade de Direito de São Paulo (1859); Discursos parlamentares (1880); Poesias, texto organizado e apresentado por Alfredo Bosi e Nilo Scalzo (1962).
Em Antologia Nacional, de Fausto Barreto e Carlos de Laet – Livraria Francisco Alves 8ª Edição, 1918.
José Bonifácio de Andrada e Silva é vulgarmente cognominado o Segundo ou o Moço, para diferençar-se do seu tio e homônimo, patriarca da nossa Independência. Estudou primeiramente a Matemática na antiga Escola Militar do Rio, depois o Direito em São Paulo, onde se formou.
Foi provido numa cadeira jurídica da Faculdade do Recife, e, tendo encetado a sua carreira parlamentar na Assembléia Provincial de São Paulo, em 1860, chegou a senador, e foi ministro de estado duas vezes, numa das quais apenas sete dias. Depois recusou a presidência do Conselho.
Pelejou sempre nas fileiras do Partido Monárquico liberal, mas era o seu liberalismo avesso a todas as paixões demagógicas. Odiava o sangue e trajava a túnica alvíssima das mais generosas utopias.
Grandes foram os seus triunfos oratórios, pelo brilho da frase e arrojo das imagens, nem lhe faleceram estas qualidades em muitas produções poéticas. De alguns de seus discursos fez-se interessante volume.
José Bonifácio – Político brasileiro
José Bonifácio
Oriundo de uma família da aristocracia portuguesa, forma-se na Universidade de Coimbra em Filosofia Natural (1787) e em Leis (1788).
Especializa-se em Mineralogia e Minas e, ainda jovem (1789), assume funções importantes na Academia das Ciências de Lisboa, onde é admitido como sócio.
Entre 1790 e 1800, na sua qualidade de mineralogista, viaja por diversas cidades europeias por encargo do governo português. Em 1801 ocupa na Universidade de Coimbra a cátedra de Mineralogia, e é depois nomeado intendente-geral das Minas e Metais do Reino. Durante as invasões francesas combate o inimigo e atinge o posto de tenente-coronel.
Regressa ao Brasil em 1819. Como um dos elementos de confiança de D. Pedro, apoia o movimento independentista. Assim, é por este encarregado de organizar o primeiro ministério do novo Estado, fica a chefiar a política interna e externa do País. Por dissidência com o imperador, é afastado dos seus cargos e parte para França (1823). Regressa de novo ao Brasil em 1829, reconcilia-se com D. Pedro que, quando abdica (1831), o nomeia tutor de seu filho, o futuro D. Pedro II.
Em 1833 é destituído deste cargo pelo regente Diogo António Feijó. José Bonifácio de Andrada e Silva abandona então a vida política e passa os seus derradeiros anos na ilha de Paquetá, na baía de Guanabara.
É tido como o verdadeiro arquiteto da independência brasileira, deixa publicado, além de alguns estudos mineralógicos, um volume de Poesias Avulsas (1825).
José Bonifácio – Independência
O início das preocupações com a ecologia e o meio ambiente no Brasil foi marcado formalmente pelo chamado movimento verde, que se deu com os alemães em 1980. No entanto, um século e meio antes, o estadista brasileiro José Bonifácio de Andrada e Silva – cognominado o Patriarca da Independência – já demonstrava preocupação em relação a uma utilização racional do território do país. Ele nasceu em Santos, São Paulo, em 1763, e viveu até 1838.
Em entrevista dada em 2001 à revista Época, o historiador José Augusto Pádua ressaltou a importância de José Bonifácio para as questões ambientais afirmando que, em 1823, ele já previa a falta de chuvas que poderia ocorrer se os montes e as encostas fossem sendo escalvados diariamente, de acordo com palavras do próprio Bonifácio.
Na ocasião o historiador também comentou que, depois da difusão das idéias do Patriarca da Independência, o debate sobre o mau uso dos solos dividiu-se em duas frentes diferentes. Bonifácio era contra o escravismo e dizia que a oligarquia estulta era responsável por reduzir este país fertilíssimo a um estéril deserto.
Uma das correntes, herdando os ideais de Bonifácio, era a do anti-escravismo, cujos principais nomes eram os abolicionistas Nicolau Moreira, Joaquim Nabuco e André Rebouças.
Já a outra frente, apesar de condenar o uso mal feito dos solos, evitou se mostrar contra a escravidão, com o objetivo de não desagradar dom Pedro II. Muitos desses autores, como o botânico Francisco Freire Alemão, eram próximos do imperador.
Patriarca da Independência
Bonifácio era formado em Direito Civil e em Filosofia pela Faculdade de Coimbra, em Portugal. Foi membro da Academia de Ciências de Lisboa. Passou 36 anos na Europa se especializando em áreas como mineralogia, siderurgia, química e metalurgia. Voltou para o Brasil em 1819, quando iniciou sua participação em movimentos políticos. Em 1821 tornou-se vice-presidente da Junta Governativa de São Paulo. Entre suas idéias, sempre consideradas avançadas para a época, estavam não só a defesa da reforma agrária, a preservação das matas e rios e o fim da escravidão como a defesa dos direitos de voto para os analfabetos.
Ele foi o primeiro brasileiro a ocupar um ministério, o do Reino, em janeiro de 1822. Tornou-se, junto a Dom Pedro, o principal obreiro da Independência. No entanto, em 1823 – quando ocupava a Pasta do Império – com seu irmão Martim Francisco, começou a se afastar dos Conselhos da Coroa e a se opor a D. Pedro I. Foi eleito para a Assembléia Constituinte de 1823, ano em que teve sua prisão e deportação para a Europa ordenadas pelo imperador.
Tendo voltado ao Brasil em 1829, foi residir na Ilha de Paquetá, de cujo retiro saiu apenas para assumir a cadeira de Deputado pela Bahia, como suplente, nas sessões legislativas de 1831 e 1832.
Reaproximou-se de D. Pedro I que, ao abdicar da Coroa em 1831, o indicou para tutor de seu filho – o futuro Dom Pedro II. Foi destituído da tutoria, pela Regência, em setembro de 1833. Ficou em prisão domiciliar até 1835, quando terminou o processo-crime instaurado contra ele por conspiração e perturbação da ordem pública.
Fonte: thebiography.us/br.geocities.com/www.astormentas.com/www.academia.org.br