5.5.16

A Última Ceia

Por Liane Carvalho Oleques


A Última Ceia é uma das obras mais famosas do grande gênio Leonardo Da Vinci, ao lado de Mona Lisa é atualmente uma das obras de arte mais apreciadas do mundo, apesar da deterioração sofrida ao longo dos séculos.Da Vinci começou a pintá-la em 1495 e concluiu, aproximadamente, dois anos mais tarde em 1497. O Mural possui 460 cm x 880 cm e se encontra nas de um salão destinado ao refeitório dos monges do monastério da Igreja de Santa Maria Delle Grazie, em Milão na Itália, podendo ser visitada mediante a compra de um ingresso. Além da deterioração, sofreu todo tipo de agressão como um bombardeio na Segunda Guerra Mundial, até a abertura de uma porta pelos padres do monastério no século XVII. A abertura dessa porta deu-se no meio da pintura fazendo com que os pés de Cristo sumissem. Por pouco a incrível pintura não se perdeu. Hoje se encontra muito distante da ideia original de Da Vinci, em função das diversas vezes que precisou ser restaurada.



A ambiciosa obra encomendada pela Igreja de Santa Maria Delle Grazie retrata o momento em que Cristo aponta seu traidor segundo a passagem bíblica João 13:21. Mesmo representando uma passagem tão intensa da Bíblia, Da Vinci retrata o rosto de Cristo expressando calma e serenidade, mas dá movimento a cena representando os demais apóstolos em alvoroço ao questionarem Jesus sobre o que Ele acabara de afirmar.

Sempre audacioso Leonardo Da Vinci tentou inovar na aplicação de uma nova técnica, não obtendo muito sucesso. Na técnica de afresco tradicional a tinta é aplicada diretamente sobre o reboco úmido, no entanto Da Vinci preferiu usar a tinta sobre a superfície seca. O resultado dessa técnica foi desastroso, a pintura antes mesmo de ser terminado já estava começando a dar sinais de deterioração.

A obra foi projetada em perfeita simétrica. O rosto de Cristo ocupa o centro do mural e o centro da extensa mesa. Seu olho direito é o ponto de fuga da perspectiva por onde convergem todas as linhas. Ao lado de Jesus na mesa encontram-se os 12 apóstolos, seis em cada lado em grupos de três conectados por gestos e movimentos, aumentando a simetria da cena, juntamente com a disposição das portas e janelas ao fundo. Da Vinci soube captar as mais diversificadas reações psicológicas humanas nos rostos dos apóstolos, bastante diferente das antigas representações desse mesmo tema. Nas versões mais antigas apenas a figura de Judas agitava-se e destacava-se em meio aos tranquilos apóstolos. Outros detalhes também impressionam como o drapeado da toalha e das roupas dos personagens, além dos pratos sobre a mesa.

Muitos mistérios e mensagens subliminares rondam a pintura, o principal deles diz que sentado à direita de Jesus está Maria Madalena, ao invés de João como se acredita.

Referências:
Pinacoteca Caras. São Paulo: Editora Abril, 1998, nº 01.

GOMBRICH, E.H. A história da arte. Rio de Janeiro: LTC, 2013.

De volta, o esplendor da Última Ceia. Disponível em:http://galileu.globo.com/edic/97/conhecimento2.htm

Fonte: http://www.infoescola.com/pintura/a-ultima-ceia/
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