Território habitado já na Pré-história como atestam vestígios encontrados nas regiões de Lunda, Congo e deserto do Namibe, só milhares de anos mais tarde, em plena proto-história, receberia povos mais organizados. Os primeiros a instalarem-se foram os bochimanes - grandes caçadores, de estatura pigmóide e claros, de cor acastanhada.
No início do século VI d.C., povos mais evoluídos, de cor negra, inseridos tecnologicamente na Idade dos Metais, empreenderam uma das maiores migrações da História. Eram os Bantu e vieram do norte, provavelmente da região da actual República dos Camarões. Esses povos, ao chegarem a Angola, encontraram os Bochimanes e outros grupos bem mais primitivos, impondo-lhes facilmente a sua tecnologia nos domínios da metalurgia, cerâmica e agricultura. A instalação dos Bantu decorreu ao longo de muitos séculos, gerando diversos grupos que viriam a estabilizar-se em etnias que perduram até aos dias de hoje. A primeira grande unidade política do território, passaria à história como Reino do Congo. Surgiu no século XIII, estendendo- se até ao Gabão a norte, ao rio Kwanza a sul, ao oceano Atlântico a oeste e a leste até ao rio Cuango. A Colónia portuguesa de Angola formou- se em 1575 com a chegada de Novais com 100 famílias de colonos e 400 soldados. Luanda seria cidade em 1605.
O comércio, era na maior parte, feito com o Brasil. Os navios brasileiros eram os mais numerosos nos portos de Luanda e Benguela. A partir de 1764, de uma sociedade esclavagista, passou-se gradualmente a uma sociedade preocupada em produzir o que consumia. Em 1850, Luanda já era uma grande cidade, repleta de firmas comerciais e que exportava conjuntamente com Benguela, óleos de palma e amendoim, cera, goma copal, madeiras, marfim, algodão, café e cacau, entre outros produtos. Milho, tabaco, carne seca e farinha de mandioca começariam igualmente a ser produzidos localmente. Estava a nascer a burguesia angolana.
Entretanto, em 1836, o tráfico de escravos era abolido e em 1844, os portos de Angola seriam abertos aos navios estrangeiros. Com a conferência de Berlim, Portugal viu-se na obrigação de efectivar de imediato a ocupação territorial das suas Colónias. O território de Cabinda, a norte do rio Zaire, seria também conferido a Portugal, graças à legitimidade do Tratado de Protectorato de Simulambuko, assinado entre os reis de Portugal e os príncipes de Cabinda, em 1885. Depois de uma implantação morosa e complicada, o final do século XIX marcaria a organização de uma administração colonial directamente relacionada com o território e os povos a governar. Na economia, a estratégia colonial assentava na agricultura e na exportação de matérias-primas. O comércio da borracha e do marfim, acrescido pela receita dos impostos tomados às populações, gerava grandes rendimentos para Lisboa.
O fim da monarquia em Portugal em 1910 e uma conjuntura internacional favorável levariam as novas reformas ao domínio administrativo, agrário e educativo. Com o Estado que se pretende extensivo à Colónia, Angola passa a ser mais uma das províncias de Portugal (Província Ultramarina). A situação vigente, era aparentemente tranquila. No segundo cartel do século XX, esta tranquilidade seria posta em causa com o aparecimento dos primeiros movimentos nacionalistas. Inicia-se a formação de organizações políticas mais explícitas a partir da década de 50 que, de uma forma organizada iam fazendo ouvir os seus direitos. Promovem campanhas diplomáticas no mundo inteiro, pugnando pela independência. O Poder Colonial, não cederia, no entanto, às propostas das forças nacionalistas, provocando o desencadear de conflitos armados directos, a “Luta Armada”. Destacaram-se na “Luta”, o MPLA (Movimento Popular para a Libertação de Angola) fundado em 1956, a FNLA(Frente Nacional para a Libertação de Angola) que se revelou em 1961 e a UNITA (União Nacional para a Independência Total de Angola) em 1966. Depois de longos anos de confrontos, o País alcança a independência a 11 de Novembro de 1975.
No início do século VI d.C., povos mais evoluídos, de cor negra, inseridos tecnologicamente na Idade dos Metais, empreenderam uma das maiores migrações da História. Eram os Bantu e vieram do norte, provavelmente da região da actual República dos Camarões. Esses povos, ao chegarem a Angola, encontraram os Bochimanes e outros grupos bem mais primitivos, impondo-lhes facilmente a sua tecnologia nos domínios da metalurgia, cerâmica e agricultura. A instalação dos Bantu decorreu ao longo de muitos séculos, gerando diversos grupos que viriam a estabilizar-se em etnias que perduram até aos dias de hoje. A primeira grande unidade política do território, passaria à história como Reino do Congo. Surgiu no século XIII, estendendo- se até ao Gabão a norte, ao rio Kwanza a sul, ao oceano Atlântico a oeste e a leste até ao rio Cuango. A Colónia portuguesa de Angola formou- se em 1575 com a chegada de Novais com 100 famílias de colonos e 400 soldados. Luanda seria cidade em 1605.
O comércio, era na maior parte, feito com o Brasil. Os navios brasileiros eram os mais numerosos nos portos de Luanda e Benguela. A partir de 1764, de uma sociedade esclavagista, passou-se gradualmente a uma sociedade preocupada em produzir o que consumia. Em 1850, Luanda já era uma grande cidade, repleta de firmas comerciais e que exportava conjuntamente com Benguela, óleos de palma e amendoim, cera, goma copal, madeiras, marfim, algodão, café e cacau, entre outros produtos. Milho, tabaco, carne seca e farinha de mandioca começariam igualmente a ser produzidos localmente. Estava a nascer a burguesia angolana.
Entretanto, em 1836, o tráfico de escravos era abolido e em 1844, os portos de Angola seriam abertos aos navios estrangeiros. Com a conferência de Berlim, Portugal viu-se na obrigação de efectivar de imediato a ocupação territorial das suas Colónias. O território de Cabinda, a norte do rio Zaire, seria também conferido a Portugal, graças à legitimidade do Tratado de Protectorato de Simulambuko, assinado entre os reis de Portugal e os príncipes de Cabinda, em 1885. Depois de uma implantação morosa e complicada, o final do século XIX marcaria a organização de uma administração colonial directamente relacionada com o território e os povos a governar. Na economia, a estratégia colonial assentava na agricultura e na exportação de matérias-primas. O comércio da borracha e do marfim, acrescido pela receita dos impostos tomados às populações, gerava grandes rendimentos para Lisboa.
O fim da monarquia em Portugal em 1910 e uma conjuntura internacional favorável levariam as novas reformas ao domínio administrativo, agrário e educativo. Com o Estado que se pretende extensivo à Colónia, Angola passa a ser mais uma das províncias de Portugal (Província Ultramarina). A situação vigente, era aparentemente tranquila. No segundo cartel do século XX, esta tranquilidade seria posta em causa com o aparecimento dos primeiros movimentos nacionalistas. Inicia-se a formação de organizações políticas mais explícitas a partir da década de 50 que, de uma forma organizada iam fazendo ouvir os seus direitos. Promovem campanhas diplomáticas no mundo inteiro, pugnando pela independência. O Poder Colonial, não cederia, no entanto, às propostas das forças nacionalistas, provocando o desencadear de conflitos armados directos, a “Luta Armada”. Destacaram-se na “Luta”, o MPLA (Movimento Popular para a Libertação de Angola) fundado em 1956, a FNLA(Frente Nacional para a Libertação de Angola) que se revelou em 1961 e a UNITA (União Nacional para a Independência Total de Angola) em 1966. Depois de longos anos de confrontos, o País alcança a independência a 11 de Novembro de 1975.
Chegada de Agostinho Neto a Luanda
Actualidade
Passados 27 anos da Independência e 41 do início da Luta Armada, eis que a Paz finalmente é consolidada a 4 de Abril de 2002 pelos acordos assinados em Luanda. 80.000 soldados da UNITA depõem as armas e são integrados na sociedade civil. A UNITA, transformada em partido político, tem o seu papel na vida democrática do país, agora (2005) chefiada por Eugénio Samakuva, seu presidente. A reconstrução é para o Chefe de Estado, José Eduardo dos Santos, o principal objectivo desta paz de novo adquirida.
Dirigentes e Membros do MPLA
Desde 1992, ano das primeiras eleições gerais, que a democracia multipartidária governa Angola. O MPLA em conjunto com a UNITA e outras forças politicas com assento parlamentar, geriu magistralmente a reconstrução de um dos países de futuro mais promissor de toda a África que, no entanto, paradoxalmente com a sua riqueza natural vive ainda uma duríssima realidade. No âmbito de um ampla programação empurrando Angola para a modernidade, progresso e riqueza, novas eleições foram realizadas em 2008. O MPLA, que sempre governou desde a Independência, soube preservar a identidade nacional. Do MPLA, saíram os dois presidentes que Angola teve até ao momento. O primeiro, o fundador da Nação Angolana, o Dr. Agostinho Neto e o segundo e actual Presidente da República de Angola, o Eng. José Eduardo dos Santos, que se tornou, aquando da sua investidura, em 1979, o mais jovem presidente do continente. Na cena internacional, Angola vem dando forte apoio a iniciativas que promovam a paz e a resolução de disputas regionais, favorecendo a via diplomática na prevenção do conflito e a promoção dos direitos humanos.
Dirigentes e Membros do MPLA
Desde 1992, ano das primeiras eleições gerais, que a democracia multipartidária governa Angola. O MPLA em conjunto com a UNITA e outras forças politicas com assento parlamentar, geriu magistralmente a reconstrução de um dos países de futuro mais promissor de toda a África que, no entanto, paradoxalmente com a sua riqueza natural vive ainda uma duríssima realidade. No âmbito de um ampla programação empurrando Angola para a modernidade, progresso e riqueza, novas eleições foram realizadas em 2008. O MPLA, que sempre governou desde a Independência, soube preservar a identidade nacional. Do MPLA, saíram os dois presidentes que Angola teve até ao momento. O primeiro, o fundador da Nação Angolana, o Dr. Agostinho Neto e o segundo e actual Presidente da República de Angola, o Eng. José Eduardo dos Santos, que se tornou, aquando da sua investidura, em 1979, o mais jovem presidente do continente. Na cena internacional, Angola vem dando forte apoio a iniciativas que promovam a paz e a resolução de disputas regionais, favorecendo a via diplomática na prevenção do conflito e a promoção dos direitos humanos.
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