3.9.19

D. Pedro IV, O Rei-Soldado





Segundo filho varão de D. João VI, o Clemente, de D. Carlota Joaquina (filha de Carlos IV e de Maria Luísa de Parma), D. Pedro V, o vigésimo no no de Portugal e o primeiro imperador do Brasil nasceu em Queluz, a 12 de Outubro de 1798. Subiu ao trono por morte do seu irmão, que ainda reinou durante uns meses.

Com as invasões francesas (três no total), a família real fugiu para o Brasil na nau Príncipe Real, em 1807, contando D. Pedro apenas nove anos de idade. Instalaram-se no Palácio de São Cristóvão, no Rio de Janeiro.

Em 1818, D, Pedro casou com D. Maria Leopoldina, filha de Francisco I, o Imperador da Áustria. Desta relação teve sete filhos. Voltou a casar em 1829, três anos depois de ter ficado viúvo, com D. Amélia de Beauharnais, com quem teve uma filha.

Com a saída dos franceses de Portugal, os ingleses vieram para liderar o exército português. Infelizmente, a presença destes em território português só trouxe mais destruição e vergonha ao país. A 24 de Agosto 1820, como seria de esperar, a população revoltou-se, no Porto, com o fim de expulsar os ingleses. D. João IV, perante tal situação do país, decide regressar a Portugal, onde chega a 3 de Julho de 1821, deixando o governo do Brasil ao seu filho D. Pedro.

Em 1822, D. Pedro confrontado com as agitações que se fazia sentir proclama a independência do Brasil a 7 de Setembro de 1822 (grito de ipiranga), sendo, mais tarde, aclamado Imperador do Brasil.




Em 1826, D. João IV falece, provocando uma crise de sucessão. D. Pedro abdica da coroa em favor da sua filha com apenas sete anos, contudo esta tinha de casar com o seu tio D. Miguel e jurar a carta constitucional. O Rei Absoluto foi proclamado rei, o que fez com D. Pedro juntasse tropas nos Açores, e desembarcasse no Porto para lutar contra as forças absolutistas e, assim, recuperar o trono da sua filha. A guerra demorou dois anos e acabou com a derrota de D. Miguel.

D. Pedro IV faleceu poucos meses depois, em Queluz.