10.1.12

A guerra da Bósnia (1992-1995)

João Andrade
Com o fim dos regimes socialistas, a partir da desintegração da URSS, emergem as diferenças étnicas, culturais e religiosas entre as seis repúblicas que formam a Iugoslávia, impulsionando movimentos pela independência. Na Bósnia-Herzegóvina cresce o nacionalismo sérvio que pretende restaurar a chamada Grande Sérvia, formada por Sérvia e Montenegro, parte da Croácia e quase toda a Bósnia. Quando os bósnios decidem pela independência do país e os sérvios não aceitam, os combates entre os dois grupos intensificam-se. A situação de guerra civil é caracterizada em 1992.

Nas áreas ocupadas, os sérvios da Bósnia fazem a chamada limpeza étnica: expulsão dos não-sérvios, massacre de civis, prisão da população e outras etnias e reutilização dos campos de concentração da Segunda Guerra Mundial. A Croácia entra no conflito, reivindicando parte do território bósnio e voltando-se contra a Sérvia. Com o acirramento da guerra, a OTAN envia tropas, executando tentativas de cessar-fogo, mas estas são repetidamente desrespeitadas. No início de 1995, os sérvios dominam 70% do território da Bósnia-Herzegóvina. Porém, em agosto, com a vitória da Croácia, a relação de forças se equilibra, facilitando a estratégia dos EUA de promover uma negociação de paz. Em dezembro é assinado um acordo, prevendo a manutenção da Bósnia-Herzegóvina nas suas fronteiras atuais, dividindo-a igualmente em uma federação muçulmano-croata e uma república bósnia-sérvia. É previsto um governo único, entregue a uma representação de sérvios, bósnios e croatas.
Fonte: Pesquisas e Trabalhos escolares no Grupo Escolar