Por Fernando Rebouças
Nos livros de história há diferentes relatos sobre a queima de livros e de bibliotecas inteiras realizada por exércitos dominadores no território dominado. Podemos considerar que, durante séculos, o livro já era considerado uma tecnologia de libertação do homem e de questionamento do poder por meio do conhecimento e da reflexão desdobrada pelo hábito da leitura.
O termo “Bücherverbrennung” significa queima de livros em alemão, termo associado à ação nazista de queimar livros e bibliotecas em diversas cidades alemãs, evento organizado entre 10 de maio e 21 de junho de 1933, em praçaspúblicas com a presença de autoridades.
Seja por motivos militares ou políticos, a queima de livros é a destruição em massa de diferentes tipos de obras literárias, principalmente, as que mais incomodam o governo vigente, a religião predominante e a ideologia mantida, majoritariamente, por uma sociedade.
Livros considerados imorais, também pelo conteúdo obsceno, revistas de conteúdo político contra os interesses do estado, e qualquer obra literária cujo conteúdo esteja acima da tolerância estatal, em determinados momentos históricos, foram queimados e banidos de países e até mesmo do planeta.
Na Alemanha nazista, a partir de 1933, o então ministro da Propaganda e do Esclarecimento Popular, iniciou o programa de sincronização da cultura, o que permitiu ao governo de Hitler de adaptar as artes aos interesses do Partido Nazista. Nessa época, artistas de pensamento libertário foram expulsos da Alemanha, junto com os judeus.
Para os defensores da democracia e da liberdade de expressão, a queima de livros é uma violência contra o conhecimento e os direitos humanos que defendem o acesso à educação e a cultura. As execuções de livros foram predominantes entre os séculos XVII e XVIII.
A queima de livros foi demonstrada no cinema e na literatura, tendo destaques nos filmes “O Nome da Rosa” e na adaptação de “Fahrenheit 451”. Tendo como referência o romance escrito por Ray Bradbury, o filme “Fahrenheit 451”, dirigido por François Truffaut, descreve uma cidade futurista em que todo o tipo de livro é queimado pelos bombeiros, em obediência a um regime totalitário que controla as pessoas mentalmente.
Fontes:
http://de.wikipedia.org/wiki/B%C3%BCcherverbrennunghttp://pt.wikipedia.org/wiki/Fahrenheit_451_(filme)http://www.ushmm.org/wlc/ptbr/article.php?ModuleId=10005852http://oinimputavel.blogspot.com.br/2010/01/bucherverbrennung.html