Por Misleine Neris de Souza Silva
Licenciatura Plena em História (Faculdade JK-DF, 2012)
Pós-graduação em História Cultural (Centro Universitário Claretiano, 2014)
Tomé de Sousa, nascido em 1503, foi uma figura da política portuguesa e com um passado profissional como militar que se destacou por ter sido o primeiro governador-geral do Brasil e Fidalgo da Casa Real. Nasceu em Rates na Póvoa do Varzim a Norte de Portugal e era filho ilegítimo de João de Sousa e de Mécia Rodrigues de Faria. Como primos tinha Martin Afonso de Sousa, Pero Lopes de Sousa e o Conde da Castanheira que era conselheiro do rei e como seu avô o fidalgo Pedro de Sousa Seabra do Minho. Durante a sua infância e adolescência teria alimentado poucas expetativas para o futuro devido à sua baixa notoriedade em notícias obtidas na primeira metade do século XVI.
Aos 14 anos de idade foi o primeiro titular da comenda da Ordem de Cristo, além de ter sido Comendador de Rates e de Arruda. Casou-se com D. Inês Lourenço de Sousa (de Valadares).
Serviu a sua nação (Portugal) por Marrocos e Índia, antes de ir ao Brasil tendo sido nomeado em 7 de Janeiro de 1549 como primeiro governador-geral do Brasil.
Uma vez que tinha fracassada a colonização do Brasil pelo método das capitanias hereditárias, a atuação se deveu a Tomé de Sousa que recebeu a função de nomear a capital recebendo regimento para fundar, povoar e fortificar a cidade de Salvador na capitania real da Bahia ficando no cargo até 1553. Surpreendentemente a escolha para que ele ocupasse esse cargo foi porque os dirigentes máximos eram contra a indicação de um fidalgo de condição bastardo e sem experiência política e militar.
A partir daqui teve ao seu cargo a responsabilidade pelos fundamentos da sociedade brasileira tendo lançado as instituições administrativas e organização do poder público (fazenda, justiça, defesa), promover a cristianização dos indígenas e estimular as atividades agrícolas, comerciais e da pecuária.
Os primeiros trabalhos de construção da capital da colônia ficaram ao seu cargo, assim como trazer riqueza para a metrópole e efetuar trocas comerciais entre Brasil e Portugal. Construiu a sua residência oficial, a Casa da Câmara, a Igreja Matriz e outros edifícios importantes.
Em relação ao desenvolvimento agrícola, cedeu terras para os colonos para serem cultivadas. Os metais preciosos também não escaparam e Tomé de Sousa organizou expedições para encontrá-los e procedeu à prisão de índios para serem vendidos e escravizados. Na área religiosa teve o papel de trazer os primeiros jesuítas a bordo com o padre Manuel da Nóbrega, construindo posteriormente um Colégio de Jesuítas e também criando o primeiro bispado do Brasil.
Em 1553 deixa definitivamente o Brasil com o término de seu mandato e volta para Portugal depois de aguardar a chegada de quem lhe sucedeu, Duarte da Costa, até ao ano de 1558. Chegando à metrópole, é nomeado para o alto posto de “vedor d’ el-rei” com a função de fiscalizar os empreendimentos da Casa Real e desempenhando outras funções públicas.
Morreu em Lisboa no dia 28 de Janeiro de 1579 e o seu corpo é enterrado no Mosteiro de Santo Antônio de Castanheira.
Como doação para o seu suposto filho Garcia d’Avila, deixou catorze léguas de terras de sesmaria que o rei D. Sebastião havia te concedido. A partir daí nasceu à Casa da Torre, um dos maiores latifúndios das Américas.
Referências:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tom%C3%A9_de_Sousa 19.01.2019.
https://www.ebiografia.com/tome_de_sousa/ 19.01.2019.
http://www.guararema.sp.gov.br/arquivo/editor/file/biografias/Tome%20de%20Sousa%20-%20Rua.pdf 19.01.2019.
https://www.infopedia.pt/$tome-de-sousa 19.01.2019.
http://eve.fcsh.unl.pt/content.php?printconceito=1151 19.01.2019.
Fonte: https://www.infoescola.com/biografias/tome-de-sousa/