por: Lucyanne Mano
Israelenses, com o auxílio logístico dos EUA, atacaram de surpresa o Egito, a Síria e a Jordânia, antecipando-se a uma suposta ofensiva conjunta planejada contra o país.
A ofensiva relâmpago, em direção ao Canal de Suez, superou em velocidade a campanha de 1956. O avanço formou um amplo arco que foi de Jennin, na Jordânia, até a zona meridional do Sinai, com o objetivo de atingir os três principais pontos do canal: Porto Said, Ismailia e Suez. Os israelenses ocuparam Jerusalém depois de combates corpo a corpo no setor jordaniano com o uso de armas brancas, e prosseguiram até alcançar Abu Ageila, a 110 km do Canal de Suez. As forças israelenses tomaram também as cidades de Gaza e Quaquilia, local em que Israel perdeu mais de 500 homens. Em apenas 24 horas de luta, os árabes perderam 400 aviões e 200 tanques.
As tensões aumentavam a cada dia na região devido aos conflitos entre guerrilheiros palestinos e forças israelenses. A movimentação de guerra foi iniciada em maio quando exércitos árabes se posicionaram na fronteira com Israel. Ao mesmo tempo o Egito ordenou o bloqueio do Golfo e Aqaba e enviou tropas para o Deserto do Sinai, enquanto pedia aos Capacetes Azuis da ONU para partirem. No fim de maio o Egito fechou o estreito de Tiran aos navios de Israel, isolando a cidade portuária de Eilat, o que Israel considerou uma agressão. Foi o estopim. Os militares israelenses então armaram um plano para furar o bloqueio e atacaram os árabes.
Ao fim dos combates, uma semana depois, as fronteiras do Oriente Médio mudaram radicalmente. Israel conquistou, com o apoio bélico dos Estados Unidos, a Cisjordânia e o Leste de Jerusalém, as colinas de Golã na Síria e o monte Hermón, que fazia parte dos territórios libanês e sírio, a península do Sinai e a Faixa de Gaza, até então sob ocupação egípcia. Com a conquista Israelense dos territórios invadidos, aumentou o número de refugiados palestinos na Jordânia e no Egito. Esses dois países estreitaram ainda mais as relações com a URSS, aproveitando também para renovarem seu arsenal de blindados e aviões, além de conseguirem a instalação de novos mísseis, mais perto do Canal de Suez.
Árabes sofrem derrota
Os países árabes envolvidos no conflito foram Egito, Jordânia e Síria, com o apoio do Iraque, Kuwait, Arábia Saudita, Sudão e Argélia. O Conselho de Segurança da Nações Unidas por intermédio da resolução 242 exigiu o cessar-fogo em novembro do mesmo ano e a retirada de Israel dos territórios ocupados. Israel não cumpriu a determinação da ONU. Os Estados Árabes sofreram uma grande derrota e perderam mais da metade do seu equipamento militar. A força aérea da Jordânia foi destruída. Os árabes sofreram 18 mil baixas, enquanto do lado de Israel houve 766. A população árabe dos territórios ocupados fugiu para os países vizinhos, o que gerou 350 mil refugiados.
Fonte:http://www.jblog.com.br/hojenahistoria.php?itemid=30063