Por Felipe Araújo
Durante a Segunda Guerra Mundial, diversos animais foram utilizados como “bombas-vivas” e também para camuflar explosivos. Os soviéticos faziam uso dos chamados cães anti-tanque, que eram animais treinados para levar bombas na direção de tanques e outros veículos blindados dos exércitos inimigos.
No início de 1930, os cachorros começaram a passar por adestramento intensivo do exército da URSS e foram usados na Segunda GM de forma controversa. No processo original de utilização de bombas nos caninos, o animal deixava o explosivo próximo ao alvo e se retirava para que bomba fosse detonada por um cronômetro. Porém, ao perceberam a ineficácia da ação, o soldados soviéticos começaram a explodir os dispositivos enquanto ainda estavam acoplados ao cão, levando milhares de animais à morte. Este mesmo treinamento foi realizado pelo exército dos EUA em 1943.
Além dos cachorros, outro animal utilizado na 2ªGM foi o pombo. A estratégia partiu das forças armadas dos EUA e se chamava “Projeto Pombo” (Project Pigeon). A ação foi uma tentativa do psicólogo behaviorista de origem norteamericana B. F. Skinner de criar um sistema de mísseis guiados pelos pássaros. O esquema de controle era composto de uma até três lentes na dianteira do míssil – usando a mesma fuselagem desenvolvida pelo National Bureau of Standards – mais tarde aproveitada na criação do míssil guiado por radar utilizado a bordo do US Navy Bat – projetando a imagem do alvo em uma tela interna, enquanto os pombos treinados – até três eram usados para reconhecer o alvo – bicavam-na. Enquanto os animais bicassem o centro da tela, o míssil voava em linha reta, mas bicadas fora do centro faziam a tela inclinar-se e, através de uma conexão com os controles de voo do míssil, faziam-no mudar de direção e lentamente a rota de era alterada para o alvo em questão.
Fora os animais utilizados para carregar explosivos, alguns eram usados para camuflar bombas. Ainda na Segunda Guerra Mundial, ratos mortos foram usados pelas Operações Especiais Britânicas contra a Alemanha. A estratégia consistia em preencher as carcaças dos roedores com explosivos, deixando-as em locais como fábricas, próximos de caldeiras de alta pressão que aumentariam o efeito da explosão. Porém, o primeiro montante de ratos mortos foi interceptado pelo exército alemão e o plano foi abandonado pelos britânicos. Após este episódio, as forças militares da Alemanha exibiram os animais em escolar militares e os utilizaram em pesquisas para aperfeiçoar o processo.
Fontes:
http://en.wikipedia.org/wiki/Military_animal#As_living_bombshttp://www.military-history.org/articles/pigeon-guided-missiles.htmhttp://www.bbc.co.uk/history/worldwars/wwtwo/soe_gallery_05.shtmlhttp://hypescience.com/10-animais-recrutados-para-a-guerra/