Na época de seu maior desenvolvimento, o monarca e os seus súditos praticavam uma religião baseada no culto aos ancestrais e manifestações da natureza, algo parecido com as religiões animistas atuais praticadas na África Ocidental. Por outro lado, o islamismo fazia-se presente, especialmente entre os habitantes dos subúrbios das grandes cidades. Aliás, Al-Bakri dá ênfase à influência muçulmana neste estado animista, provavelmente pelo fato de ser ele também muçulmano. Boa parte das informações atuais sobre Gana são ainda provenientes dos relatos de viajantes islâmicos como Al-Bakri e à influência muçulmana na região, com seu grupo letrado, que revelou ao restante do mundo islâmico e mais tarde ao mundo inteiro a existência deste império africano. Bibliografia: Ancient Ghana. Disponível em: http://www.bbc.co.uk/worldservice/africa/features/storyofafrica/4chapter1.shtmlAcesso em: 02 jul. 2011. HOOKER, Richard. Civilizations in Africa: Ghana. Disponível em: http://public.wsu.edu/~dee/CIVAFRCA/GHANA.HTMAcesso em: 02 jul. 2011. Fonte:Por Emerson Santiago
COSTA, Ricardo da. A expansão árabe na África e os Impérios negros de Gana, Mali e Songai (sécs. VII-XVI) – Segunda Parte. Disponível em: http://www.ricardocosta.com/pub/imperiosnegros2.htm Acesso em: 02 jul. 2011.
13.7.11
Império de Gana
O Império de Gana, também conhecido como Império Uagadu, foi o nome dado a um antigo estado localizado na África Ocidental, onde hoje temos o sudeste da Mauritânia e o oeste do Mali, e que teve seu apogeu entre os anos de 700 e 1200 da Era Cristã. A capital do estado localizava-se na cidade de Kumbi Saleh, hoje um sítio arqueológico na fronteira entre Mauritânia e Mali, que de acordo com as pesquisas, já era habitado desde o século III, por povos mandês, destacando-se os do grupo soninquê, predominante durante maior parte da existência do antigo estado. O nome Gana deriva do título atribuído aos seus soberanos, sendo o termo Uagadu utilizado para o mesmo país, mas pelos habitantes locais, significando “país dos rebanhos”.