28.3.12

História dos Celtas

Antes do amanhecer da história, os Celtas subjugaram o povo Germano e estabeleceram-se na Europa Central.

Os Celtas eram um povo guerreiro, rico em conhecimentos de arte da vida civilizada. Eles tinham um sentido único de unidade política e um único rei.

Descobertas datadas de 900 A.C. mostram que foram mineiros e agricultores, com a utilização de ferramentas em ferro. Eles invadiram a Itália duas vezes, no ano 7 A.C. e 4 A.C., e atormentaram Roma no ano 300 A.C. A grande onda Celta, moveu-se para oeste para o Reno, e penetrou na Inglaterra, Escócia, e Irlanda. O Fim do poder continental celta começou, quando os alemães oprimidos se levantaram contra eles em 3 A.C.

Uma colónia fugitiva de Celtas da Ásia Menor, estabeleceu-se num território chamado Galatia (Gaels). Em 4 A.C., um escritor romano chamou-lhe Irlanda, "Insula Sacra", indicando que os primeiros pagãos tinham a ilha como santa. César referiu-se á Irlanda como Hibernia. No tempo de César, os Celtas(Gauleses) dominavam a França e usavam a escrita Grega na maioria dos seus negócios.

De acordo com uma lenda, o primeiro povo que chegou á Irlanda era oriundo da Macedónia liderada por um chefe chamado Parthalon. Depois de três séculos, a nação inteira foi atingida e dizimada por uma praga.

Os habitantes seguintes vieram da Grécia e descendiam de Nemedius, o décimo primeiro descendente de Noé. Por causa de querelas e desunião os Nemedianos foram reduzidos ao nível de servos pelos pirats Fomorianos. Os Nemedianos retornaram para a Grécia, onde eles se estabeleceram para trabalhar como escravos a terra e criar quintas. Eles ficaram conhecidos com Fir Bholg, os homens da "mala de pele". Depois de 200 anos de escravatura grega, eles escaparam em barcos capturados aos seus mestres, reconquistando a Irlanda e viveram em paz por uma gração ou duas antes de Tuatha De Danann chegou e forçou os Firbolgs. Quando De Danann chegou pela primeira vez á Irlanda( depois de viver por um tempo na Escandinávia), Lug foi para Eochaid, o rei Firbolg em Tara, onde estabeleceu uma base. Depois de muita negociação, o rei tornou-se professor chefe das artes e ciências. Na famosa batalha no Sudoeste de Moytura(na fronteira Mayo-Galway), Tuatha De Danann derrotou os Firbolgs. O rei dos Firbolgs foi morto e a mão do rei dos De Danann, Nuada, foi severa para com os Fir Bolg .



Os Tuatha De Danann não gostavam dos Firbolgs, pois consideravam-se mais evoluídos culturalmente e socialmente. Eles trouxeram com eles para a Irlanda um pesado bloco de pedra que tinha sido utilizado como assento para coroação dos reis de Scythia, o seu país de origem. O Liath Fail(Pedra do Destino) serviu na Irlanda por muitos séculos como assento de coroação. Foi depois levado para a Escócia, onde em Scone continuou a servir como assento de coroação dos reis escoceses. Em 1269 a pedra foi capturada pelos ingleses que a levaram para Londres. Está atualmente na Abadia Westminster, e tem servido na coroação dos reis e raínhas da Inglaterra.



Os Firbolg e os Tuatha De Danann, ocuparam a terra antes dos Milesianos a terem invadido, não foram exterminados, mas foram dominados pela aristocracia Milesiana e por soldados com armas de ferro superiores. Os Milesianos trouxeram a língua Gaélica. Todas estas três raças de tribos diferentes da grande família celta, separadas durante séculos juntaram-se formando a tribo dos Gaélicos.

Subsequentemente, os Gaedhal(Gaélicos) vindos de Scytia(vasta e não indentificada área no Sudoeste da Europa e parte da Ásia) para a Irlanda através do Egipto, Creta, e Espanha. São conhecidos como Gaedhal porque os seu ancetral foi Gaodhal Glas; a criança que Moisés curou de uma picada de serpente e que prometeu que nenhuma serpente invadiria a ilha que os seus descendentes iriam habitar. Niul, o neto de Gaodhal foi convidado para ir para o Egipto como instructor dos Faraós. Ele casou com uma filha do Faraó, Scota. Niul e o seu povo cresceu e tornou-se rico e poderoso. Resentidos da injustiça do último Faraó, saíram do Egipto. Eles viajaram para Espanha onde ouviram falar da Irlanda, talvez em conversas com os comerciantes Fenícios. Eles acreditavam que era a Ilha do Destino de que falava Moisés. O seu líder era Mile, e a sua esposa era também uma filha do Faraó chamada Scota. A raça irlandesa é popularmente conhecida como raça Milesiana, descendente de Mile de Espanha. Os reis da Irlanda em 1000 A.C. também descendiam do Rei Mile que tinha voltado a sua atenção para a Irlanda como estava previsto numa profecia Druida.

O tio de Mile, Ith, foi enviado para a Irlanda para investigar. Os Tuatha De Danann, suspeitando dos propósitos da sua missão, assassinaram Ith. Mile juntou um exército para se vingar, mas morreu em Espanha. Os seus oito filhos e esposa, Scota, partiram numa viagem para a Ilha do Destino com a família e seguidores.

Quando tentaram desembarcar na Irlanda, cinco dos seus filhos e muitos dos seus seguidores perderam-se numa grande tempestade. Os três netos de Lug estavam reinando quando os Milesianos chegaram( o heroi De Danann, Lug, era filho de Manannan mac Lir, , o deus do mar e rei da Ilha de Man).

Três rainhas De Danann: Banbha, Folda e Erie governaram em rotação. Erie estava no trono quando os Milesianos chegaram. Heber (e os seus seguidores) chegaram a Inver Sceni(Bantry Bay) e derrotou o exército De Danann, mas perdeu a sua mãe (raínha Scota) na batalha. Heremon (e os seus seguidores) desembarcaram em Inver Culpa(Boca de Boyne). Heber e Heremon juntaram forças em Meath e partiram para enfrentar os De Danann numa batalha em Taillte.

Os três reis e raínhas dos De Danann foram mortos. Os sobreviventes De Danann, esconderam-se em nas cavernas em montes remotos.

Heremon reinou por 14 anos com os seus irmãos: Heber, e Ir. Heremon ficou com a parte norte da ilha, Heber com o sul e Ir com canto oeste.. Eles chamaram á terra Scota o nome da sua mãe. Scota foi um dos primeiros nomes da Irlanda os seus habitantes eram chamados de Scotti ou Scots. O nome Irlanda deve-se ao fato de o rei irlandês Colla quando foi exilado para as ilhas escoceses, deixando Ir-Land (terra de Ir) ao filho mais novo de Mile.

Os Milesianos dividiram a irlanda em 5 provincias e estabeleceram um rei cada provincia.
Os Celtas na Península Ibérica





Os Celtas não eram uma raça restricta e concreta, nem sequer um povo unificado, mas sim umas tribos homogéneas pelo parentesco e por um habitat e costumes comuns, que povoavam o centro da Europa constituindo uma éspecie de agrupamento de sociedades.

A primeira vaga celta passou os Pirinéus por volta de 900 a.c.. Uns grupos procedentes do vale do Ródano, ocuparam as planícies de Urgel, e extenderam-se desde o Ebro oriental até á Catalunha.

Durante dois séculos, os Celtas não pertubaram a vida das povoções do norte da Ibéria; mas a partir de 700 a.c. uns e outros vão encher a nossa Idade do Ferro com episódios conhecidos de amplas repercusões. Entre este período e o ano de 570 a.c. dão-se três grandes vagas e uma infinidade de vagas intermédias.

Por volta do ano 600 a.c. uma destas vagas celtas chegou ao noroeste da península e assentam nas zonas da Galiza, Astúrias, Léon, Zamora,etc...

Esta invasão, apesar da sua força, não fez com que se criassem cidades celtas com um certo relevo, mas misturaram-se com as povoações locais criando uma cultura com cariz ibérica e celta: Os Celtaíberos.

Este feito, e as circuntâncias que o rodearam, vão condicionar o destino dos futuros espanhois e portugueses, pois alterou profundamente a sua vida, costumes e composição étnica: por exemplo na Galiza, Portugal e Extremadura os celtas conservam-se quase puros; é o caso dos Célticos(Extremadura),Galegos(Galiza e Norte de Portugal e Zamora),Verones(La Rioja e Burgos) ou os Bascos(Navarra e Euskadi). Em outras zonas existem povos com mais ou menos sangue celta, produto da mistura dos indígenas com os celtas ficando classificados como Celtaíberos.

O carácter destes povoados tem grandes diferenças entre os habitantes do sul e do leste(mais cultos, artistas e pacíficos) e os da Meseta e do noroeste(rudes e guerreiros).
ECONOMIA

A economia castrense tinha uma base agrícola e ganadeira, ainda que praticassem também a caça e atividades pesqueiras(como o marisco). A agricultura era cerealista(milho e trigo), com plantas leguminosas(favas). para esta práctica utilizavam sachas e ancinhos. Para além do gado doméstico(ovelhas,cabras, porcos e cavalos), nos castros costeiros também os moluscos e crustáceos(vieiras, ostras, lapas, percebes,...) e a pesca maritima. A sua indústria mineira foi conhecida e falada por autores gregos e romanos. Destaca-se a exploração do estanho, ferro e chumbo e, sobre todo estes os metais preciosos, como o ouro. Os castrenses desenvolveram uma importante metalurgia e de ouríves.


ARMAS

Como os povos guerreiros, os habitantes dos castros conheciam diferentes tipos de armas, lanças, espadas e machados, escudos, capacetes, couraças.






RELIGIÃO

O seu panteão tinha quase cem divindades. Destacavam o deus da guerra, o deus da montanha, também havia outras divindades menores vinculadas aos caminhos e encruzilhadas, espíritos de fontes e rios,frutos, plantas ou animais,...




COSTUMES E VESTIMENTA

Tanto homens como as mulheres prendiam os seus cabelos com grossos alfinetes, penteavam-se com joias de ouro ou prata ricamente elaboradas. Aqueles que não podiam aceder a este tipo de joias, recorriam a produtos de bronze, com incrustações de metais preciosos . A vestimenta consistia numa saia larga, e numa camiseta em lã ou linho, ás vezes adornadas com motivos geométricos. Esta vestimenta era coberta por uma capa negra de lã para protecção do frio e da chuva.

Prendiam as sua vestimentas com cinturões de coiro com apliques metálicos.
Castros galaico-portugueses

Este grupo compreende as províncias galegas, parte de Astúrias e a zona de Portugal e Zamora situada ao norte do Douro. Ali desenvolveu-se uma cultura de aspecto celta com características especiais, por causa dos seus recintos fortificados e as edificações circulares. Formavam pequenos povoados sem ruas e sem ordenamento urbano algum, situados em lugares altos e nas margens dos rios. Ás vezes os castros estavam rodeados de várias muralhas paralelas e as casas passaram a ser de planta redonda ou oval.



Estes castros abundam extraordináriamente e são parecidos uns aos outros. Não se acham neles manifestações artísticas própriamente, armas e joias são de uma grande riqueza e a sua ornamentação também se destacam os motivos geométricos. Para uma maior compreensão deste povo e as e das suas edificações, pode-se recorrer a uma definição de castro oferecida pela enciclopédia universal Espasa.

Segundo esta fonte o castro é uma fortificação ou recinto fortificado, situado sempre em um pequeno monte o terreno alto e que se encontra com frequência no norte de Espanha: em Salamanca, Zamora, Leon, Astúrias e especialmente na Galiza. As opiniões dos arqueólogos tem estado divididas em relação quanto á origem e destino destas construções. O estudo apurado destas edificações a julgar pelos objetos achados nas escavações, deduz-se que foram templos funerários nem construções puramente militares. Conforme várias opiniões tratavam-se de burgos, ou seja agrupamentos de vivendas com caraterísticas defensivas em consonância com a importância do lugar e a topografia do terreno. Nem todos são da mesma época, alguns são Pré-romanos, outros romanos e outros posteriores. Na sua situação e distribuição observa-se uma estratégia definida, e a distância a que se encontravam uns dos outros leva a creer que comunicavam entre eles por sinais.

A fortificação dos castros de forma elíptica, era constiyído de um fosso e uma muralha. No seu interior havia vivendas, erguidas ou sovacadas, de planta curva com paredes de pedra. Povoadores muito posteriores aproveitaram as edificações dos castros para construir refúgios e currais.

Estas contruções eram edificadas em colinas e escarpas. Em alguns casos reconhecem-se os caminhos que a elas conduziam. Presume-se que formavam uma rede defensiva.

Fonte: palma1.no.sapo.pt