3200 AC - 1100 AC
O Egito foi palco do surgimento de uma das civilizações que merecem destaque na história da antiguidade. As realizações artísticas, tanto na arquitetura como na escultura e na pintura, atingiram seu auge entre a terceira e a quarta dinastia de faraós, dando origem aos padrões e formas estéticas que iriam perdurar, ainda que mais sutilmente, por toda a civilização egípcia da posterioridade. Os avanços tecnológicos alcançados por esta civilização podem ser conferidos em suas mais arrebatadoras obras arquitetônicas realizadas, as pirâmides, gigantescas tumbas destinadas aos faraós, cuja construção deve ter iniciado por volta do ano de 2.700 a. C. Após suas mortes, os corpos dos faraós eram embalsamados e sepultados no interior das pirâmides. Os egípcios possuíam a crença da vida após a morte, o que explica o grande cuidado na conservação dos corpos de seus governantes. Por outro lado, as técnicas de irrigação eram avançadas para sua época: já era empregada a técnica de irrigação através da canalização das águas do rio. Também eram aproveitadas as cheias periódicas do rio Nilo: com o alagamento e esvaziamento periódicos, as terras referentes às margens do rio tornavam-se bastante férteis e produtivas.
As grandes pirâmides egípcias foram construídas por volta do III milênio a.C. como túmulos dos faraós. Eram erguidas em posição cuidadosamente calculas em relação ao Sol e a algumas estrelas e constelações. Os egípcios acreditavam que, assim, a pirâmide serviria de guia para a alma retornar ao corpo do soberano.
Inicialmente, a região do Egito estava sob controle de dois reinos diferentes. Zonas agrícolas eram constituídas aos longo das margens sul e norte do rio Nilo, e conforme houve a proximidade de tais áreas, regidas separadamente pelos já referidos reinos, foi realizada a unificação dos reinos, sob o reinado do Faraó Menes. A partir daí, uma série de dinastias se sucederam. Os faraós eram considerados também os maiores representantes das divindades na terra, sendo também considerados herdeiros das divindades. A figura do faraó era identificada como o deus Horus, o deus com feições de falcão. Após um período de domínio pelos Hyksos Semíticos da Ásia, o Novo Reino estabeleceu um império na Síria. A partir daí, o Egito passou a se envolver em muitas guerras na Ásia. Com a conquista do Egito pela Pérsia em 525 d. C., o Egito desapareceu enquanto território de tradições culturais próprias.
No apogeu da existência da civilização egípcia, já havia alta cultura entre os egípcios: através de seus registros hieroglíficos, supõe-se que a escrita egípcia deve ter sido desenvolvida a partir do ano de 3.200 a.C. Uma tradição de escribas possibilitou o registro de uma surpreendente produção "literária". Entre esta produção, contavam-se textos de ordens científica, histórica, filosófica e religiosa. Nesta última modalidade, pode ser observado o sistema religioso egípcio, que justificava o poder dos governantes: a representação dos deuses hierarquizados difundia-se através da classe sacerdotal, a qual obtinha muito prestígio e poder político.
Fonte: http://www.algosobre.com.br/historia/civilizacao-egipcia.html