28.5.10

História da moda

Os seres humanos passaram a se cobrir com peles de animais para se proteger do clima e, com o tempo, essa proteção foi se tornando cada vez mais sinônimo de poder e status.

Na época bizantina dava-se valor, por exemplo, às roupas na cor roxa, pois essa cor era derivada de um pigmento muito raro que só a nobrezatinha condições de adquirir.

Já os mais pobres usavam roupas na cor azul, que era feita com uréia, encontrada em abundância, pois os tintureiros tomavam muitas bebidas alcoólicas, faziam a urina em baldes, e essa era utilizada para tingir as peças de tecido.




A moda nos anos 1920

Nessa época, a moda já estava livre dos espartilhos do século XIX. As saias já mostram mais as pernas e o colo. Na maquiagem, a tendência era o batom. A boca era carmim, em forma de coração. A maquiagem era forte nos olhos, as sobrancelhas eram tiradas e o risco pintado a lápis. A tendência era ter a pele bem branca.

Moda de 1925

OBS: A moda teve o seu marco nas décadas de 60 e 70, com a influência de "mods" "skinheads" que buscavam um meio alternativo de se vestir. Eles destruíam roupas clássicas e misturavam com roupas cotidianas , no entanto o mercado viu a necessidade de fazer roupas finas que atendesse aquele público que queria sair do clássico.

Foi a época de Hollywood em alta, e a maioria dos grandes estilistas da época, como Coco Chanel e Jean Patou, criaram roupas para grandes estrelas.

Foi uma década de prosperidade e liberdade, animada pelo som das jazz-bands e pelo charme das melindrosas, as mulheres modernas da época, que frequentavam os salões e traduziam em seu comportamento e modo de vestir o espírito da também chamada Era do Jazz.

A silhueta dos anos 1920 era tubular, os vestidos eram mais curtos, leves e elegantes, com braços e costas à mostra. O tecido predominante era a seda. Os novos modelos facilitavam os movimentos frenéticos exigidos pelo charleston - dança vigorosa, com movimentos para os lados a partir dos joelhos. As meias eram em tons de bege, sugerindo pernas nuas. O chapéu, até então acessório obrigatório, ficou restrito ao uso diurno. O modelo mais popular era o "cloche", enterrado até os olhos, que só podia ser usado com os cabelos curtíssimos, a "la garçonne", como era chamado. A mulher sensual era aquela sem curvas, sem seios e com quadris pequenos. A atenção estava toda voltada aos tornozelos.

A sociedade dos anos 1920, além da ópera ou do teatro, também freqüentava os cinematógrafos, que exibiam os filmes de Hollywood e seus astros, como Rodolfo Valentino e Douglas Fairbanks. As mulheres copiavam as roupas e os trejeitos das atrizes famosas, como Gloria Swanson e Mary Pickford. A cantora e dançarina Josephine Baker também provocava alvoroço em suas apresentações, sempre em trajes ousados.

Em 1927, Jacques Doucet (1853-1929), figurinista francês, subiu as saias ao ponto de mostrar as ligas rendadas das mulheres - um verdadeiro escândalo aos mais conservadores. Foi a época da estilista Coco Chanel, com seus cortes retos, capas, blazers, cardigãs, colarescompridos, boinas e cabelos curtos. Durante toda a década Chanel lançou uma nova moda após a outra, sempre com muito sucesso.


Figurinistas da década de 1920
  • Jacques Doucet (1853-1929), um figurinista francês, em 1927, subiu as saias para mostrar as ligas rendadas.
  • Coco Chanel criou a moda dos cortes retos, capas, blazers, cardigãs, colares compridos, boinas e cabelos curtos.
  • Jean Patou, estilista francês teve o foco na criação de roupas esportivas. Inclusive para a tenista Suzanne Lenglen. Também revolucionou a moda da praia99 a com seus maiôs.


Décadas de 1960 e 1970

Hippies

As roupas nas décadas de 60 e 70, época dos hippies, transmitiam a paz e amor, lemas da época, por cores alegres e estampas floridas, demonstrando sensibilidade, romantismo, descontração e bom humor, como também a liberdade de expressão perante o regime ditatorial em países como o Brasil, Chile e França.



Design de moda


Em 1958, a descoberta de Çatal Hüyük, feita pelos arqueólogos James Mellaart, Alan Hall e David French na Anatólia, Turquia, revolucionou todo o conhecimento da história da moda e civilização. A história da moda na Antigüidade começava com os sumérios e egípcios. Até então pensava-se que comunidades com mais de 4.000 anos eram nômades, caçadores vestidos de peles, com a única intenção de sobrevivência, sem a menor preocupação com a moda ou a arte. Çatal Hüyük mudou a visão da moda na comunidade acadêmica, abriu lugar para interrogações mais audaciosas e surpreendentes.

As habitações mostravam o papel de destaque da mulher: eram funcionais, com plataformas nas paredes que faziam a vez de camas. A mais importante era a da dona da casa, que ocupava um lugar de destaque no ambiente familiar. Já aquela destinada ao homem era de dimensões mais reduzidas e ocupava um canto da peça.

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    Tecidos

    Esta era uma sociedade que dava muitissimo valor à moda, como é possível confirmar pela existência das joias de cobre e chumbo, das vestimentas em tecidos coloridos com tinturas vegetais, fivelas de cinto, esteiras e tapetes finamente tecidos. Outro exemplo antigo da preocupação com a moda são as peças de obsidiana e âmbar com cerca de 10.000 anos de idade. O cobre era usado há 10.000 anos para a fabricação de jóias, apenas há 4.000 anos passou a ser utilizados em peças mais utilitárias como armas e ferramentas.


    Design de moda no Brasil

    O design de moda em Brasil tem evoluido nas últimas décadas. Na décadas de 60 e 70 um nome marcante foi a Zuzu Angel. Recentemente nomes como Carlos Tufvesson, Fause Haten e Alexandre Herchcovitch vêm contribuindo para a área. No segmento de acessórios (adorno)o belorizontino Roberto Staino[1] vem se destacando como promessa para a segunda década pós 2000.

    Há curso de Design de moda nas seguintes Faculdades/Universidades, dentre outras: Universidade Anhembi Morumbi (SP), Senac (SP), Santa Marcelina (SP), Senai Cetiqt (RJ),Univali (SC), Universidade Estadual de Londrina (PR)e Celer faculdades (Xaxim- SC)e mais recentemente, em 2004, a USP começou a oferecer o curso de "Têxtil e Moda" no campus USP Leste da capital também conhecido como EACH - Escola de Artes, Ciências e Humanidades.


    Prêt-à-porter

    Nos anos 1960´chega e se instala o Prêt-à-porter; moda produzida em escala industrial;no Brasil, destacando-se São Paulo e Rio de Janeiro.

    Até então este universo pertencia às costureiras de bairro, alfaiates e "masons" localizadas no centro da cidade, as famosas casas de moda de alta costura como a "Vogue"; na Avenida Paulista onde as descendentes de famílias tradicionais e quatrocentonas buscam modelos europeus e brasileiros.

    Até então a compra de tecidos nacionais e principalmente os importados da França, Itália junto com figurinos e magazines é que orientavam e diziam o que e como usar. É a partir da produção das coleções industrializadas que dá-se o início da organização profissional da moda que conhecemos na atualidade.

    Instala-se no Brasil, as primeiras marcas internacionais de moda. A marca Levi´s; marca de jeans e sportswear, é uma das pioneiras na estruturação de um parque industrial com sede em Cotia, a implementar um caráter de "grande negócio". Atua com rigor e traz tecnologias em processos e procedimentos que aceleram e inovam a visão e valoriza as qualificações profissionais para os trabalhadores da industria da moda. É a partir dos anos 1970´que se inicia a formação de "Coordenadores de moda" e de "estilistas", e é nos 80´que se elaboram os primeiros cursos de moda, ainda com caráter técnico e que pelo sucesso e interesse em menos de 10 anos já se espalham por todo o Brasil como cursos universitários e especializações cada vez mais sofisticadas.

    Os primeiros grupos de pesquisa se formam através do encontro de profissionais que abrem caminho e através do dia a dia das atividades vão consolidando procedimento e definindo padrões que vemos amplamente elaborados pelos profissionais atuais.

    A demora para absorver as inovações propostas em qualquer setor é de no mínimo 5 anos depois de lançado no exterior.


    Design alternativo

    A marca Mulher do Padre, outras, representa o design de moda alternativo no Brasil.

    Existem também iniciativas individualistas bem perceptíveis no Mundo Ocidental de alterações de peças de roupa e de caçados pós-lançamento no mercado. Alguns exêmplos disso são a imagem punk que encorpora o nativismo tradicional, como o penteado indígena iroqüá norte-americano moicano (ver mohawk) com a decadência urbana moderna, como sapatos esportivos e roupas 'usados', trazendo adesivos e marcas (i.e com mensagens de vida, política, subversão social, etc.) muitas vezes nelas postas simplesmente em caneta; e também o visualgrunge, no qual se celebra o caipirismo interiorano do nordeste dos Estados Unidos, ao mesmo tempo, se somando a ele o estilo de vida citadino (ver, por exemplo, t Cobain, Seattle).


    Ver também


    Fonte: Wikimedia Foundation