Ele é realizado através da classificação de fósseis pertencentes a esta era, cujo achado permitiu conhecer e traçar a evolução dos seres vivos da Terra, estejam eles extintos ou não.
A maioria dos fósseis foi encontrada em rochas sedimentares, dando condições para que os paleontólogos realizassem, paralelamente, estudos sobre as camadas do solo.
A comparação destas camadas de diferentes lugares do mundo comprovou as mudanças climáticas e o desenvolvimento do meio ambiente terrestre.
É por isso que paleontólogos muitas vezes ajudam na preparação de mapas geológicos que definem o lugar certo para a busca de água, minério e petróleo.
Mas o principal trabalho destes estudiosos foi dividir a evolução da Terra em eras, idades e períodos. Acredita-se que o nosso planeta tenha mais de 4 bilhões de anos.
De seu nascimento até 570 milhões de anos atrás encerra-se o Período Pré-Cambriano, no qual surgiram os primeiros seres vivos.
Há cerca de 3 bilhões de anos, bactérias e outros seres microscópicos habitavam o planeta, iniciando sua evolução, que culminaria com o aparecimento do homem qual o conhecemos hoje.
Os últimos 570 milhões de anos da Terra foram devidamente divididos e caracterizados pelos paleontólogos de acordo com o surgimento de diferentes tipos e espécies de seres vivos.
Era Paleozóica
Esta era compreendeu mais de 340 milhões de anos e está dividida em seis períodos: Cambriano, Ordoviciano, Siluriano, Devoniano, Carbonífero e Permiano.
Período Cambriano
No início desse período, a vida animal só existia na água. Esses seres primitivos eram invertebrados, sendo que alguns deles se desenvolveram e foram extintos ainda na Era Paleozóica. Formas primitivas de artrópodes, moluscos e caramujos apareceram nesta época, assim como algas marinhas e liquens terrestres.
Período Ordoviciano
Os primeiros resíduos de fósseis de vertebrados encontrados datam deste período. Peixes e corais apareceram nesta época, mas o maior animal Ordoviciano foi um molusco cefalópode que possuía uma enorme concha protetora.
Período Siluriano
Foi neste período que surgiram os primeiros seres terrestres e que algumas espécies de planta desenvolveram um sistema para o transporte de alimento. Fósseis de escorpiões que datam desta época foram encontrados na Europa.
Período Devoniano
O desenvolvimento de uma miríade de peixes, que mais tarde dariam origem aos anfíbios, é a principal característica deste período. Nele também surgiram as plantas com caule de madeira, que existiam em grande quantidade, e o primeiro inseto. Bem no fim do Devoniano, apareceram alguns anfíbios primitivos, que originaram-se de peixes que possuíam pulmões.
Período Carbonífero
O clima quente e úmido deste período em muitas partes da Terra favoreceu o aparecimento de florestas densas e pântanos. Com eles, surgiram diferentes animais terrestres, como baratas e aranhas, além dos primeiros répteis. Uma grande quantidade de animais marinhos, que iam desde moluscos até tubarões, desenvolveram-se nesta época.
Período Permiano
Este período é caracterizado pela evolução e irradiação dos répteis, que podiam ser encontrados em dois tipos principais: uma espécie de lagarto que só vivia na terra e um tipo de lesma que vivia na água e na terra. Nesta época também surgiu o Theriodontia, um réptil ancestral dos mamíferos.
Era Mesozóica
Esta foi a época em que os répteis dominaram a Terra. Ela está dividida em três períodos: Triássico, Jurássico e Cretáceo.
Período Triássico
Os primeiros dinossauros e mamíferos surgiram neste período, há cerca de 225 milhões de anos. Ainda que bem menores do que seus sucessores, os dinossauros do Triássico dividiram seu espaço com pequenos mamíferos de aparência réptil e criaturas da água, como o Ictiossauro, e do ar, como o Pterossauro.
Período Jurássico
Este foi o principal período dos dinossauros, em que eles desenvolveram seu tamanho e aumentaram o número de espécies. É desta época que data o Tiranossauro Rex, maior animal carnívoro da Terra, o Estegossauro, o Brontossauro e vários outros gigantes herbívoros. Insetos que existem até hoje, como besouros, moscas e grilos, também surgiram no Jurássico. Os mamíferos deste período eram menores do que muitos cachorros atuais.
Período Cretáceo
Um tipo de dinossauro com chifre, chamado Ceratopiano, aumentou a gama de espécies deste réptil gigante da época. Alguns tipos de pássaros viveram no Cretáceo, período em que surgiram os caranguejos, os mamíferos dotados de placenta e centenas de novas espécies de peixes. O mais importante avanço evolucionário no reino vegetal no Cretáceo foi o aparecimento das plantas decíduas, que, mais tarde, originariam as angiospermas.
Era Cenozóica
A Era Cenozóica começou há 65 milhões de anos. Ela se divide em Período Terciário e Período Quaternário, que inclui a época atual. Entretanto, tantos acontecimentos cercaram esta era que os paleontólogos optaram por dividir cada período nas épocas que os formaram. Foram elas: a Época Paleocênica, Eocênica, Oligocênica, Miocênica e Pleistocênica.
Paleoceno
Marca o início da Era Cenozóica. Os mamíferos originários desta época surgiram no norte da Ásia e migraram para as outras partes do mundo. Eram pequenos, possuíam várias características em comum, como ter cinco dedos em cada pé e crânios com pequenas cavidades para o cérebro. Muitos destes animais estão extintos, mas alguns grupos sobrevivem até hoje, como os marsupiais e os roedores.
Eoceno
Nesta época, inúmeros ancestrais de animais que existem até hoje começaram a surgir. Eram menores, mas já possuíam características análogas às dos seus sucessores. O cavalo, o rinoceronte, o camelo e o macaco são descendentes diretos destas criaturas. Os primeiros mamíferos aquáticos também apareceram nesta época.
Oligoceno
A maioria dos mamíferos arcaicos surgidos nas épocas anteriores do Cenozóico deu lugar à indivíduos mais desenvolvidos. Apareceram os primeiros carnívoros, bastante semelhantes aos atuais gatos e cães. Dois grandes grupos de animais, hoje extintos, tiveram seu auge durante o Oligoceno: os Titanoteres (parentes do rinoceronte e do cavalo) e os Oreodontos (pequenos animais parecidos com o lobo).
Mioceno
Os acontecimentos evolucionários do Mioceno estão intimamente ligados a um importante surgimento no reino vegetal: a grama. Este tipo de vegetação foi de vital importância e, sem ele, animais como o cavalo, o rinoceronte e o camelo não teriam surgido. Além destes, o mastodonte e diversas espécies de animais carnívoros passaram a existir em várias partes do mundo.
Pleistoceno
Basicamente, o Pleistoceno não difere muito do Mioceno. Entretanto, os paleontólogos encaram o período como o auge da era dos mamíferos. Grandes animais como o búfalo, o elefante e outros existentes até hoje atingiram sua evolução final no Pleistoceno. Já os mamutes, tigres dente-de-sabre e mastodontes extinguiram-se na mesma época. O mais evoluído de todos os animais, o homem, surgiu no Pleistoceno, que dura até os dias de hoje.
Fonte:
http://www.slimsite.hpg.ig.com.br/paleo.html
6.5.10
Paleontologia
Paleontologia é o estudo da vida animal e vegetal referente à era pré-histórica.