A Insurreição Pernambucana Em abril de 1641, Amador Bueno da Ribeira foi aclamado Rei de São Paulo. Essa aclamação, entretanto, resultou da divergência entre clãs locais (Garcia-Pires, portugueses, e Camargos, espanhóis), diante da notícia da Restauração em Portugal. Este fato fora interpretado como uma ameaça aos interesses espanhóis na região. Mais tarde, evidenciou-se a tensão entre jesuítas e bandeirantes, devido à escravidão indígena, ocorrendo então um movimento que se denominou a Botada dos Padres para Fora, por parte dos colonos paulistas. Este episódio repetir-se-ia em 1661, no Pará, e em 1684, no Maranhão. No Rio de Janeiro, entre 1660 e 1661, ocorreu um movimento nativista devida à forte política fiscalista aplicada pelo governador português Salvador Correia de Sá e Benevides. Seu líder foi Jerônimo Barbalho, que, após ter deposto o governador devido à decretação dos novos tri butos, foi preso e executado. Na Revolta de "Nosso Pai", em Pernambuco (1664-65), também houve a rebelião local contra o governador português Jerônimo de Mendonça Furtado, alcunhado "Xumbrega", acusado de corrupção e de ser conivente com os franceses. Na realidade, nesse acontecimento já havia indícios da rivalidade entre Olinda e Recife. Na Revolta de Beckman ou Bequimão Outro movimento nativista foi a Guerra dos Em boabas, ocorrida em Minas Gerais (1708-09), resul tante da rivalidade entre os paulistas e os "emboa bas" - forasteiros, principalmente portugueses, que acabavam sendo protegidos pelos órgãos do governo colonial, com o monopólio de diversos ramos co merciais. O movimento eclodiu devido a uma série de incidentes, nos quais sempre havia de um lado os paulistas e do outro os emboabas. Em 1720, novamente na região de Minas Gerais, em Vila Rica, ocorreu a revolta de Felipe dos San tos, um dos movimentos nativistas em que mais uma vez encontramos a rebelião contra os abusos do fiscalismo português, caracteri zados pela elevação dos impostos decretada pelo governador, conde de Assumar. Os mineradores re voltados reivindicavam a redução dos impostos, abolição dos monopólios exercidos pelos portu gueses e a extinção das Casas de Fundição. Um dos mais famosos movimentos nativistas foi a Guerra dos Mascates (1710-12), em Pernambuco, moti vada pela forte rivalidade entre os senhores-de-engenho de Olinda e os comerciantes portugueses de Recife, apeli dados de mascates, e que contavam com o apoio do governador Sebastião de Castro Caldas. O conflito irrompeu quando Recife foi elevado à categoria de vila, o que favo recia o grupo português. Ao terminar o movimento, em 1712, Recife passava a ser cidade e capital de Pernambuco, o que acentuou ainda mais a rivalidade da aristocracia pernambucana contra os portugueses. Neste movimento, como nos demais, deve ser perceb ido o seu sentido não-emancipacionista e a inexistência de interesses que visassem ultrapassar os limites locais ou regionais. Fonte: Um Rei de São Paulo?
A revolta contra os governadores
O Bequimão
A Guerra dos Emboabas
A Revolta de Vila Rica
Guerra dos Mascates