Antoine Laurent de Lavoisier nasceu em 26 de agosto de 1743, na França. Era nobre, pertencente a uma família de classe alta. Sua mãe faleceu quando ele ainda era criança e foi criado e educado pelo pai e pela tia. Apesar de ter ingressado na faculdade para cursar Direito, acabou descobrindo sua real vocação pelas ciências, e nesta ingressou. À idade excepcional de 23 anos, ele foi eleito para a Academie des Sciences. Investiu sua herança comprando ações da Ferme Générale, uma sociedade que cobrava impostos. Mais tarde em sua vida essa decisão lhe traria consequências trágicas. Aos 29 anos ele se casou com a filha de um dos sócios majoritários da Ferme, Marie-Anne* Pierrette, que tinha apenas 13 anos de idade. Esse casamento realizou a ambos, pois Marie Anne se tornou parceira de Lavoisier nas descobertas científicas. Era ela que traduzia os trabalhos científicos e filosóficos para seu marido. Muitas vezes também ela contribuiu na montagem e anotação de muitos de seus experimentos. Lavoisier é considerado o pai da Química moderna, pois, desde o início, sua abordagem era experimental, com cuidadosa medição, precisão e planejamento. Entre as suas maiores descobertas e contribuições para a Química estão a Lei de Lavoisier, conhecida como “Lei de Conservação das Massas”. Essa lei é popularmente enunciada assim: “Na natureza, nada se perde, nada se cria; tudo se transforma”. Em 1789, lançou o Tratado Elementar de Química no qual forneceu uma nomenclatura moderna para 33 elementos, que, segundo o conceito correto de hoje, são na verdade substâncias. Na França, houve a Revolução Francesa que derrubou a ordem política existente. Os membros da Ferme foram colocados como inimigos do povo, que mereciam a execução. Os métodos corruptos usados pelos coletores de impostos faziam com que esta fosse uma sociedade odiada pelo povo. Diversas opiniões sobre se Lavoisier estava errado ou não são colocadas em jogo. Alguns comentaristas e autores afirmam que Lavoisier não foi nenhum coletor de impostos e que sua adesão a essa Sociedade se deu porque desejava que seus investimentos lhe gerassem fundos suficientes para custear suas experiências. Outros autores afirmam que ele tinha parte da culpa, pois Lavoisier sabia o que estava acontecendo e não fez nada para impedir o que estava se passando ali. Ele ficou preso no prédio localizado às margens do Rio Sena e por ter posses e ser nobre possuía privilégios em sua cela de prisão, como estar sozinho, ter mesa, cadeira, cama e vaso para coletar fezes. Vários cientistas apelaram pela vida de Antoine Lavoisier, mas de nada adiantou. Ele ficou preso de novembro de 1793 até o dia 18 de maio de 1794, quando foi guilhotinado em praça pública. Conforme bem disse o matemático Lagrange: “Só um minuto para cortar aquela cabeça, e talvez cem anos não nos deem outra igual”.
7.7.11
Lavoisier (1743-1794)
Lavoisier e sua esposa Marie que o auxiliava em seus experimentos