O termo “corrida armamentista” foi amplamente utilizado no período histórico que conhecemos como Guerra Fria. Este confronto pela supremacia política e ideológica envolvendo as duas superpotências à época, Estados Unidos e União Soviética, ficou marcado pela ausência de uma luta aberta que fizesse uso de armas ou violência.
Isto não quer dizer que os armamentos estiveram em segundo plano. Ao contrário, a Guerra Fria incentivou como nunca a pesquisa, e o desenvolvimento de armas. Quase ao mesmo tempo em que um dos dois países lançava um novo armamento, seu adversário logo respondia à altura. Tal prática de constante atualização do arsenal das superpotências assumiu proporções absurdas com o tempo, dando origem a material bélico de uma capacidade de destruição muito maior a qual o planeta Terra poderia suportar. Essa constante “atualização” ficaria conhecida como corrida armamentista.
É considerado como ponto inicial desta competição o lançamento pelos americanos, em 1945, das duas bombas atômicas em solo japonês. Quatro anos depois, em 1949, foi a vez da União Soviética anunciar a conquista da tecnologia nuclear. O poder de destruição constatado pelo terrível armamento desencadeou o pesadelo da chamada “hecatombe nuclear”, que passou a assombrar a vida dos habitantes do globo. Acreditava-se que o ataque de um dos lados, num momento qualquer, desencadearia uma guerra que poria fim à vida humana na Terra. Surigiria assim um jogo político-diplomático macabro conhecido como “o equilíbrio do terror”, que se transformou num dos elementos principais do jogo de poder entre EUA e URSS. Os dois buscavam produzir cada vez mais armamentos de destruição em massa, como forma de ameaçar o inimigo.
A corrida armamentista implicava também uma estratégia de dominação, em que as alianças regionais e a instalação de bases militares eram de extrema importância. Os exércitos de ambos os lados possuíam centenas de soldados, armas convencionais, armas mortais, mísseis de todos os tipos, inclusive nucleares que estavam permanentemente apontados para o inimigo, com objetivo de atingir o alvo a partir de longas distâncias.
Esta competição insana duraria décadas, somente terminando de fato com a assinatura dos Tratados de Redução de Armas Estratégicas (Start), na década de 90. Eles prevêem a extinção gradual dos arsenais dos EUA e de países integrantes da ex- URSS que detinham essas armas em seu território (Federação Russa, Ucrânia, Belarus e Cazaquistão). Outro tratado relacionado às armas nucleares, o Tratado para a Proibição Completa dos Testes Nucleares (CTBT), data de 1996. Para entrar em vigor, necessita da ratificação de todos os 44 países com capacidade conhecida de produzir armas nucleares.
Bibliografia:
O mundo em perigo: Corrida Armamentista e Espacial. Disponível em <http://www.angelfire.com/theforce/guerrafria/menu5.html>. Acesso em: 12 mar. 2012.
A Corrida Armamentista. Disponível em <http://www.passeiweb.com/na_ponta_lingua/sala_de_aula/geografia/geografia_geral/guerra_fria/corrida_armamentista>. Acesso em: 12 mar. 2012.
GODOY, Roberto. A bomba soviética e o armamentismo das superpotências. Disponível em <http://www2.tvcultura.com.br/aloescola/historia/guerrafria/guerra3/corridaarmamentista2.htm>. Acesso em: 12 mar. 2012.